🔴 [NO AR] TOUROS E URSOS: QUEM FICOU EM BAIXA E QUAIS FORAM AS SURPRESAS DE 2025? – ASSISTA AGORA

O futuro da Boeing após a ‘maldição do Max’

As ações da Boeing caíram apenas 8,31% do acidente da Lion Air (houve outro com a Ethiopian Airways) para cá. Essa pequena queda não bate com os fundamentos

23 de dezembro de 2019
9:03
Boeing 737 Max no estacionamento da fábrica
Boeing 737 Max no estacionamento da fábrica - Imagem: Reprodução/Youtube

Nas primeiras horas da manhã do dia 29 de novembro de 2016, quando ainda estava dormindo, fui acordado por uma produtora do programa Encontro com Fátima Bernardes. “Você já está sabendo o que aconteceu?”, a moça me perguntou.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Tonto de sono, custei a me sintonizar com o que ela dizia. Mas logo me dei conta de que devia se tratar de algum desastre de avião.

Por causa de meus livros Caixa-preta, Plano de ataque, Perda Total e Voo Cego, a imprensa sempre recorre a mim quando há alguma tragédia aérea.

  • Oferta relâmpago: Ivan Sant’Anna vai revelar os segredos de trader a um grupo de 90 leitores. Entre no grupo do Ivan.

“Caiu um avião”, adivinhei. E acertei.

“Foi uma aeronave fretada pela equipe de futebol da Chapecoense. Eles bateram no topo de um morro nas proximidades do aeroporto de Medellín, na Colômbia, quando se aproximavam para pousar. Parece que morreu quase todo mundo. Há apenas alguns sobreviventes em estado grave.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Bem, até agora eu não sabia de nada”, respondi, com o celular na mão já ligando o aparelho de TV na GloboNews.

Leia Também

“Você poderia ir ao Encontro? A gente manda um carro te pegar em casa. Seria bom chegar cedo para estudar com a Fátima os detalhes do desastre.”

Tudo acertado, no Projac me interei dos fatos sabidos até o momento e participei do programa.

Como sempre acontece quando cai um avião, os telespectadores só querem saber disso. Ainda mais tendo ocorrido com um time de futebol, coisa que aconteceu pouquíssimas vezes na história: Torino, da Itália (1949); Manchester United, da Inglaterra (1958); e seleção de Zâmbia (1993), o que só vem a demonstrar a segurança da aviação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A produção do Jornal Nacional daquele dia 29.11.16 deve ter gostado de minha participação no Encontro pois me convidou para ir ao JN. Lá, fui entrevistado pelo repórter Carlos de Lannoy. “O que aconteceu com o avião foi uma pane seca (queda por falta de combustível)”, afirmei convicto.

Nos dias que se seguiram, falou-se que fui a primeira pessoa que deduziu as causas do desastre.

Isso é uma meia verdade. Realmente fui o primeiro a dizer isso no Brasil. Só que naquela tarde, após minha apresentação na Fátima Bernardes, e antes de ir para os estúdios do Jornal Nacional, no Jardim Botânico, conversei, pelo telefone, com um comandante de Boeing 777 de uma companhia asiática, uma das maiores do mundo. Trata-se de renomado especialista em segurança aérea, além de examinador de outros colegas.

“Ivan, o jato da Lamia (empresa de voos charters que operava na Bolívia) decolou para uma viagem de 3:55 horas com apenas quatro de autonomia. Não tinha nenhuma margem de segurança. Isso é quase suicídio.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Foi quase um suicídio”, afirmei convicto no Jornal Nacional. Sempre que há um acidente aéreo, consulto esse meu amigo comandante. É o que está acontecendo agora na crise dos Boeing MAX.

Esta semana, ele me passou por WhatsApp a seguinte notícia:

“A Boeing suspenderá a produção da aeronave 737 MAX – o modelo novo de avião envolvido em dois acidentes fatais que tiraram a vida de 346 pessoas – em janeiro de 2020, a companhia anunciou na segunda-feira.”

Mãozinha do governo?

Apesar disso, continua construindo 40 aeronaves por mês (quem sabe à espera de um milagre) após a interdição (grouding) dos MAX em todo mundo. Além disso, já tem 400 aeronaves estocadas nos hangares, pátios de estacionamento (inclusive de automóveis dos operários) da fábrica e dos aeroportos próximos no estado de Washington (noroeste dos Estados Unidos).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mesmo considerando que o Índice Industrial Dow Jones (do qual a Boeing é um dos componentes) está em suas máximas históricas, as ações da Boeing Company caíram apenas 8,31%, de US$ 361,98 para US$ 331,90, do acidente da Lion Air (houve outro com a Ethiopian Airways) para cá.

