A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 6,422 bilhões em maio, de acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério da Economia.
O resultado ficou perto da mediana de US$ 6,45 bilhões das estimativas na pesquisa do Projeções Broadcast, cujo intervalo ia de US$ 5,2 bilhões a US$ 7,4 bilhões.
O valor é 5,8% maior do que o registrado em maio do ano passado. Na quinta semana de maio (27 a 31), o saldo comercial foi de um superávit de US$ 1,379 bilhão.
No mês passado, as exportações somaram US$ 21,394 bilhões, um aumento de 5,6% ante maio de 2018. Já as importações chegaram a US$ 14,972 bilhões, um aumento também de 7,8% na mesma comparação.
Volume de petróleo e carnes impulsionam exportações
O aumento nas quantidades vendidas ao exterior de produtos como petróleo e carnes impulsionou o resultado final das exportações, mesmo com queda nos valores dos produtos vendidos em geral.
"Maio dá um sinal positivo para o comércio exterior, mas é pontual. Temos grande instabilidade por conta do cenário político econômico internacional. E dificuldades econômicas enfrentadas pelo governo brasileiro que não são fáceis de resolver no curto prazo", afirmou o secretário de Comércio Exterior substituto, Herlon Brandão.
Em meio à guerra comercial, as exportações para os Estados Unidos aumentaram 60% em maio enquanto, para a China, houve redução de 17%. Para o país asiático, a queda foi puxada pelo menor embarque de soja neste ano, principalmente pela queda na demanda de rações para suínos depois de o país passar por problemas sanitários.
"A queda na exportação de soja para a China é pontual e tem a ver com a base de comparação alta em 2018", completa o secretário. Ele ressalta que, apesar disso, a peste suína na China aumenta a demanda de carne do Brasil, inclusive de frango.
No mês, houve uma queda nas vendas de produtos básicos (- 3,9%), enquanto subiram as de manufaturados (+ 29,5%), principalmente com gasolina e óleos combustíveis, e de semimanufaturados (15,4%), com ferro fundido e ferro e aço.
Pelo lado das importações, houve alta de combustíveis e lubrificantes (+27,5%), bens de capital (16,4%) e bens intermediários (6,4%), enquanto caíram as compras de bens de consumo (-6,5%). "As importações têm oscilado neste ano com o PIB mais fraco" , completa Brandão.
De janeiro a maio, o superávit comercial soma US$ 22,806 bilhões, saldo 5,9% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado. A previsão do governo para 2019 é que o saldo da balança comercial ficaria em um superávit de acima de US$ 50,1 bilhões.