O BNDES quer vender a roda-gigante

As crianças da minha escola esperavam ansiosas pela feira de exposições da cidade. As famílias seguiam em peso para dar suas voltinhas pelos estandes de vendas de roupas, tratores, carros e até leilões de gado. Mas a parada mais desejada era o parque de diversões.
Sempre tinha carrinho de bate-bate, pula-pula, roda-gigante e um tal de rotor, um brinquedo que girava com a pessoa encostada num muro. Hoje eu não iria nem que me pagassem… Na época, adorava os brinquedos do parque, como toda criança. Pena que a minha mãe não deixou mais eu ir depois que vimos o pula-pula voar em um temporal, minutos depois que eu e a minha irmã saímos de dentro.
A Disney estava na TV, mas era um sonho distante para a maioria das crianças da minha geração. Nos anos 80 e 90, só os ricos viajavam de férias para o exterior. O jeito era pegar uma excursão para Santa Catarina e parar no Beto Carrero.
Lembrando do contexto da época, fazia muito sentido a construção do Hopi Hari, um parque de diversões a uma hora de São Paulo, maior centro populacional e econômico do país. Eu não cheguei a ir - já não era mais criança quando ele ficou pronto em 1999 (vish, acho que denunciei a minha idade). Mas os mais jovens aqui do Seu Dinheiro batiam ponto por lá. O Nicolas, de redes sociais, tinha até o passe anual do parque.
O Hopi Hari chegou a ter sócios de peso, como GP investimentos e os maiores fundos de pensão do país (Previ, Petros e Funcef). Tinha até ações na bolsa - lembra da PQTM4? No meio da crise do parque, o registro de companhia aberta foi suspenso pela CVM.
O que parecia lindo na teoria, na prática nunca deu muito certo como negócio. Má gestão, problemas de segurança e os próprios solavancos do câmbio (parte significativa dos custos é dolarizada) quebraram muitos parques no Brasil. O Hopi Hari pediu recuperação judicial em 2016 e agora tenta se reerguer.
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O processo está enrolado. O parque deixou a maioria dos credores de fora do plano de recuperação (sim, é isso mesmo) e eles seguem caminhos paralelos para tentar reaver seu dinheiro. O BNDES, por exemplo, já conseguiu uma decisão favorável para vender os bens do parque, tais como brinquedos e o próprio terreno. Se ela não for revertida em uma instância superior da Justiça, o Hopi Hari pode fechar as portas antes do que imaginava. A repórter Ana Paula Ragazzi conta todos os detalhes nesta reportagem.

Seu pedido foi cancelado
Após suspender a produção de minério em sua maior mina de Minas Gerais, a Vale teve que cancelar contratos de venda. Ela alegou razão de “força maior”. Os contratos suspensos podem somar 30 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. Leia mais
Fala, Trump!
Adiado por algumas semanas por conta do shutdown (paralisação do governo), o presidente dos EUA, Donald Trump, fez seu discurso à União ontem à noite. A maior “novidade” foi o anúncio de que se encontraria com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, no fim deste mês no Vietnã. O mandatário também reforçou que vem negociando os termos do acordo com a China para reverter décadas de “políticas calamitosas”. Aqui você confere outros pontos importantes do discurso de Trump.
Os números não batem
Novas delações e documentos reunidos no Brasil e na Venezuela indicam que a Odebrecht desembolsou mais de R$ 630 milhões em propinas e financiamentos ilegais de campanhas venezuelanas em oito anos. O valor é bem superior ao mencionado no acordo da empreiteira com o governo norte-americano, em 2016, de US$ 98 milhões. É bem provável que o escândalo em torno da companhia volte à tona. Leia mais
Fake news
A internet está cheia de contas duvidosas que mostram “a verdade” sobre o rombo da Previdência. Há até quem diga que ele não existe… Rodrigo Maia e Paulo Guedes estão preocupados que essas teorias furadas façam um estrago maior e atrapalhem a votação da reforma. Os dois concordam que precisam combater as “fake news’ sobre Previdência. Leia a análise do Eduardo Campos sobre o tema.
Bula do mercado: apreensão política
O mercado continua acompanhando com atenção os desfechos das reformas no cenário local e dos eventos internacionais nesta quarta-feira.
Nos EUA, após Trump não declarar “emergência nacional” em seu discurso ontem à noite, o mercado deve ficar mais calmo hoje. Mais calmo, mas não tranquilo. Ainda há ameaças de um novo shutdown (paralisação parcial) do governo. Isso porque um acordo com os democratas para liberar orçamento para construção do muro na fronteira com o México continua bem distante.
Os mercados asiáticos continuam suspensos para comemorações do Ano Novo Lunar, o que acabou minando as negociações nas bolsas europeias também.
Por aqui, as atenções continuam voltadas à reforma da Previdência. Deputados têm reclamado da falta de interlocução do governo para a aprovação da reforma e consideram irreal o prazo de votação até julho, defendido pela equipe econômica do governo Bolsonaro.
Ontem, o Ibovespa fechou em queda de 0,28%, aos 98.311 pontos. O dólar recuou 0,14%, aos R$ 3,66.
Consulte a Bula do Mercado para saber como devem se comportar bolsa e dólar hoje!
Um grande abraço e ótima quarta-feira!
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