Rota do Bilhão: 9 semelhanças dos 10 mais ricos do mundo
Apesar de histórias de vida e negócios diferentes, há pontos em comum entre os maiores bilionários do mundo – são pistas do que pode ter feito a diferença
Você sabia que os dez homens mais ricos do mundo fizeram sua própria fortuna? Veja só:
- Larry Elisson, da Oracle, foi deixado pela mãe na casa dos tios antes de completar um ano e cresceu na periferia de Chicago.
- Amancio Ortega, dono da Zara, largou a escola aos 12 para trabalhar em uma fábrica de camisas.
- Mark Zuckerberg e Larry Page começaram suas empresas, as gigantes da internet Facebook e Google, dentro de dormitórios acadêmicos.
- Warren Buffett, ícone de Wall Street, já trabalhou como entregador de jornais e vendedor da Coca-Cola.
- Michael Bloomberg levava chá e cafezinho a tiracolo para conseguir a atenção de seus primeiros clientes.
- Jeff Bezos, o mais rico de todos, empacotou e despachou livros no início da Amazon.
- Carlos Slim, Bill Gates e Bernard Arnault vêm de famílias de alta renda, mas montaram negócios inovadores e conquistaram seus próprios bilhões.
Nenhum deles herdou sua fortuna. Todos chegaram ao topo por conta própria.
Desde meados de junho o Seu Dinheiro publicou aos domingos a história desses bilionários contadas pelas jornalistas Naiana Oscar e Natalia Gómez. Essas reportagens entraram na nossa lista de mais lidas semana após semana e foram acessadas por centenas de milhares de leitores.
Diante do sucesso da série, montamos um eBook com todas as histórias para dar de presente aos nosso leitores. Para receber um exemplar de graça em seu e-mail basta clicar aqui.

O que é que os ricaços têm?
Apesar de histórias de vida e negócios diferentes, há pontos em comum. São pistas do que pode ter feito a diferença - e gerado bilhões. Examinei esses perfis e identifiquei nove semelhanças:
Leia Também
1 - Uma grande sacada
Todos os homens mais ricos do mundo foram visionários e conseguiram enxergar tendências de mercado antes. Jeff Bezos acreditou no e-commerce antes de qualquer varejista. Amancio Ortega inovou no ramo da moda ao apostar no conceito de fast fashion, abastecendo suas lojas mais rápido que a concorrência.
Bill Gates teve duas grandes sacadas fundamentais: entendeu em 1975 que todo mundo teria um microcomputador na sua mesa do escritório e viu logo no início da Microsoft que os programas dos computadores também eram produtos - e não apenas as máquinas, como se pensava na época.
Já Larry Page teve em um sonho a grande ideia da sua vida. Ele viu uma tecnologia que poderia “baixar” a internet inteira e esse conceito foi a origem do Google.
2 - Coragem para abraçar sua ideia
Ter uma boa sacada de negócios foi só o primeiro passo. Muitos outros vieram na sequência, entre eles, a coragem para apostar na sua ideia e aceitar a mudança de vida que vem no pacote de quem arrisca.
Quem nunca pensou em largar tudo para abrir um negócio? Mas aí lembra do seu emprego estável, carteira assinada, férias, 13º salário e também das contas para pagar e acha melhor “deixar quieto” em vez de assumir o risco do desconhecido.
A verdade é que os homens que conquistaram as maiores fortunas do mundo assumiram algum risco. Poderia ter dado errado. Mas eles preferiram pagar para ver.
Bill Gates largou a universidade de Harvard para mergulhar de cabeça na corrida tecnológica da época. Michael Bloomberg foi empreender aos 39 anos após uma demissão.
Bezos foi considerado “louco” pelos amigos quando abandonou uma carreira de analista de investimentos para montar uma livraria online. Deixou de ganhar bônus gordos de Wall Street para ficar anos ralando sem lucro na Amazon até o negócio virar.
3 - Uma certa dose de malícia
Não dá para ser peixinho e querer nadar no mar de tubarões. Para levar seu negócio a outro patamar, esses empresários precisaram de uma boa dose de malícia.
