O governo chinês divulgou neste domingo, 2, um comunicado sinalizando disposição para retomar o diálogo com os EUA, apesar de não deixar claro quais serão os próximos passos e de responsabilizar os norte-americanos pela guerra comercial.
O documento reitera três pré-condições para um acordo comercial. Pede que os EUA removam "todas as tarifas adicionais" cobradas das exportações chinesas; que compras chinesas de produtos americanos para reduzir o déficit comercial dos EUA "devem ser realistas"; e que o texto de um acordo final seja "equilibrado".
O vice-ministro de Comércio e representante internacional para a área da China, Wang Shouwen, declarou que Pequim está disposta a adotar uma abordagem cooperativa para encontrar uma solução.
O vice-ministro diz no documento que seu país poderia publicar em breve informações mais detalhadas sobre uma lista de entidades não confiáveis, mas adiantou que ela deve ter como alvos empresas que violaram "princípios de mercado" e reduziram o suprimento de componentes para empresas chinesas por razões não comerciais.
Ele reforça também a possibilidade de a China restringir suas exportações de minerais conhecidos como terras raras, amplamente usados em carros elétricos e telefones celulares. O principal deles é o lítio, mais importante componente de baterias.
*Com Estadão Conteúdo