Ibovespa termina 2019 com alta de mais de 30%; veja como foi o ano de recordes do principal índice da bolsa brasileira
Na máxima do ano, índice chegou a superar os 117 mil pontos, mas fechou aos 115.645,34, uma queda de 0,76% no último pregão de 2019.

Quem investiu na bolsa brasileira em 2019 se deu bem. Apesar da queda de 0,76% no último pregão do ano (30) - um dia de volumes de negociação baixos, exterior negativo e movimentos técnicos de realização de lucros -, o Ibovespa terminou 2019 com um ganho de 31,58%, aos 115.645,34 pontos.
Só em dezembro, o avanço foi de 6,85%, em quatro semanas consecutivas de valorização.
O otimismo no mês foi resultado de perspectivas mais otimistas para o PIB de 2019, com uma sucessiva divulgação de números positivos, e por um ambiente externo mais favorável, com o fechamento do acordo de primeira fase entre Estados Unidos e China dando uma trégua na guerra comercial.
Nesta segunda, o Ibovespa até ensaiou uma alta no começo da manhã, reflexo do otimismo dos investidores com a notícia de que tal acordo já seria assinado nesta semana.
Porém, o desempenho negativo das bolsas americanas no pregão de hoje fez o Ibovespa virar.
Um ano pra lá de bom
O ano de 2019 teve um cenário muito favorável para a bolsa, com queda nos juros futuros e cortes sucessivos na Selic que reduziram a atratividade da renda fixa conservadora e aumentaram a dos ativos de risco, como as ações.
Leia Também
Além da migração dos recursos dos investidores locais (o gringo, afinal, não inundou nosso mercado de dólares como esperávamos) da renda fixa para a bolsa, os investidores também apostaram na agenda liberal do governo de Jair Bolsonaro desde o início do ano.
- Novo projeto do Seu Dinheiro: Tacadas de Mestre: a chance da década para você se tornar um grande investidor
Não foi à toa que o Ibovespa já apresentou uma alta de 10,82% logo em janeiro. A animação do mercado tinha um nome: reforma da Previdência. A expectativa era que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) seria apresentada à Câmara já em fevereiro e que o governo tinha boas chances de aprová-la até a metade do ano.
Porém, o mês seguinte reservou algumas surpresas. As trapalhadas com a reforma da Previdência aliadas aos temores de baixo crescimento econômico mundial e ao acirramento da guerra comercial entre Estados Unidos e China jogaram um balde de água fria nos investidores. Naquele mês, o Ibovespa fechou com queda de 1,86%.
Os meses seguintes, contudo, foram mais positivos, e até mesmo a "maldição de maio" - aquela ideia do mercado de que maio é sempre um mês de perdas - foi quebrada. Naquele mês, o Ibovespa chegou a bater a mínima do ano (89.992 pontos), mas conseguiu terminar no azul por um triz: alta de 0,7%, o primeiro resultado positivo em maio desde 2010.
Após a reforma da Previdência
O segundo semestre foi marcado pela aprovação da reforma da Previdência em outubro. Naquele mês, também houve outros dois acontecimentos marcantes, desta vez no cenário internacional: o fechamento de um acordo comercial preliminar entre Estados Unidos e China e a aprovação de um acordo entre Reino Unido e União Europeia para o Brexit.
Tanto a guerra comercial quanto o Brexit eram fatores que pesavam sobre os mercados porque poderiam pesar sobre o crescimento mundial. As tréguas representaram um forte alívio para os ativos de risco.
Nos meses seguintes, vimos uma sucessão de bons indicadores econômicos no Brasil, nos Estados Unidos e na China. Enquanto os dados locais sugerem o início de uma bem-vinda e necessária recuperação econômica, os dados dos outros dois países reduzem os temores de uma recessão global ou mesmo de uma desaceleração econômica mais forte.
Em dezembro, Estados Unidos e China finalmente fecharam a primeira fase do seu acordo comercial, sacramentando a trégua tão ansiada pelo mercado. Na semana de Natal, o Ibovespa deu uma de Papai Noel e presenteou os investidores com duas máximas históricas: o recorde de fechamento em 26 de dezembro, quando o índice terminou o pregão aos 117.203,2 pontos; e o recorde intradiário de 117.802,9 pontos no dia 27.
