Dá para lucrar com o acordo Mercosul-UE?
Veja os destaques do Seu Dinheiro nesta manhã
De vez em quando a gente leva uns sustos aqui na redação com notícias inusitadas. Algumas chegam a ser tão surreais que parecem as famosas ‘fake news’. Isso aconteceu três vezes de um mês para cá no noticiário de relações internacionais:
- Fiquei na dúvida se era meme ou notícia que Eduardo Bolsonaro falou que já fritou hambúrguer nos EUA para justificar sua qualificação para o cargo de embaixador.
- Parece surreal, mas o governo brasileiro realmente concordou em estudar a adoção de uma moeda única com os hermanos, o tal do peso-real.
- O Mercosul e a União Europeia fecharam um acordo de livre comércio no mês passado, após 20 anos de negociações.
Prefiro acreditar que a primeira é uma piada. A segunda foi só um “afago” do governo brasileiro para sair bonito na fotografia oficial. A ideia deve morrer em algum grupo de trabalho que não vai dar em nada. E a terceira? Confesso que não esperava que esse acordo um dia saísse.

A primeira coisa que veio à minha cabeça foi: como estão as ações dos frigoríficos? Você deve lembrar a crise que se instaurou quando a União Europeia barrou a carne brasileira diante das investigações da Operação Carne Fraca. Se a UE liberar geral o comércio com o Brasil, então os frigoríficos vão encher o bolso de dinheiro e as ações vão subir, certo? Na teoria, sim. Na prática, depende. Muita água ainda vai rolar até esse acordo sair de fato...
A dúvida não é só minha. O Fabio H., leitor do Seu Dinheiro, me escreveu com o seguinte pedido: “Estava pensando esses dias sobre quais empresas se beneficiarão do acordo Ue/Mercosul, visando antecipar alguma valorização na bolsa. Fica aí a sugestão de matéria e pesquisa para vcs.”
Para não deixar o Fabio na mão, pedi para a repórter Daniele Madureira ouvir especialistas em comércio exterior e analistas de ações. Ela conta nesta reportagem o que está em jogo no acordo entre Mercosul e União Europeia e se ele pesa (ou não) no preço das ações das empresas brasileiras.
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PS: E você? O que gostaria de ler aqui no Seu Dinheiro? Mande suas sugestões para mgazzoni@seudinheiro.com.
A Bula do Mercado: o efeito Trump
O mercado financeiro local amanhece de olho nos Estados Unidos. Hoje, a divulgação de novos indicadores econômicos e balanços corporativos, que devem refletir os impactos da guerra comercial de Donald Trump contra os principais parceiros comerciais dos EUA, irão ditar o tom dos ativos nacionais.
Por aqui, mesmo com a proximidade do recesso parlamentar, o noticiário político continua chamando a atenção dos investidores. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, deixou claro em entrevistas recentes que o Congresso deve assumir de vez o protagonismo da política nacional. Com isso, os planos do governo de Jair Bolsonaro podem subir no telhado.
Ontem, após dia de instabilidade, o Ibovespa encerrou com leve baixa de 0,10%, aos 103.802,69 pontos. O dólar fechou o dia com alta de 0,48%, a R$ 3,7563. Consulte a Bula do Mercado para saber o que esperar de bolsa e dólar hoje.
Balde de água fria
A reforma da Previdência ainda será votada em segundo turno na Câmara a partir de 6 de agosto, quando recomeçar o semestre legislativo. Mas os parlamentares já indicam o que deve acontecer com o projeto no Senado. A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Simone Tebet, estimou que a tramitação leve dois meses. Em entrevista coletiva, a senadora também avaliou as chances de o projeto desidratar.
A conta da tragédia
A Vale segue tendo de lidar com os desdobramentos do rompimento da barragem de Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG). Depois de registrar um prejuízo líquido de US$ 1,642 bilhão no primeiro trimestre, a mineradora assinou um acordo com o Ministério Público do Trabalho para indenizar familiares de funcionários mortos na tragédia. A empresa vai pagar R$ 700 mil a cada integrante da família das vítimas fatais. Nas contas do MPT, se um funcionário deixou esposa, dois filhos, pai, mãe e dois irmãos, por exemplo, esse grupo receberá R$ 3,8 milhões. Saiba mais.
A estratégia de ataque da Via Varejo
O novo presidente da Via Varejo, Roberto Fulcherberguer, revelou seus planos para reerguer a empresa. Ele assumiu o comando da companhia após o GPA vender o controle para o empresário Michael Klein, antigo dono da Casas Bahia. O mercado já vem comemorando a troca - os papéis da companhia acumulam alta de mais de 35% só em julho. Em entrevista ao Estadão, ele contou como fará para dar fôlego ao e-commerce e disse que descobriu uma mina de ouro inexplorada na empresa (ou melhor, um banco de dados de 70 milhões de pessoas). Saiba mais.
Agenda
Balanços
- Johnson & Johnson, JPMorgan e Wells Fargo divulgam seus balanços
Indicadores
- Às 8h, a FGV divulga o IGP-10 de julho e o IPC-S da segunda quadrissemana de julho
- Às 11h30, o Tesouro realiza leilão tradicional de NTN-Bs
- Às 12h, BC realiza oferta de até R$ 3 bilhões em operações compromissadas de seis meses. Resultado sai a partir das 12h30
- O Eurostat divulga dados de maio sobre balança comercial na zona do euro
Política
- Às 11h, o novo presidente do BNDES, Gustavo Henrique Moreira Montezano, toma posse no Palácio do Planalto
- Às 12h, os ministros de relações exteriores e de finanças do Mercosul têm uma série de reuniões na Cúpula do bloco, em Santa Fé, Argentina
- Comitê Bancário do Senado realiza audiência sobre a Libra, criptomoeda do Facebook
- Presidente do Fed, Jerome Powell, discursa sobre os aspectos da política monetária após a crise financeira de 2008 em evento do G7, em Paris
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
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