Gerdau mantém lucro líquido estável no primeiro trimestre, enquanto vendas caem mais de 20%
O Ebitda ajustado da empresa somou R$ 1,5 bilhão, alta de 4,6% ante o mesmo intervalo de 2018
A siderúrgica Gerdau manteve o seu lucro líquido praticamente estável no primeiro trimestre de 2019, com alta de apenas 1%, e trouxe dados mais fracos de vendas e produção de aço depois de ter concluído um plano de desinvestimentos. A última linha do balanço ficou em R$ 453 milhões no primeiro trimestre de 2019.
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado somou R$ 1,5 bilhão, alta de 4,6% ante o mesmo intervalo de 2018. Segundo a empresa, foi o melhor Ebitda registrado de janeiro a março em 11 anos. A receita líquida foi de R$ 10,02 bilhões, recuo de 3,5%.
Impactada por desinvestimentos realizados ao longo de 2018 e por um mercado brasileiro mais fraco, a produção de aço bruto da Gerdau no primeiro trimestre caiu 19,7% para 3,34 milhões de toneladas, enquanto as vendas de aço caíram 22,9% para 2,98 milhões de toneladas.
O enxugamento incluiu operações no Chile, na Índia e de grande parte das unidades de vergalhão e da unidade de fio-máquina nos Estados Unidos.
A retração da receita líquida foi mais suave do que a queda nas vendas porque a empresa obteve um aumento na receita por tonelada vendida em todas as operações de negócios, principalmente devido ao efeito cambial.
Os custos das vendas da siderúrgica apresentaram queda de 3,2% no período e somaram R$ 8,75 bilhões.
Leia Também
Volumes ainda fracos no Brasil
A unidade de negócios Brasil trouxe dados desanimadores. A produção de aço caiu 7,4% na comparação anual, para 1,41 milhão de toneladas. As vendas totais da operação brasileira recuaram 5,6% para 1,35 milhão de toneladas, sendo que as vendas domésticas caíram 5,7% e as exportações recuaram 5,4%.
De acordo com a empresa, houve um recuo nas vendas de semi-acabados no mercado interno, principalmente placas. A companhia afirmou ainda que houve menor volume de exportações de semi-acabados, principalmente tarugos, pela redução da rentabilidade nas exportações e formação de estoque estratégico para a parada programada de manutenção do alto-forno 1 de Ouro Branco-MG.
As vendas de aços longos da operação brasileira totalizaram 1,04 milhão de toneladas, queda de 2,8%. Já as vendas de aços planos caíram 13,9% para 316 mil toneladas.
A receita líquida da unidade de negócios Brasil foi de R$ 3,84 bilhões, alta de 6,6%, ajudada pela maior receita líquida por tonelada vendida, em especial no mercado interno.
O Ebitda desta operação foi de R$ 674 milhões, queda de 10%, enquanto a margem Ebitda passou de 20,8% para 17,5%
Outro dado negativo foi a alta no custo das vendas, que foi de 13,4% no período, devido a maiores custos de insumos como sucata, gusa, minério e carvão.
Enquanto isso, nos EUA
Devido aos desinvestimentos realizados na região, as vendas de aço na unidade de negócios da Gerdau na América do Norte caíram 36,3% para 1,07 milhão de toneladas, enquanto a produção recuou quase 30% para 1,26 milhão de toneladas. Com a operação mais enxuta, o custo de vendas caiu 18,8%.
A receita líquida no trimestre caiu 13,2% na América do Norte e somou R$ 3,84 bilhões. O impacto teria sido pior se não fossem os melhores preços em 2018 e o efeito cambial.
A boa notícia do balanço ficou por conta da melhor margem bruta da operação, que passou de 5,4% para 11,5% e pelo aumento do Ebitda, que dobrou e chegou a R$ 506 milhões.
A Gerdau destacou que a melhora se deve à vigência integral de um período de estímulo à produção nos Estados Unidos, e pelo nível recorde de spread metálico suportado por um crescimento econômico favorável, principalmente para construção não residencial.
Esfriou na América do Sul
A operação da América do Sul também foi desafiadora no primeiro trimestre de 2019, com queda de 43% na produção de aço bruto e de 35% nas vendas, que somaram 244 mil toneladas. A crise na Argentina foi um dos problemas na região.
A receita líquida desta operação sofreu queda de 23,6%, para R$ 739 milhões.
A operação de aços especiais teve recuo de 12,3% na produção e de 16,3% nas vendas, que ficaram em 430 mil toneladas de aço. Mesmo assim, a receita líquida subiu 6,2% para R$ 1,8 bilhão, impulsionada por melhor receita líquida por tonelada vendida.
A empresa citou queda nas vendas nos Estados Unidos e no Brasil, e disse que a produção de veículos no mercado brasileiro caiu devido à retração das exportações. Já nos Estados Unidos, a queda se deve ao menor consumo na indústria de óleo e gás e à redução de estoques na distribuição.
Dívida está menor
Ao fim do trimestre, a dívida líquida da Gerdau estava em R$ 12,46 bilhões, frente a R$ 13,47 bilhões um ano antes. A alavancagem financeira, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, foi de 1,8 vez no final de março, redução ante a alavancagem de 2,7 vezes em março de 2018.
De acordo com a companhia, a redução do indicador foi consequência dos recursos gerados com o plano de desinvestimentos conduzido nos últimos anos, que chegou a R$ 7 bilhões em valor econômico.
