O Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou a meta de inflação de 2022 em 3,5%, dando continuidade ao um movimento de revisão iniciado há dois anos, após uma década com a meta em 4,5%.
Dentro do regime de metas para a inflação, o CMN fixa uma meta a ser perseguida pelo Banco Central (BC), que utiliza a taxa de juros, Selic, para cumprir esse objetivo. Agora em 2019, a meta é de 4,25%, recuando para 4% em 2020 e para 3,75% em 2021. Há uma banda de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Segundo o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, alguns críticos costumam dizer que quando o governo reduz a meta de inflação, é obrigado a aumentar juro. “Mas isso não encontra correspondência na realidade. Meta de inflação mais baixa não é correlacionada com juro mais alto”, disse.
Ainda de acordo com Sachsida, metas de inflação mais baixas contribuem para ancorar as expectativas na meta e também estão associadas com menor flutuação. Entre os pares emergentes, a meta está ao redor de 3%.
Questionado sobre o intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual, o subsecretário de Política Econômica, Vladmir Teles, explicou que durante um processo de redução da meta é normal ter alguma cautela com relação ao intervalo de tolerância.
Segundo Teles, a ideia é ter graus de liberdade para acomodar choques de preços, de forma a garantir bem-estar econômico e social.