O Brasil ficou com uma taxa de desocupação em 12,5% no trimestre encerrado em abril, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira, 31, pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).
Essa é uma média móvel trimestral. Ou seja, refere-se aos meses de fevereiro, março e abril. No mesmo período do ano passado, a taxa estava em 12,9%. No trimestre em encerrado em março de 2019, a taxa de desemprego foi de 12,7%.
O número total de pessoas desempregadas no trimestre encerrado em abril deste ano é de 13,177 milhões.
Subutilização bate recorde
Faltou trabalho para 28,372 milhões de pessoas no País — o equivalente a 24,5% das pessoas em idade para trabalhar. É o maior número série histórica do IBGE (iniciada em 2012) para o trimestre encerrado em abril.
O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar.
Os números estão em linha com outros indicadores que confirmam a estagnação da economia. Nesta quinta, 30, o IBGE informou que o PIB brasileiro teve contração de 0,2% no primeiro trimestre do ano — a primeira baixa em dois anos.
O resultado ruim foi puxado em grande parte pelos recuos da indústria (-0,7%) e da agropecuária (-0,5%). No caso da indústria, as quedas estão intimamente atreladas a indústria extrativa (-6,3%) e, especialmente ao desastre de Brumadinho.