Bill Gates, por exemplo, blefou para conseguir um contrato da novata Microsoft com a IBM para a entrega de um sistema operacional. Ele não tinha nada pronto e fechou o contrato mesmo assim.
Larry Ellison lançou seu primeiro produto no mercado com o nome de Oracle 2, mesmo sem nunca ter existido um Oracle 1. Foi uma jogada de marketing para fingir que todos os bugs foram resolvidos e estava oferecendo uma versão melhorada do produto. Malandrinhos eles, não?
4 - Compraram na baixa
Carlos Slim aproveitou as crises do México para comprar ativos baratos. Sua maior tacada foi a privatização da precária companhia telefônica Telmex, que deu origem à América Móvil, seu maior negócio.
Bernard Arnault comprou uma fábrica quebrada, dona da marca Dior, e a transformou em um conglomerado de luxo altamente lucrativo.
Mas o mestre mesmo em achar pechinchas foi Warren Buffett. Ele aproveitou a baixa dos mercados após a crise de 1987 para comprar mais de US$ 1 bilhão em ações da Coca-Cola, que na época valiam menos de US$ 3 . Ele carrega esses papéis até hoje e eles valem mais de US$ 50.
5 - Um bom plano e visão de longo prazo
Nenhum dos bilionários da lista pensou pequeno, nem no curto prazo. Eles tinham um plano bem traçado para o futuro e, muitas vezes, tiveram sua resiliência testada no meio do caminho.
Jeff Bezos enxergava que vender livros online era o primeiro passo para criar uma gigante que vende de tudo pela internet.
Warren Buffett decidiu que seria milionário aos 35 quando ainda era adolescente. Comprou sua primeira ação aos 11 anos e desde jovem é obcecado por multiplicar dinheiro. Dono de uma carteira com participações em cerca de 60 empresas, sua filosofia de investimentos é focada no longo prazo. E o tempo fez dele uma lenda nos mercados.
6 - Um negócio com escala
Um negócio pequeno pode até ser bom. Mas não vai deixar ninguém bilionário... Para reunir as maiores fortunas do planeta, seus donos precisaram dar escala aos seus negócios.
Só com o Facebook Mark Zuckerberg conseguiu conectar mais de 2 bilhões de pessoas no mundo - e faturar uma bolada todo ano para distribuir publicidade nessa rede.
Gates colocou o Windows em quase todos os computadores que chegam ao mercado. A Amazon só ficou lucrativa quando virou uma gigante.
Mas o maior trunfo neste sentido foi de Bernard Arnault, que transformou grifes de luxo em negócios de larga escala, o que parece até um contra senso.
7 - Uma pitada maquiavélica
Alguns episódios da trajetória dos bilionários me lembraram os ensinamentos do polêmico filósofo italiano Nicolau Maquiavel. Muitos deles colocaram na prática a clássica lição de que os fins justificam os meios.
Arnault ganhou o apelido de “predador” pela forma como lida com os negócios. Para montar seu conglomerado fez ofertas hostis a concorrentes e traiu aliados. Também tentou mudar de nacionalidade para pagar menos impostos.
Bezos queimou caixa da Amazon de propósito para matar o negócio de concorrentes e obrigá-los a vender a operação para ele.
Zuckerberg foi impiedoso ao deixar aliados para trás, como o ex-amigo brasileiro Eduardo Saverin e os gêmeos Winklevoss. E até hoje está se explicando sobre como o Facebook cedeu sem consentimento dados de seus usuários.
8 - Um dono sempre presente
Mesmo quando chegaram ao topo, essas mentes brilhantes não deixaram completamente o seu negócio principal. A maioria deles permanece como presidente do conselho de administração da empresa para continuar a ditar a estratégia dos negócios.
Há casos como o de Zuckerberg em que ele acumula também a função de CEO e chega a ser criticado por excesso de autoridade no negócio.
9 - Diversificaram seus investimentos
Os bilionários ainda têm como principal negócio ações das empresas que o enriqueceram. Mas não só elas. Com a carteira cheia, eles diversificaram.
