Em dia histórico, Ibovespa bate o recorde de 100 mil pontos, mas perde força e fecha a apenas 6 pontos da marca
Em semana com grandes expectativas em torno da reforma da Previdência e decisões sobre juros no Brasil e EUA, bolsa brasileira finalmente supera marca histórica de 100 mil pontos, mas fecha um pouquinho abaixo; dólar termina pregão em queda
Hoje foi um dia histórico para a bolsa brasileira. Depois de muita expectativa, o Ibovespa bateu a marca psicológica dos 100 mil pontos, atingindo os seis dígitos pela primeira vez. Foi às 14h44 que o principal índice da bolsa brasileira superou a marca, subindo 0,88% e chegando a 100.006 pontos. Na máxima do dia, o índice chegou a 100.037 pontos, novo recorde intraday.
A marca, entretanto, não se sustentou por muito tempo. A bolsa perdeu força e terminou o dia batendo na trave, fechando com alta de 0,86%, aos 99.994 pontos. Mesmo assim, trata-se de um novo recorde de fechamento. Já o dólar à vista, por sua vez, fechou em queda de 0,76%, a R$ 3,7914, em linha com a cotação da moeda americana frente a outras divisas.
O mercado doméstico operou com otimismo nesta segunda (18), com as atenções voltadas para o andamento da reforma da Previdência. O mercado entende que o governo tem feito esforços para conseguir o apoio de parlamentares. Há grande expectativa pela entrega da proposta para os militares, na próxima quarta-feira (20).
Pela manhã, o presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) na Câmara, Felipe Francischini (PSL-PR), afirmou que o mais "executável" é que a Nova Previdência seja votada no colegiado por volta do dia 3 de abril. Ele deve indicar o relator da reforma na CCJ ainda nesta semana, logo após o envio da proposta dos militares ao Congresso.
Os juros futuros fecharam em queda, com a queda do dólar, a alta da bolsa, o aumento do apetite por risco no exterior e as perspectivas de crescimento mais fraco para 2019, conforme mostraram os dados do Focus e do IBC-Br. O DI para janeiro de 2020 caiu 0,31% para 6,355%; o DI para janeiro de 2023 recuou 0,62% para 8,00%; e o DI para janeiro de 2025 teve queda de 0,58%, para 8,54%.
O dia foi de otimismo também no exterior. O Dow Jones fechou em alta de 0,25%, aos 25.913 pontos; o S&P500 terminou o dia com valorização de 0,37%, aos 2.822 pontos; e a Nasdaq fechou com ganho de 0,34%, aos 7.714 pontos.
Leia Também
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Os mercados internacionais operaram na expectativa de que o Fed, o banco central americano, se mantenha "dovish" na reunião da próxima quarta-feira, pegando leve no movimento de alta nos juros do país.
A previsão é de que o Fed mantenha os juros americanos na faixa entre 2,25% e 2,50% ao ano e de que também reduza as projeções para futuros aumentos, assim como para o crescimento econômico dos Estados Unidos.
Espera-se, ainda, que o BC americano interrompa o processo de redução do seu balanço patrimonial, formado por US$ 3,9 trilhões em títulos.
As bolsas da Europa fecharam majoritariamente em alta nesta segunda-feira, com ganhos liderados pela bolsa de Londres, depois que a terceira votação do Brexit, esperada para amanhã, foi barrada pelo presidente da Câmara dos Comuns do Reino Unido. Para o dirigente, a votação só deve ocorrer após mudanças no texto que já foi rejeitado duas vezes no Parlamento.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,27%, aos 382 pontos. A libra esterlina se enfraqueceu frente ao dólar.
Churrasco em alta
As ações dos frigoríficos operaram em alta nesta segunda-feira, dando continuidade a um movimento iniciado na última sexta, diante da expectativa de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, tente acordo com os EUA para incentivar a importação de carne pelos americanos durante a viagem do presidente Jair Bolsonaro ao país nesta segunda.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, tem um encontro agendado amanhã com o chefe do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Sonny Perdue, a fim de pedir para retirar as suspensões de importação de carne bovina, que já vem de dois anos.
As ações da Minerva (BEEF3) fecharam em alta de 6,10%, do Marfrig (MRFG3) subiram 4,00%. As duas maiores altas do Ibovespa nesta segunda-feira foram as das ações da BRF (BRFS3), que fecharam com ganho de 4,82%, e as da JBS (JBSS3), que avançaram 4,71%.