Essa pequena queda não bate com os fundamentos. A Boeing deveria estar com um prejuízo colossal, fabricando aviões sem vender. Se não está, é porque o governo americano deve (essa hipótese é minha; não a vi em nenhum lugar) estar ajudando.

“Mas como, ajudando?”, pode estar indagando o caro leitor. “Dando dinheiro?”.

“Comprando aviões militares”, respondo. “Há alguns bombardeiros estratégicos que custam até US$ 300 milhões a unidade. Ele (o Pentágono) pode estar adiantando o valor de encomendas futuras.” Em algum momento, o prejuízo dos MAX vai se manifestar nos balanços da Boeing e o papel vai cair.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Venda ações da Gol

Para os investidores em ações da B3 que possuem em suas carteiras ações da Gol, sugiro a venda.

A frota da empresa é constituída de jatos da Boeing, entre os quais sete modelos 737 MAX que se encontram paralisados no aeroporto de Confins, em Belo Horizonte. Fora outras 135 unidades do MAX encomendadas à fábrica de Seattle. Estes, ao que tudo indica, jamais chegarão.

O restante dos jatos da Gol é composto de Boeings 737 NG (Next Generation, os modelos 600, 700, 800 e 900), sendo que no mundo alguns estão apresentando problemas de fadiga prematura de material. Onze aparelhos dessa linha estão parados em Confins.

Total de Boeings 737 da Gol interditados: 18. Quase 15% das aeronaves da empresa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Desde a queda do MAX da Lion Air (e iniciado o inferno da Boeing), as ações da Gol já subiram 47%. Sugiro aos caros leitores que as possuem vendê-las.

Se os prognósticos sombrios que faço para a Boeing se consubstanciarem, e a Gol decida trocar, mesmo que parcialmente, sua frota por aeronaves da Airbus e da Embraer, ela será posta no final da fila que já se formou nesses dois fabricantes. Fora os custos de treinamento de pilotos e mecânicos, e trocas de simuladores, para os novos tipos de aeronave.

O mercado de ações está muito promissor para 2020. Vai entrar dinheiro novo. Vão entrar papéis, oriundos de IPOs, de privatizações e de vendas da carteira do BNDES.

Se o amigo assinante faz questão de ter ações ligadas à aviação, aconselho as da Embraer, mesmo sabendo que 80% da divisão comercial da empresa está sendo transferida para o controle da Boeing.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Acredito que a montadora de São José dos Campos e Gavião Peixoto vai vender tudo que produz (e seus aviões são de excepcional qualidade) nos próximos anos, além de expandir suas linhas de fabricação.

Com certeza a Boeing não vai quebrar. Nem Trump nem um eventual sucessor democrata permitiriam. Mas nunca se sabe em que condições haverá um acordo entre Seattle e Washington.

Do modo como está é que não pode continuar. Isso não é um negócio que se deve pagar para ver.

A indústria aeronáutica mundial se fundiu demais nas últimas décadas (para diminuir os custos de produção), mas agora ficou concentrada em excesso.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Basta um problema com uma das fabricantes para afetar todo o universo da aviação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
RESPIRO EXTRA

STF redefine calendário dos dividendos: empresas terão até janeiro de 2026 para deliberar lucros sem imposto

27 de dezembro de 2025 - 10:34

O ministro Kassio Nunes Marques prorrogou até 31 de janeiro do ano que vem o prazo para deliberação de dividendos de 2025; decisão ainda precisa ser confirmada pelo plenário

CONSTRUINDO O FUTURO

BNDES lidera oferta de R$ 170 milhões em fundo de infraestrutura do Patria com foco no Nordeste; confira os detalhes

26 de dezembro de 2025 - 19:44

Oferta pública fortalece projetos de logística, saneamento e energia, com impacto direto na região

FUNDO IMOBILIÁRIO

FII BRCO11 fecha contrato de locação com o Nubank (ROXO34) e reduz vacância a quase zero; XP recomenda compra

26 de dezembro de 2025 - 19:21

Para a corretora, o fundo apresenta um retorno acumulado muito superior aos principais índices de referência

BATEU O MARTELO

OPA da Ambipar (AMBP3): CVM rejeita pedido de reconsideração e mantém decisão contra a oferta

