FMI alerta para o risco de uma crise financeira
Dez anos depois de iniciada a recuperação da última grande crise, as vulnerabilidades financeiras se tornaram de novo ameaçadoras, segundo os economistas do Fundo.
Dezenove trilhões de dólares poderão ficar impagáveis, nos próximos dois ou três anos, se a piora das condições econômicas, já em curso, pressionar grandes devedores nos oito maiores mercados, adverte o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O risco de calote de vários grupos não financeiros é parte do cenário sombrio desenhado em três relatórios apresentados nos últimos dois dias. Dez anos depois de iniciada a recuperação da última grande crise, as vulnerabilidades financeiras se tornaram de novo ameaçadoras, segundo os economistas do Fundo.
Políticas monetárias frouxas no mundo rico, com juros muito baixos e até negativos, atualmente, produziram efeitos com sinais opostos. Do lado positivo, ajudaram o mundo a sair da recessão e a reduzir o desemprego.
Do lado oposto, estimularam o endividamento público e privado, criaram ambiente favorável a operações arriscadas e ampliaram a vulnerabilidade a novos choques. Qualquer desastre poderá atingir todos os grupos de países, direta ou indiretamente.
A dívida total do setor corporativo saltou de US$ 34 trilhões para US$ 51 trilhões entre 2009 e 2019, nos oito principais mercados cobertos pelo estudo. O grupo inclui Estados Unidos, China, Japão e vários países da Europa.
Os bancos são hoje muito mais seguros do que há alguns anos, com mais capital, maior liquidez e repetidos testes de estresse, observou o diretor do Departamento Monetário e de Mercado de Capitais do FMI, Tobias Adrian.
Leia Também
Mas tem crescido a vulnerabilidade no setor financeiro não bancário e nas empresas não financeiras, segundo o Relatório de Estabilidade Financeira Global apresentado nesta quarta-feira, 16.
Cenário
O risco de algo mais grave, por enquanto, está num horizonte de médio prazo, algo como dois ou três anos. Mas os formuladores de políticas devem agir logo, aumentando a vigilância e aperfeiçoando as normas de segurança, insistiu o diretor.
Dirigentes e economistas do FMI vêm chamando a atenção, há alguns anos, para o lado negativo das políticas monetárias frouxas mantidas por muito tempo.
Com juros baixos e até negativos no mundo rico, grandes fluxos de capitais foram desviados para economias emergentes, em desenvolvimento e também para aquelas na fronteira entre esses dois grupos, No caso dos emergentes, a dívida externa mediana passou de um montante equivalente a 100% das exportações em 2008 para 160%.
Os autores do relatório foram contidos na citação de países, limitando-se, na maior parte do texto, a mencionar as economias mais avançadas e aquelas com vulnerabilidades financeiras evidentes, como a China.
Se estivesse no foco, o Brasil poderia aparecer em melhor condição do que no passado recente. Sua dívida externa é pouco importante e grandes empresas muito endividadas há alguns anos estão em condições bem mais confortáveis, depois de reduzir o endividamento.
Em alguns casos, houve também renegociações bem-sucedidas com os credores.
Finanças públicas
Mas nenhum país estará livre de impactos, se o quadro global se agravar seriamente.
Ao apresentar o Monitor Fiscal, outro importante relatório semestral do FMI, o chefe do Departamento de Assuntos Fiscais, Vítor Gaspar, recomendou usar as finanças públicas para reanimar as economias e evitar uma freada mais forte.
Políticas de juros baixos, crédito fácil e ampla expansão monetária, lembrou, chegaram ao limite. É hora de recorrer a estímulos fiscais.
Essa bandeira já havia sido agitada pelo presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, e vem sendo agora sustentada pelas figuras principais do FMI.
A recomendação vale para os governos com alguma folga fiscal. Não é o caso, obviamente, do governo brasileiro. A reforma da Previdência ajudará a conter a expansão do gasto público nos próximos anos, porém a dívida bruta do governo geral só passará a diminuir como porcentagem do PIB em 2023, segundo projeção incluída no Monitor.
Aperto fiscal menos severo, mas ainda longe de qualquer conforto, só será desfrutado no próximo período presidencial, se as estimativas estiverem corretas.
Além disso, qualquer efeito mais grave da desaceleração global poderá dificultar as exportações, prejudicando o nível interno de atividade e, na pior hipótese, reduzindo a segurança externa da economia brasileira.
O FMI acaba de reduzir de 3,2% para 3% sua estimativa de crescimento global neste ano. Não há espaço para erro, quando se cresce tão pouco, disse há dois dias a economista-chefe do Fundo, Gita Gopinath.
Com informações do jornal O Estado de S. Paulo e Estadão Conteúdo.
Selic se mantém em 15% ao ano e Copom joga balde de água fria nos mercados ao não sinalizar corte nos juros
O Copom não entregou a sinalização que o mercado esperava e manteve o tom duro do comunicado, indicando que os cortes na Selic podem demorar ainda
Valor do novo salário-mínimo altera contribuição para MEI; veja quanto fica
O piso nacional será de R$ 1.621 a partir de janeiro de 2026 e aumenta o valor da tributação dos microempreendedores individuais
Ceia de Natal 2025: veja os alimentos que mais tiveram alta nos preços
Com bacalhau, lombo e aves natalinas em alta, a ceia fica mais pesada no bolso; azeite e pernil registram queda
Aprenda com os bilionários: 5 hábitos financeiros de Elon Musk e Warren Buffett que podem te ajudar a construir patrimônio
Hábitos de bilionários como Warren Buffett, Elon Musk e Jeff Bezos mostram como visão de longo prazo, disciplina, diversificação e juros compostos podem impulsionar a construção de patrimônio
Este parque marcou uma geração, quase quebrou — e agora mira recuperar os tempos de ouro
Hopi Hari encerra recuperação judicial, reduz dívida e anuncia R$ 280 milhões em investimentos até 2028
Lei da água gratuita: as cidades e Estados onde bares e restaurantes são obrigados a oferecer água potável sem custo
Brasil vive um cenário fragmentado: leis estaduais caíram, outras sobreviveram, e um projeto nacional tenta unificar a regra
Por que o BTG espera que os lucros disparem até 17% no ano que vem — e que ações mais ganham com isso
Banco projeta lucro R$ 33,78 bilhões maior para empresas: parte dessa alta vem das empresas que vendem principalmente no mercado doméstico,pressionado com os juros altos
Penas menores para Bolsonaro e condenados pelo 8 de janeiro? Câmara dos Deputados aprova redução; confira o que acontece agora
O texto original previa anistia a todos os envolvidos nos atos de 8 de janeiro e dos acusados de tentativa de golpe de Estado, mas trecho foi retirado
Mega-Sena 2949 acumula e vai a R$ 38 milhões, enquanto Timemania salta para R$ 64 milhões; veja as loterias da Caixa
Hoje é dia de sorteios da +Milionária (R$ 11 milhões), da Quina (R$ 600 mil) e da Lotomania (R$ 1,6 milhão); amanhã entram em cena a Mega-Sena e a Timemania.
Câmara aprova regras mais rígidas contra devedor contumaz; texto vai para sanção de Lula
Quando a Fazenda identificar um possível devedor contumaz, deverá enviar notificação e conceder prazo de 30 dias para pagamento da dívida ou apresentação de defesa
O corte da Selic vem aí? Resposta do Copom estará nas entrelinhas do comunicado desta Super Quarta
Na última reunião do ano, mercado espera mudanças sutis no comunicado do comitê para consolidar apostas de cortes nos juros já em janeiro
Estes brinquedos já custam quase o mesmo que um smartphone da Samsung; veja a comparação
Modelos premium de Barbie, Lego e itens colecionáveis chegam ao varejo com preços que rivalizam com eletrônicos
Haddad crava: votação de projeto contra devedores contumazes deve acontecer nesta terça (9); ministro tenta destravar pauta fiscal
Haddad vê clima favorável na Câmara para avançar em medidas que reforçam a arrecadação e destravam o Orçamento de 2026
CNH sem autoescola aprovada: veja como será o novo processo e quanto você vai economizar
As novas regras da CNH sem autoescola, agora dentro do programa CNH do Brasil, reduzem custos, flexibilizam aulas e ampliam o acesso à habilitação
Com dividendos no radar, Prio (PRIO3) é a queridinha do BTG Pactual, mas preço-alvo cai
A atualização veio na esteira do Investor Day, quando a petroleira forneceu mais detalhes sobre o momentum operacional e as prioridades
Como vai funcionar a renovação automática da CNH para quem é bom motorista
Novas regras da CNH incluem renovação automática para bons condutores, provas mantidas, instrutores autônomos e queda de até 80% no custo da habilitação
'Não devemos ficar em berço esplêndido, temos de fazer um esforço fiscal maior', diz Alckmin
“Nós estamos num momento importante, com 5,4% de desemprego, o menor da série histórica, e com 4,4% de inflação, caindo, isso é raro”, afirmou o vice-presidente
Mega-Sena 2949 distribui R$ 20 milhões hoje, mas Timemania rouba a cena e dispara para R$ 61 milhões; veja os prêmios das loterias da Caixa
Confira os valores oferecidos pela Mega-Sena, Timemania, +Milionária, Lotofácil e demais modalidades da Caixa nos sorteios desta terça (9) e quarta-feira (10)
A nova compra do Itaú (ITUB4), que envolve cartões de Casas Bahia (BHIA3), GPA (PCAR3) e Assaí (ASAI3)
O maior banco privado do país adquiriu as participações de três varejistas na Financeira Itaú CBD; entenda a operação
O ano dos bilionários: nunca houve tantos super-ricos quanto em 2025, e eles nunca foram tão endinheirados
Os quase 3 mil bilionários do planeta concentram fortunas de US$ 15,8 trilhões; alta é decorrente do crescimento das empresas ligadas à inteligência artificial