Muitos deles investiram em ativos imobiliários. Larry Ellison e Zuckerberg são donos até de ilhas particulares. Ortega é dono da maior imobiliária da Espanha e de diversos empreendimentos. Aliás, seus colegas bilionários são seus inquilinos - as sedes de Amazon, Google e Facebook no país ficam em prédios dele.
Carlos Slim tem de tudo no México, imobiliária, inclusive. Além da gigante América Móvil, seu conglomerado reúne cerca de 200 empresas, como petroleira, banco, mineradora e montadora.
Eles também são financiadores de startups e de novas tecnologias. Bezos é dono da Blue Origin, que está na corrida pelas viagens espaciais. Larry Page é investidor de projetos que desenvolvem carros voadores e procuram água em asteróides. Arnault é investidor de Airbnb, Netflix e Spotify.
Você tem perfil para bilionário?
Se você chegou neste ponto do texto, imagino que esteja entre as duas opções abaixo:
- Opção A: Você está animado porque acha que não é impossível ficar bilionário. Será que a próxima lista terá o seu nome? Torça para que sim.
- Opção B: Você está desanimado porque percebeu que a diferença entre você e os 10 homens mais ricos do mundo não é só a conta bancária. Você não tem ideia de qual será o negócio do futuro, não tem coragem de largar tudo e começar um negócio do zero nessa altura da vida e pensando bem não teria tanta cara de pau quanto o Bill Gates pra fechar um contrato. Calma lá. Ainda assim você pode ficar rico - e quem sabe até bilionário.
De uma coisa não tenho dúvida: grandes negócios só prosperam quando são tocados por excelentes pessoas. Aprender a identificar quem têm potencial para chegar ao topo - e colar neles - é um dos trunfos dos grandes investidores.
Quer um exemplo? Olhe o caso do alemão Andy Bechtolsheim, que deu um cheque de US$ 100 mil para Larry Page e Sergey Brin tirarem o Google do dormitório acadêmico. Ele não chegou na lista dos 10 mais ricos, mas também virou bilionário e está lá na 252ª posição do ranking da Forbes de 2019.
As oportunidades de ganhar dinheiro estão por aí. Internet das coisas, inteligência artificial, Big Data, 5G e um monte de coisas que eu não consigo nem imaginar vão mudar completamente o modo como as pessoas vivem e se relacionam no futuro. Os visionários já estão criando suas empresas e o mercado está de olho. Hoje mesmo o Seu Dinheiro traz uma reportagem que mostra uma startup avaliada em US$ 75 bilhões - e ela nem existia há dez anos.
Novas marcas vão entrar na lista das empresas mais valiosas do mundo. Novos nomes vão entrar na lista de homens mais ricos do mundo. Estude o comportamento das estrelas em ascensão, aprenda a identificar quem pode chegar mais alto e tente subir junto com elas.
Banco Master: quem são os dois empresários alvos da operação da PF, soltos pela Justiça
Empresários venderam carteiras de crédito ao Banco Master sem realizar qualquer pagamento, que revendeu ao BRB
Uma noite sobre trilhos: como é a viagem no novo trem noturno da Vale?
Do coração de Minas ao litoral do Espírito Santo, o Trem de Férias da Vale vai transformar rota centenária em uma jornada noturna inédita
Com prejuízo bilionário, Correios aprovam reestruturação que envolve demissões voluntárias e mais. Objetivo é lucro em 2027
Plano prevê crédito de R$ 20 bilhões, venda de ativos e cortes operacionais para tentar reequilibrar as finanças da estatal
Supremo Tribunal Federal já tem data para julgar acordo entre Axia (AXIA3) e a União sobre o poder de voto na ex-Eletrobras; veja
O julgamento acontece após o acordo entre Axia e União sobre poder de voto limitado a 10%
Deixe o Banco do Brasil (BBAS3) de lado: para o Itaú BBA, é hora de olhar para outros dois bancões — e um deles virou o “melhor da bolsa”
Depois da temporada de balanços do terceiro trimestre, o Itaú BBA, que reiterou sua preferência por Nubank (ROXO33) e Bradesco (BBDC4), enquanto rebaixou a indicação do Santander (SANB11) de compra para neutralidade. Já o Banco do Brasil (BBAS3) continua com recomendação neutra
O novo trunfo do Magazine Luiza (MGLU3): por que o BTG Pactual vê alavanca de vendas nesta nova ferramenta da empresa?