26 de dezembro de 2025 - 17:33

Diretoria da autarquia rejeitou pedido da área técnica para reabrir o caso e mantém decisão favorável ao controlador; entenda a história

PREGÃO TURBULENTO

Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares

26 de dezembro de 2025 - 16:46

Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação

EXCLUSIVO

Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares

26 de dezembro de 2025 - 16:01

Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group

NOVELA CORPORATIVA

IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3

26 de dezembro de 2025 - 14:00

A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto

GRANDE COMPRA

Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história

26 de dezembro de 2025 - 13:21

Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup

FIM DA DISPUTA

Banco Mercantil (BMEB4) fecha acordo tributário histórico, anuncia aumento de capital e dividendos; ações tombam na B3

26 de dezembro de 2025 - 12:30

O banco fechou acordo com a União após mais de 20 anos de disputas tributárias; entenda o que isso significa para os acionistas

DISPUTA DE ACIONISTAS

Kepler Weber (KEPL3) e GPT: minoritários questionam termos da fusão e negócio se complica; entenda o que está em jogo

26 de dezembro de 2025 - 11:45

Transações paralelas envolvendo grandes sócios incomodou os investidores e coloca em dúvida a transparência das negociações

MAIS CHINELOS NO CARRINHO

Itaúsa (ITSA4) eleva aposta em Alpargatas (ALPA4) em meio à polêmica com a dona da Havaianas

26 de dezembro de 2025 - 9:36

Nos últimos dias, a Itaúsa elevou sua fatia e passou a deter cerca de 15,94% dos papéis ALPA4; entenda a movimentação

NEGÓCIOS

Presente de Natal? Tim Cook compra ações da Nike e sinaliza apoio à recuperação da empresa

25 de dezembro de 2025 - 18:11

CEO da Apple investe cerca US$ 3 milhões em papéis da fabricante de artigos esportivos, em meio ao plano de reestruturação comandado por Elliott Hill

MAIS AÇÕES

Ampla Energia aprova aumento de capital de R$ 1,6 bilhão

25 de dezembro de 2025 - 15:15

Operação envolve capitalização de créditos da Enel Brasileiro e eleva capital social da empresa para R$ 8,55 bilhões

MARCA FIT

Alimentação saudável com fast-food? Ela criou uma rede de franquias que deve faturar R$ 240 milhões

25 de dezembro de 2025 - 8:00

Camila Miglhorini transformou uma necessidade pessoal em rede de franquias que conta com 890 unidades

CHUVA DE PROVENTOS

Dinheiro na conta: Banco pagará R$ 1,82 por ação em dividendos; veja como aproveitar

24 de dezembro de 2025 - 12:00

O Banco Mercantil aprovou o pagamento de R$ 180 milhões em dividendos

GRANDES MUDANÇAS

Azul (AZUL54) perde 58% de valor no primeiro pregão com novo ticker — mas a aérea tem um plano para se recuperar

24 de dezembro de 2025 - 11:15

A Azul fará uma oferta bilionária que troca dívidas por ações, na tentativa de limpar o balanço e sair do Chapter 11 nos EUA

COMPRAR OU VENDER?

O alinhamento dos astros para a Copasa (CSMG3): revisão tarifária, plano de investimento bilionário e privatização dão gás às ações 

24 de dezembro de 2025 - 10:38

Empresa passa por virada estratégica importante, que anima o mercado para a privatização, prevista para 2026

ATENÇÃO, ACIONISTAS!

B3 (B3SA3) e Mills (MILS3) pagam mais de R$ 2 bilhões em dividendos e JCP; confira prazos e condições

23 de dezembro de 2025 - 19:38

Dona da bolsa brasileira anunciou R$ 415 milhões em JCP e R$ 1,5 bilhão em dividendos complementares, enquanto a Mills aprovou dividendos extraordinários de R$ 150 milhões

COMPRAR OU VENDER?

2026 será o ano do Banco do Brasil (BBAS3)? Safra diz o que esperar e o que fazer com as ações

23 de dezembro de 2025 - 19:33

O Safra estabeleceu preço-alvo de R$ 25 para as ações, o que representa um potencial de valorização de 17%

RECALCULANDO A ROTA

Hasta la vista! Itaú (ITUB4) vende ativos na Colômbia e no Panamá; entenda o plano por trás da decisão

23 de dezembro de 2025 - 18:55

Itaú transfere trilhões em ativos ao Banco de Bogotá e reforça foco em clientes corporativos; confira os detalhes da operação

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar