Dados do payroll pesam sobre ativos globais
Números sobre o mercado de trabalho dos EUA em junho devem postergar início de onda de corte de juros pelo mundo

Os ativos locais devem iniciar a semana sob o peso dos dados mais recentes do payroll - a principal pesquisa sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos -, mostrando uma reação acima da esperada na criação de vagas de emprego no país.
Segundo o documento, divulgado na sexta-feira, 224 mil vagas de trabalho foram abertas nos EUA em junho, bem acima da abertura de 165 mil vagas prevista pelos analistas. Como consequência, os juros dos Treasuries subiram aos níveis mais altos desde janeiro já na sexta-feira.
Na Ásia, os principais índices de ações fecharam a sessão de hoje com quedas pronunciadas, com destaque para as bolsas de valores de Xangai e Seul, que recuaram 2,3% e 2,2%, respectivamente.
As principais bolsas de valores europeias iniciaram a semana com leves oscilações em meio a uma tendência de queda nos preços das ações enquanto os índices futuros de Nova York operam no vermelho.
Investidores aguardam novo ciclo global de afrouxamento monetário
Os dados do payroll em junho vêm à tona em um momento no qual investidores de todos os cantos do mundo estão de olho no possível desencadeamento de um ciclo de afrouxamento monetário global pelos principais bancos centrais do mundo.
Leia Também
Essa perspectiva ganhou força na semana passada, quando líderes europeus indicaram a atual diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), a francesa Christine Lagarde, para suceder o italiano Mario Draghi à frente do BCE dentro de alguns meses.
Até o momento, porém, apesar das pressões dos mercados financeiros e do próprio presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, os diretores do banco central norte-americano têm demonstrado cautela antes da deflagração de uma nova rodada de cortes, prometendo agir conforme a necessidade para manter a expansão econômica norte-americana.
Analistas observam que os dados do payroll poderiam levar o Fed a promover dois cortes em sua taxa de juros de referência até o fim do ano, um a menos do que os três anteriormente previstos até a divulgação dos dados do relatório referente a junho.
Novos sinais sobre o posicionamento da autoridade monetária norte-americana são esperados na ata da mais recente reunião de política monetária do Fed, realizada entre 18 e 19 de junho. A divulgação da ata está prevista para a tarde de quarta-feira.
Cautela pré-feriado tende a limitar liquidez
Os ativos locais pouco repercutiram os dados do payroll na sessão de sexta-feira. O índice Ibovespa, inclusive, atingiu seu novo nível recorde de fechamento com os investidores inebriados pelo otimismo em torno da reforma da previdência.
Hoje, porém, a expectativa em relação à ata somada ao feriado de amanhã em São Paulo e a espera por novidades em relação à reforma da previdência devem limitar consideravelmente a liquidez nos mercados locais.
No que depender do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), o rolo compressor vai entrar em ação para acelerar os trabalhos e permitir uma eventual aprovação da reforma em dois turnos antes do início do recesso, previsto para 18 de julho. Maia assegura já existir uma margem segura de deputados favoráveis superior ao mínimo de 308 votos para aprovar a reforma.
Maia avalia meios de contornar interstício
Aprovada na semana passada pela comissão especial, a PEC precisa esperar duas sessões antes de entrar na ordem do dia do plenário da Câmara. Para acelerar o processo, uma sessão extraordinária foi convocada para hoje enquanto uma outra sessão ocorrerá amanhã cedo, o que ajudará a contar o prazo se houver quórum.
A ideia de Maia é iniciar os debates já na terça-feira. Se a reforma for aprovada em primeiro turno, pelo menos cinco sessões de debates serão necessárias antes da votação em segundo turno. O intervalo em questão é chamado de interstício.
No entanto, se houver realmente uma maioria confortável, Maia e seus aliados podem recorrer a manobras capazes de contornar o interstício, acelerando o processo a tempo de que os dois turnos de votação ocorram até 18 de julho. Resta saber se a oposição ao governo Jair Bolsonaro estará disposta a facilitar o trabalho de Maia.
Focus e IGP-DI são os destaques da agenda do dia
Na manhã de hoje, antes da abertura dos mercados locais, os investidores devem estar atentos à divulgação da pesquisa Focus pelo Banco Central e dos dados do IGP-DI de junho pela Fundação Getúlio Vargas.
A pesquisa Focus pode trazer novidades nas projeções do mercado para a economia brasileira, especialmente nas perspectivas para o PIB, a inflação e a taxa Selic.
Enquanto isso, analistas de mercado esperam alguma aceleração do IGP-DI em relação a maio. No mês passado, o índice geral de preços para atacado, varejo e materiais de construção avançou 0,40% em relação a abril.
Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed
Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições
Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão
CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa
Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim
Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09
O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta
O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)
Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior
Esquenta dos mercados: Inflação dos EUA não assusta e bolsas internacionais começam semana em alta; Ibovespa acompanha prévia do PIB
O exterior ignora a crise energética hoje e amplia o rali da última sexta-feira
Vale (VALE3) dispara mais de 10% e anota a maior alta do Ibovespa na semana, enquanto duas ações de frigoríficos dominam a ponta negativa do índice
Por trás da alta da mineradora e da queda de Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) estão duas notícias vindas da China
Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação
Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda
Commodities puxam Ibovespa, que sobe 1,3% na semana; dólar volta a cair e vai a R$ 5,14
O Ibovespa teve uma semana marcada por expectativas para os juros e inflação. O dólar à vista voltou a cair após atingir máximas em 20 anos
Esquenta dos mercados: Inflação e eleições movimentam o Ibovespa enquanto bolsas no exterior sobem em busca de ‘descontos’ nas ações
O exterior ignora a crise energética e a perspectiva de juros elevados faz as ações de bancos dispararem na Europa
BCE e Powell trazem instabilidade à sessão, mas Ibovespa fecha o dia em alta; dólar cai a R$ 5,20
A instabilidade gerada pelos bancos centrais gringos fez com o Ibovespa custasse a se firmar em alta — mesmo com prognósticos melhores para a inflação local e uma desinclinação da curva de juros.
Esquenta dos mercados: Decisão de juros do BCE movimenta as bolsas no exterior enquanto Ibovespa digere o 7 de setembro
Se o saldo da Independência foi positivo para Bolsonaro e negativo aos demais concorrentes — ou vice-versa —, só o tempo e as pesquisas eleitorais dirão
Ibovespa cede mais de 2% com temor renovado de nova alta da Selic; dólar vai a R$ 5,23
Ao contrário do que os investidores vinham precificando desde a última reunião do Copom, o BC parece ainda não estar pronto para interromper o ciclo de aperto monetário – o que pesou sobre o Ibovespa
Em transação esperada pelo mercado, GPA (PCAR3) prepara cisão do Grupo Éxito, mas ações reagem em queda
O fato relevante com a informação foi divulgado após o fechamento do mercado ontem, quando as ações operaram em forte alta de cerca de 10%, liderando os ganhos do Ibovespa na ocasião
Atenção, investidor: Confira como fica o funcionamento da B3 e dos bancos durante o feriado de 7 de setembro
Não haverá negociações na bolsa nesta quarta-feira. Isso inclui os mercados de renda variável, renda fixa privada, ETFs de renda fixa e de derivativos listados
Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior deixam crise energética de lado e investidores buscam barganhas hoje; Ibovespa reage às falas de Campos Neto
Às vésperas do feriado local, a bolsa brasileira deve acompanhar o exterior, que vive momentos tensos entre Europa e Rússia
Ibovespa ignora crise energética na Europa e vai aos 112 mil pontos; dólar cai a R$ 5,15
Apesar da cautela na Europa, o Ibovespa teve um dia de ganhos, apoiado na alta das commodities
Crise energética em pleno inverno assusta, e efeito ‘Putin’ faz euro renovar mínima abaixo de US$ 1 pela primeira vez em 20 anos
O governo russo atribuiu a interrupção do fornecimento de gás a uma falha técnica, mas a pressão inflacionária que isso gera derruba o euro
Boris Johnson de saída: Liz Truss é eleita nova primeira-ministra do Reino Unido; conheça a ‘herdeira’ de Margaret Thatcher
Aos 47 anos, a política conservadora precisa liderar um bloco que encara crise energética, inflação alta e reflexos do Brexit
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem com crise energética no radar; Ibovespa acompanha calendário eleitoral hoje
Com o feriado nos EUA e sem a operação das bolsas por lá, a cautela deve prevalecer e a volatilidade aumentar no pregão de hoje