Enquanto o mundo acompanha o diálogo que pode dar um desfecho à guerra comercial entre Estados Unidos e China nesta segunda-feira, 7, um navio de guerra americano pode acabar atrapalhando tudo.
"Fizemos duras reclamações aos EUA", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lu Kang. Segundo o porta-voz, o navio, que seria o destroier USS McCampbell, violou a lei internacional chinesa, infringiu a soberania da China e minou a paz e estabilidade.
A jornalistas, Lu confirmou que o diálogo entre representantes de ambas nações continuará até amanhã e que já foi solicitado ao governo americano que retire navios de uma área próxima a ilhas disputadas no Sul da China.
"Quanto à possibilidade de o ocorrido ter algum impacto nas atuais consultas comerciais entre China e EUA...resolver questões existentes de forma apropriada entre China e EUA é bom para os dois países e o mundo", comentou Li.
Washington ainda não se manifestou em relação à queixa da China sobre o destroier.
A delegação americana que está em Pequim é liderada pelo vice-representante de comércio dos EUA, Jeffrey D. Gerrish. O governo chinês, por sua vez, não deu detalhes de quem o representaria.
Em 2018, o governo dos EUA elevou tarifas sobre US$ 250 bilhões em produtos chineses para até 25%, em meio à alegação de que Pequim vinha obrigando empresas americanas a transferir tecnologia. Em retaliação, Pequim impôs tarifas punitivas a US$ 110 bilhões em bens americanos.
*Com Estadão Conteúdo