O WhatsApp da Lu, lançado no início do mês, pode se tornar uma alavanca de vendas para a varejista, uma vez que já tem mostrado resultados promissores
5 coisas que o novo Gemini faz e você talvez não sabia
Atualização do Gemini melhora desempenho e interpretação de diferentes formatos; veja recursos que podem mudar sua rotina
Vibra (VBBR3) anuncia R$ 850 milhões em JCP; Energisa (ENGI11) e Lavvi (LAVV3) anunciam mais R$ 500 milhões em dividendos
Vibra e Energisa anunciaram ainda aumentos de capital com bonificação em ações; veja os detalhes das distribuições de dividendos e ações
Nvidia (NVDC34) tem resultados acima do esperado no 3T25 e surpreende em guidance; ações sobem no after market
Ações sobem quase 4% no after market; bons resultados vêm em meio a uma onda de temor com uma possível sobrevalorização ou até bolha das ações ligadas à IA
Hora de vender MOTV3? Motiva fecha venda de 20 aeroportos por R$ 11,5 bilhões, mas ação não decola
O valor da operação representa quase um terço dos R$ 32 bilhões de valor de mercado da empresa na bolsa. Analistas do BTG e Safra avaliam a transação
Nem o drible de Vini Jr ajudaria: WePink de Virginia fecha acordo de R$ 5 milhões após denúncias e fica proibida de vender sem estoque
Marca da influenciadora terá que mudar modelo de vendas, reforçar atendimento e adotar controles rígidos após TAC com o MP-GO
Patria dá mais um passo em direção à porta: gestora vende novo bloco de ações da Smart Fit (SMFT3), que entram em leilão na B3
Conforme adiantado pelo Seu Dinheiro em reportagem exclusiva, o Patria está se preparando para zerar sua posição na rede de academias
BRB contratará auditoria externa para apurar fatos da operação Compliance da PF, que investiga o Banco Master
Em comunicado, o banco reafirma seu compromisso com as melhores práticas de governança, transparência e prestação de informações ao mercado
O futuro da Petrobras (PETR4): Margem Equatorial, dividendos e um dilema bilionário
Adriano Pires, sócio-fundador do CBIE e um dos maiores especialistas em energia do país, foi o convidado desta semana do Touros e Ursos para falar de Petrobras
ChatGPT vs. Gemini vs. Llama: qual IA vale mais a pena no seu dia a dia?
A atualização recoloca o Google na disputa com o ChatGPT e o Llama, da Meta; veja o que muda e qual é a melhor IA para cada tipo de tarefa
Magazine Luiza (MGLU3) e Americanas (AMER3) fecham parceria para o e-commerce; veja
Aliança cria uma nova frente no e-commerce e intensifica a competição com Mercado Livre e Casas Bahia
Governador do DF indica Celso Eloi para comandar o BRB; escolha ainda depende da Câmara Legislativa
A nomeação acontece após o afastamento judicial de Paulo Henrique Costa, em meio à operação da PF que mira irregularidades envolvendo o Banco Master
Ele foi o segundo maior banco privado do Brasil e seu jingle resistiu ao tempo, mas não acabou numa boa
Do auge ao colapso: o caso Bamerindus marcou o FGC por décadas como um dos maiores resgates do FGC da história — até o Banco Master
Cedae informa suspensão do pagamento do resgate de CDBs do Banco Master presentes na sua carteira de aplicações
Companhia de saneamento do Rio de Janeiro não informou montante aplicado nos papéis, mas tinha R$ 248 milhões em CDBs do Master ao final do primeiro semestre
A história do banco que patrocinou o boné azul de Ayrton Senna e protagonizou uma das maiores fraudes do mercado financeiro
Banco Nacional: a ascensão, a fraude contábil e a liquidação do banco que virou sinônimo de solidez nos anos 80 e que acabou exposto como protagonista de uma das maiores fraudes da história bancária do país