Os investimentos da siderúrgica no primeiro trimestre somaram R$ 305 milhões. Para 2019, a previsão dos investimentos em é de R$ 2,2 bilhões.
Resultados da Nvidia (NVDC34) ‘teriam que surpreender muito’ para ações subirem, diz analista; entenda
Números da big tech já estão dentro do esperado pela maior parte do mercado, o que pode diminuir chances de novas altas exponenciais, na avaliação de analista
Banco do Brasil (BBAS3): vale a pena investir? Confira opinião dos analistas do BTG Pactual
O Banco do Brasil (BBAS3) foi o último dos “bancões” brasileiros a divulgar seus resultados do 3T24, na noite da última quarta-feira (13). Os números vieram positivos de maneira geral, com destaque para: Apesar dos números não estarem totalmente no vermelho, o mercado mostrou certa apreensão. Os papéis do bancão fecharam o pregão da quinta-feira […]
Angústia da espera: Ibovespa reage a plano estratégico e dividendos da Petrobras (PETR4) enquanto aguarda pacote de Haddad
Pacote fiscal é adiado para o início da semana que vem; ministro da Fazenda antecipa contingenciamento de mais de R$ 5 bilhões
Rede D’Or (RDOR3), Odontoprev (ODPV3) ou Blau Farmacêutica (BLAU3)? Após resultados “sem brilho” do setor de saúde no 3T24, BTG elege a ação favorita
Embora as operadoras tenham apresentado resultados fracos ou em linha com as expectativas, as três empresas se destacaram no terceiro trimestre, segundo o banco
Gerdau compra controle total da Gerdau Summit, por US$ 32,6 milhões; entenda a estratégia por trás disso
Valor da aquisição será pago à vista, com recursos próprios até o fechamento da transação, previsto para o início de 2025
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Quais os planos da BRF com a compra da fábrica de alimentos na China por US$ 43 milhões
Empresa deve investir outros US$ 36 milhões para dobrar a capacidade da nova unidade, que abre caminho para expansão de oferta
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Lucro dos bancos avança no 3T24, mas Selic alta traz desafios para os próximos resultados; veja quem brilhou e decepcionou na temporada de balanços
Itaú mais uma vez foi o destaque entre os resultados; Bradesco avança em reestruturação e Nubank ameaça desacelerar, segundo analistas
CEO da AgroGalaxy (AGXY3) entra para o conselho após debandada do alto escalão; empresa chama acionistas para assembleia no mês que vem
Além do diretor-presidente, outros dois conselheiros foram nomeados; o trio terá mandato até a AGE marcada para meados de dezembro
Ações do Alibaba caem 2% em Nova York após melhora dos resultados trimestrais. Por que o mercado torce o nariz para a gigante chinesa?
Embora o resultado do grupo tenha crescido em algumas métricas no trimestre encerrado em setembro, ficaram abaixo das projeções do mercado — mas não é só isso que explica a baixa dos ativos
“A bandeira amarela ficou laranja”: Balanço do Banco do Brasil (BBAS3) faz ações caírem mais de 2% na bolsa hoje; entenda o motivo
Os analistas destacaram que o aumento das provisões chamou a atenção, ainda que os resultados tenham sido majoritariamente positivos
Streaming e sucessos de bilheteria salvam o ‘cofre do Tio Patinhas’ e garantem lucro no balanço da Disney
Para CFO da empresa, investidores precisam entender “não apenas os resultados atuais do negócio, mas também o retorno dos investimentos”
Acendeu a luz roxa? Ações do Nubank caem forte mesmo depois do bom balanço no 3T24; Itaú BBA rebaixa recomendação
Relatório aponta potencial piora do mercado de crédito em 2025, o que pode impactar o custo dos empréstimos feitos pelo banco
Agro é pop, mas também é risco para o Banco do Brasil (BBAS3)? CEO fala de inadimplência, provisões e do futuro do banco
Redução no preço das commodities, margens apertadas e os fenômenos climáticos extremos afetam em cheio o principal segmento do BB
A surpresa de um dividendo bilionário: ações da Marfrig (MRFG3) chegam a saltar 8% após lucro acompanhado de distribuição farta ao acionista. Vale a compra?
Os papéis lideram a ponta positiva do Ibovespa nesta quinta-feira (14), mas tem bancão cauteloso com o desempenho financeiro da companhia; entenda os motivos
Depois de chegar a valer menos de R$ 0,10 na bolsa, ação da Americanas (AMER3) dispara 175% após balanço do 3T24 — o jogo virou para a varejista?
Nos últimos meses, a companhia vinha enfrentando uma sequência de perdas, conforme os balanços de 2023 e do primeiro semestre de 2024, publicados após diversos adiamentos
Menin diz que resultado do grupo MRV no 3T24 deve ser comemorado, mas ações liberam baixas do Ibovespa. Por que MRVE3 cai após o balanço?
Os ativos já chegaram a recuar mais de 7% na manhã desta quinta-feira (14); entenda os motivos e saiba o que fazer com os papéis agora
Prejuízo menor já é ‘lucro’? Azul (AZUL4) reduz perdas no 3T24 e mostra recuperação de enchentes no RS; ação sobe 2% na bolsa hoje
Companhia aérea espera alcançar EBITDA de R$ 6 bilhões este ano, após registrar recorde histórico no terceiro trimestre