Ibovespa sobe e ronda os 109 mil pontos; otimismo local e dados da China animam o mercado
De olho na força exibida pela indústria chinesa e no noticiário doméstico, o Ibovespa opera em alta firme e o dólar à vista passa por um movimento de despressurização
As diversas incertezas no front do comércio global não são capazes de tirar o ânimo do Ibovespa e do mercado de câmbio nesta manhã de segunda-feira (2). O principal índice da bolsa brasileira opera em alta firme e já aparece novamente na faixa dos 109 mil pontos, enquanto o dólar à vista fechou em queda.
Entre os fatores positivos para os agentes financeiro domésticos, destaque para os dados econômicos da China que mostraram um sinal de fortalecimento da indústria do país e afastaram parcialmente os temores quanto a uma desaceleração mais intensa da atividade do gigante asiático.
A expansão da economia chinesa é particularmente importante para o Brasil, já que o país é o principal consumidor global de commodities e produtos para a indústria de base — como o minério de ferro, o aço, o papel e a celulose, entre outros. Assim, a notícia é comemorada pelos investidores locais.
Tanto é que, desde o início do dia, o Ibovespa aparece no campo positivo — por volta de 13h25, o índice subia 0,72%, aos 109.051,852 pontos, mas, na máxima, chegou a tocar os 109.263,27 pontos (+0,95%). O dólar à vista também tem uma sessão tranquila: no mesmo horário, a moeda americana caia 0,54%, a R$ 4,2178.
Ainda há outros fatores que ajudam a dar força aos ativos brasileiros nesta segunda-feira. Resultados preliminares do setor de varejo indicam que as vendas durante a Black Friday superaram as expectativas, o que dá forças às ações de empresas desse setor.
Um economista ainda cita o noticiário político doméstico como catalisador para o desempenho positivo do Ibovespa e do câmbio. "A Simone Tebet [presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado] deu uma entrevista comentando sobre as reformas estruturais e se mostrou bem otimista com a tramitação da PEC dos fundos", diz ele, afirmando que as declarações foram bem recebidas pelo mercado.
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No entanto, nem tudo são flores na sessão de hoje...
Tensão americana
Nesta manhã, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que irá retomar a sobretaxação ao aço e alumínio do Brasil e da Argentina, de modo a compensar o ganho de competitividade nas exportações desses países após a recente desvalorização de suas moedas.
Embora a notícia definitivamente não seja positiva, o mercado não entrou numa espiral negativa. Afinal, o grande comprador externo de aço e commodities metálicas do Brasil é a China, e não os Estados Unidos — e, como dito no início do texto, a indústria chinesa está se fortalecendo.
Assim, apesar de o posicionamento de Trump gerar preocupação, as ações das siderúrgicas não sentiram o golpe. Pelo contrário: Usiminas PNA (USIM5) opera em alta de 0,59%, Gerdau PN (GGBR4) sobe 1,06% e CSN ON (CSNA3) tem ganho de 3,50%.
Ainda nos Estados Unidos, o índice ISM de atividade no setor manufatureiro caiu a 48,1 em novembro, ficando abaixo das projeções do mercado, de 49,2. O dado trouxe cautela às bolsas americanas: o Dow Jones recua 0,71%, o S&P 500 tem baixa de 0,79% e o Nasdaq opera em queda de 1,22%.
No entanto, por mais que os índices de Nova York estejam no vermelho, o Ibovespa consegue se sustentar em alta, considerando o otimismo com a China e o noticiário doméstico.
E o dólar?
No mercado de câmbio, o dólar perde força em relação às divisas de países emergentes, como o rublo russo,o o peso chileno, o rand sul-africano e o peso colombiano. No entanto, o real aparece entre os destaques, ganhando terreno em magnitude superior a seus pares.
Há dois fatores que ajudam a tirar pressão do dólar à vista por aqui. Em primeiro lugar, o Banco Central (BC) realizou mais um leilão à vista de dólares — prática que vem sendo adotada desde a semana passada, como maneira de frear a escalada nas cotações da moeda americana.
Além disso, operadores e analistas destacam que a manifestação de Trump em relação ao aço e alumínio do Brasil e da Argentina pode ser entendida como um mecanismo do republicano para pressionar o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).
Em seu tuíte, o presidente do país diz que a instituição deveria agir para que os países "não tirem vantagem do dólar forte através de uma desvalorização cambial". Ou seja: se o Fed agir para enfraquecer o dólar, tais medidas não serão necessárias.
.....Reserve should likewise act so that countries, of which there are many, no longer take advantage of our strong dollar by further devaluing their currencies. This makes it very hard for our manufactures & farmers to fairly export their goods. Lower Rates & Loosen - Fed!
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADECONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) December 2, 2019
Leve alta nos juros
Apesar do alívio no dólar à vista, as curvas de juros continuam em sua trajetória de ajustes positivos, com o mercado apostando que o ciclo de cortes na Selic poderá ser interrompido antes do que era originalmente previsto, em meio à desvalorização recente do câmbio.
Nesse cenário, veja como se comportam os principais DIs nesta segunda-feira:
- Janeiro/2021: de 4,69% para 4,72%;
- Janeiro/2023: de 5,89% para 5,92%;
- Janeiro/2025: estável em 6,52%;
- Janeiro/2027: estável em 6,85%.
Commodities em alta
As ações da Petrobras e da Vale aparecem no campo positivo e dão forças ao Ibovespa no pregão de hoje, impulsionadas pelos ganhos das commodities no exterior: o minério e ferro subiu 1,13% no porto chinês de Qingdao, o petróleo Brent fechou em alta de 0,71% e o WTI teve ganho de 1,43%.
Nesse cenário, os papéis ON da Petrobras (PETR3) operam em alta de 0,06%, enquanto os PNs (PETR4) avançam 0,03%. Já as ações ON da Vale (VALE3) exibem ganhos de 2,90%.
Varejo e bancos sobem
Os ativos do setor de varejo avançam em bloco e também contribuem para impulsionar o Ibovespa nesta segunda-feira. Como pano de fundo, aparece o otimismo em relação à Black Friday: segundo a Boia Vista, as vendas do comércio na data cresceram 6,4% em relação a 2018, superando as projeções da empresa de alta de 4%.
Nesse cenário, Via Varejo ON (VVAR3) avança 3,63% e B2W ON (BTOW3) tem ganho de 3,96%. Ainda no segmento, Lojas Americanas PN (LAME4) tem alta de 2,20%.
Por fim, o setor de bancos também sobe, num movimento de recuperação das perdas da semana passada. Itaú Unibanco PN (ITUB4) tem alta de 1,64%, Bradesco PN (BBDC4) valoriza 1,17% e as units do Santander Brasil (SANB11) avançam 0,75%.
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O principal índice da bolsa brasileira atingiu pela primeira vez nesta quinta-feira (6) o nível dos 154 mil pontos. Em mais uma máxima histórica, alcançou 154.352,25 pontos durante a manhã.
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