O Banco Central (BC) comunicou a rolagem dos contratos de swap (que equivalem à venda de dólar no mercado futuro) que vencem em fevereiro de 2020 e que somam US$ 7,5 bilhões. O modelo adotado envolve a possibilidade de troca de swaps por dólares à vista, o chamado “casadão”.
Com o anúncio feito na noite dessa quinta-feira, o BC responde, ao menos em parte, uma dúvida que levantei mais cedo sobre a eventual continuidade desse modelo de atuação. Hoje, a operação de troca de swaps por dólar à vista terminou no zero a zero, mas o mercado tomou todo o lote US$ 1 bilhão vendidos “a seco” no mercado à vista.
A rolagem começa na segunda-feira, dia 2 de dezembro, com lote de até US$ 500 milhões. Se esse montante não for trocado por dólar à vista, o BC procede com a rolagem tradicional dos swaps (empurra a data de vencimento mais para frente), ficando neutro do mercado. O BC pode mudar os volumes e o modelo se quiser.
Vale lembrar que a atuação não necessariamente se limita apenas a essa oferta de rolagem. Como o presidente, Roberto Campos Neto, e o diretor Bruno Serra Fernandes, já disseram, o BC atuará sempre que entender que o mercado está disfuncional, descolado dos fundamentos ou com problemas de liquidez.
Nesta quinta-feira, o dólar comercial chegou a operar em alta, indo a R$ 4,26, mas no meio da tarde as vendas se acentuaram e a moeda terminou o dia valendo R$ 4,2153, queda de 1,02% - veja nossa cobertura de mercados. O último pregão da semana e do mês, amanhã, marca a tradicional briga entre comprados e vendidos para a formação da Ptax, taxa referência de câmbio que liquida contratos futuros e outros compromissos em moeda estrangeira.