‘Haverá redução do consumo e investimento’
Para o economista João Scandiuzzi, o acirramento da guerra comercial significará uma redução nas exportações brasileiras para seus três principais mercados – EUA, China e Europa

O acirramento da guerra comercial surpreendeu o mercado, que esperava um avanço na rodada de negociações em Pequim. O resultado da medida anunciada por Donald Trump deve ser uma nova retaliação da China, ainda que não no mesmo patamar da adotada por Washington, e mais desaceleração na economia global, diz o economista João Scandiuzzi, estrategista-chefe do BTG Pactual Wealth Management. Para o Brasil, a escalada significará uma redução nas exportações para seus três principais mercados - EUA, China e Europa. Apesar da possibilidade de um novo aumento de venda de soja para a China - que no ano passado já substituiu a compra do produto americano pelo brasileiro -, a tendência não deve ser suficiente para movimentar a economia brasileira. “Seria algo muito setorial.”
O anúncio dos EUA pode ser interpretado como uma escalada importante na guerra comercial ou uma estratégia de negociação?
É uma escalada, sem dúvida, e que não era esperada neste momento. Tinha acabado de haver uma reunião cara a cara entre o time americano e o chinês em Pequim e os sinais indicavam uma distensão gradual. Certamente tem algo de tática, mas representa uma escalada.
Qual resposta podemos esperar da China?
Nas últimas duas escaladas da guerra comercial, a China respondeu de maneira comedida. Agora tem até muito pouco espaço para responder. A China já impôs tarifas sobre US$ 110 bilhões de produtos americanos; restam US$ 20 bilhões que não foram tarifados. Mas a China tem reagido sempre, até porque é uma questão diplomática e de política interna. Para a China, é importante mostrar alguma reação. Em setembro, quando os EUA colocaram tarifa sobre US$ 200 bilhões, a China colocou sobre US$ 60 bilhões e uma tarifa muito menor.
Esse novo acirramento desacelera o crescimento mundial ainda mais?
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Vai ter um impacto adicional. Ele será muito maior sobre a economia chinesa do que sobre a americana. A americana é mais fechada, até por ser mais diversificada e continental, e o tamanho das exportações americanas para a China em relação ao total é menor que o contrário. Tem de levar em conta os impactos indiretos, via condições financeiras, como Bolsa. Esses impactos também tendem a ser mais fortes sobre a China. O aumento da incerteza pega o mundo em um momento de desaceleração, crescendo abaixo do potencial, e isso deve se agravar. Haverá um impacto indireto forte na confiança, reduzindo intenção de investimento e consumo. Esses impactos indiretos são muito importantes e devem gerar desaquecimento e necessidade de resposta de uma política monetária (expansionista) dos principais bancos centrais. O Federal Reserve (o Fed, o banco central americano) cortou os juros ontem (quarta-feira), mas os sinais (de novas reduções) ficaram aquém do que se esperava. Na medida em que a incerteza aumenta e o PIB global desacelera, aumenta a necessidade de resposta mais rápida do Fed.
O Brasil se beneficiou em um primeiro momento com a guerra comercial, exportando mais para a China, sobretudo soja. Isso pode se repetir?
O efeito de a economia global crescer menos e do aumento do risco é negativo para todos. O Brasil é bem menos afetado diretamente por essa guerra na medida em que não estamos no epicentro dela e também porque somos pouco integrados às cadeias de produção globais. Agora, deve haver efeitos colaterais. A Europa, principalmente a Alemanha, é muito sensível a exportações de manufatura para a China. E esse mercado (a Europa) também é importante para as exportações do Brasil. Os três principais mercados para o Brasil - Estados Unidos, China e Europa, serão bastante afetados. Em um segundo momento, tem o efeito de relaxamento monetário, que tende a minimizar o primeiro impacto.
Não pode haver um aumento de exportações agrícolas que beneficie o País?
Pode acontecer, mas seria algo muito setorial. O setor agrícola é importante para a balança comercial, mas não chega a mover o PIB.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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