De olho em 2020
As perspectivas continuam positivas para o Ibovespa em 2020. Especialistas do mercado financeiro são unânimes em afirmar que o índice continuará subindo no próximo ano.
Para os mais otimistas, ele tem potencial para avançar até 20% em relação aos níveis atuais. A razão está ligada a dois fatores: taxas de juros baixas e crescimento da economia brasileira, que abrem espaço para que as ações sigam se valorizando, especialmente as de empresas voltadas ao mercado doméstico.
Apesar das expectativas mais positivas para a bolsa, o ideal é que o investidor não se esqueça de investir também em um seguro.
Afinal, nada melhor do que lucrar na alta e perder menos dinheiro na baixa. Ativos como ouro e dólar ajudam a amortecer as perdas que a bolsa eventualmente possa ter ao longo do ano que vem.
Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25
BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida
Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana
Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA
Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos
Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos
De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”
Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica
Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008
O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.
Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”
No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados
Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro
Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas
Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras
Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil
Kafka em Wall Street: Por que você deveria se preocupar com uma potencial crise nos bancos dos EUA
O temor de uma infestação no setor financeiro e no mercado de crédito norte-americano faz pressão sobre as bolsas hoje
B3 se prepara para entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa em 2026 — via ações ou renda fixa
Regime Fácil prevê simplificação de processos e diminuição de custos para que companhias de menor porte abram capital e melhorem governança
Carteira ESG: BTG passa a recomendar Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET3) por causa de alta no preço de energia; veja as outras escolhas do banco
Confira as dez escolhas do banco para outubro que atendem aos critérios ambientais, sociais e de governança corporativa
Bolsa em alta: oportunidade ou voo de galinha? O que você precisa saber sobre o Ibovespa e as ações brasileiras
André Lion, sócio e CIO da Ibiuna, fala sobre as perspectivas para a Bolsa, os riscos de 2026 e o impacto das eleições presidenciais no mercado
A estratégia deste novo fundo de previdência global é investir somente em ETFs — entenda como funciona o novo ativo da Investo
O produto combina gestão passiva, exposição internacional e benefícios tributários da previdência em uma carteira voltada para o longo prazo
De fundo imobiliário em crise a ‘Pacman dos FIIs’: CEO da Zagros revela estratégia do GGRC11 — e o que os investidores podem esperar daqui para frente
Prestes a se unir à lista de gigantes do mercado imobiliário, o GGRC11 aposta na compra de ativos com pagamento em cotas. Porém, o executivo alerta: a estratégia não é para qualquer um
Dólar fraco, ouro forte e bolsas em queda: combo China, EUA e Powell ditam o ritmo — Ibovespa cai junto com S&P 500 e Nasdaq
A expectativa por novos cortes de juros nos EUA e novos desdobramentos da tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo mexeram com os negócios aqui e lá fora nesta terça-feira (14)
IPO reverso tem sido atalho das empresas para estrear na bolsa durante seca de IPOs; entenda do que se trata e quais os riscos para o investidor
Velocidade do processo é uma vantagem, mas o fato de a estreante não precisar passar pelo crivo da CVM levanta questões sobre a governança e a transparência de sua atuação
Ainda mais preciosos: ouro atinge novo recorde e prata dispara para máxima em décadas
Tensões fiscais e desconfiança em moedas fortes como o dólar levam investidores a buscar ouro e prata
Sparta mantém posição em debêntures da Braskem (BRKM5), mas fecha fundos isentos para não prejudicar retorno
Gestora de crédito privado encerra captação em fundos incentivados devido ao excesso de demanda
Bolsa ainda está barata, mas nem tanto — e gringos se animam sem pôr a ‘mão no fogo’: a visão dos gestores sobre o mercado brasileiro
Pesquisa da Empiricus mostra que o otimismo dos gestores com a bolsa brasileira segue firme, mas perdeu força — e o investidor estrangeiro ainda não vem em peso
Bitcoin (BTC) recupera os US$ 114 mil após ‘flash crash’ do mercado com Donald Trump. O que mexe com as criptomoedas hoje?
A maior criptomoeda do mundo voltou a subir nesta manhã, impulsionando a performance de outros ativos digitais; entenda a movimentação