A BRF, no caso, também foi impulsionada pela alta no preço das aves, após o pior surto de peste suína já registrado na China, além de uma recomendação de compra do Bradesco BBI.
A boa do Carnaval
As ações da Ambev (ABEV3) fecharam em alta de 3,28%, depois que o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja disse que as vendas da indústria cervejeira durante o Carnaval somaram aproximadamente 1,3 bilhão de litros, melhor resultado para o período em quatro anos. Foi quase 10% do volume de vendas esperado para o ano.
Blue chips em alta - exceto Vale e BB
Entre as principais blue chips, as ações da Petrobras fecharam em alta de 2,02% (PETR3) e 1,73% (PETR4), em dia de vencimento de opções sobre ações, diante da alta do petróleo e da expectativa dos 100 mil pontos. Já as ações da Eletrobras fecharam em alta de 0,19% (ELET3) e 0,91% (ELET6).
Os papéis da Vale (VALE3), por sua vez, fecharam em baixa 0,18%, depois que a Justiça de Nova Lima (MG) ter bloqueado recursos no valor de R$ 1 bilhão e ter determinado que a mineradora terá de arcar com custos de assistência à população da região de Macacos, evacuada em fevereiro pela empresa, como parte do plano de ação após o rompimento da barragem em Brumadinho.
Além disso, na sexta-feira, a Vale anunciou que as operações da mina de Timbopeba foram suspensas, gerando um impacto de 12,8 milhões de toneladas de minério de ferro por ano.
A crise na Vale beneficia as operações de mineração da CSN. As ações da siderúrgica (CSNA3) fecharam em alta de 4,42% nesta segunda, dobrando seu valor de mercado em 12 meses, de R$ 11 bilhões para R$ 22 bilhões.
A alta dos preços internacionais do aço e do minério de ferro beneficiam a companhia, que também vem sendo puxada pelos bons resultados do quarto trimestre de 2018, bem como pelos planos da companhia para o ano.
No embalo, outras siderúrgicas também fecharam em alta: as ações da Gerdau (GGBR4) avançaram 2,71%, e as da Usiminas (USIM5) tiveram alta de 2,17%.
Em relatório divulgado hoje para os setores de mineração e siderurgia, o Credit Suisse fez uma projeção de queda de 2% na produção mundial de aço em cada um dos próximos anos. Caso a não haja demanda suficiente por parte da China, essa queda pode ser ainda maior, o que pode manter os preços do aço em patamares elevados.
Os bancos fecharam majoritariamente em alta, com exceção do BB (BBAS3), que recuou 0,76%. Itaú (ITUB4) subiu 0,16%, Santander (SANB11) avançou 0,24% e Bradesco teve ganho de 0,73% (BBDC3) e 0,53% (BBDC4).
As ações da Cosan (CSAN3) fecharam com ganho de 1,63%, após a XP Investimentos iniciar a cobertura do papel com recomendação de compra. O preço-alvo da ação é de R$ 60, o que reflete um ganho potencial de 35%.
Tanure na Gafisa
Fora do Ibovespa, as ações da Gafisa (GFSA3) fecharam em alta de 11,44%, diante da indicação de Nelson Tanure para participar do seu conselho de administração. O empresário é conhecido pela compra de ações em companhias que caminham para a recuperação judicial.
De acordo com reportagem do jornal "Valor Econômico" nesta manhã, Tanure estaria negociando compra de participação na incorporadora.
Além disso, a Planner pediu aos acionistas que autorizem o atual conselho de administração da Gafisa a contratar um banco ou consultoria para elaborar novo plano estratégico de longo prazo para a companhia.
Maior queda do dia
O destaque negativo de hoje ficou por conta da BR Malls (BRML3), que recuou 1,21%, a maior queda do Ibovespa. A queda ainda é reflexo dos resultados do quarto trimestre de 2018, que trouxe alguns dados negativos, como a dificuldade na recuperação dos aluguéis cobrados dos lojistas e o aumento das despesas administrativas.
O aluguel por metro quadrado nos shoppings caiu 3,8% entre o quarto trimestre de 2017 e o quarto trimestre de 2018. Já o lucro operacional dos shoppings (NOI) por metro quadrado caiu 4,8% na mesma base de comparação.
Com Estadão Conteúdo
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa
Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)
“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%
Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas
Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa
Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP
Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano
Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3
FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso
O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato
Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25
BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida
