A Gol divulgou hoje algumas projeções operacionais e financeiras para o resultado do primeiro trimestre deste ano.
Por um lado, a companhia aérea projeta leve crescimento na margem Ebitda — isto é, a relação entre o lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização (Ebitda) e a receita líquida. Mas, por outro, os custos operacionais, excluindo as despesas com combustível, também devem subir.
Tais previsões são preliminares e não auditadas. E o saldo dessas estimativas, ao menos para as ações da empresa, é negativo nesta terça-feira: os papéis PN da Gol recuam 2,93% no momento, a R$ 23,49, e aparecem entre os piores desempenhos do Ibovespa na sessão de hoje.
Segundo a Gol, a margem Ebitda deve ficar entre 29% e 30% entre janeiro e março deste ano, acima dos 28% contabilizados no primeiro trimestre de 2018. Na mesma base de comparação, a empresa também diz esperar um crescimento de cerca de 3% na receita unitária por passageiro (Prask, na sigla em inglês) e na receita operacional (Rask).
Já os custos operacionais, excluindo as despesas com combustível (Cask ex-combustível), também devem aumentar 3% na comparação anual. Segundo a Gol, o aumento desse tipo de gastos está relacionado à depreciação do real entre os períodos.
Em termos de capacidade, a companhia aérea prevê crescimento de 5% no ASK, um indicador operacional que mede a relação entre a quantidade total de assentos disponíveis e a distância de cada etapa de voo.
Por fim, a Gol ainda afirma ter amortizado R$ 203 milhões de dívida durante os três primeiros meses de 2019. "A liquidez total no final do trimestre está estimada em R$ 3,5 bilhões", conclui a companhia aérea.