Fundador da Amazon, Jeff Bezos postou um anúncio de emprego, em agosto de 1994 - quase 25 anos atrás -, que já revelava a obsessão que guiaria a companhia nos anos seguintes e faria com que ela fosse uma das mais poderosas do mundo.
Ao publicar que procurava por um profissional para o cargo de programador, o CEO da Amazon disse que o candidato deveria ser capaz de construir e administrar sistemas complexos levando um terço do tempo que a pessoa mais competente pensaria ser possível fazer esse mesmo trabalho.
O post revela que a linha que guia a empresa já estava presente desde a sua fundação, naquela mesmo ano. A rapidez é um ethos que impulsiona a Amazon porque a alternativa, segundo Bezos em mais de uma ocasião, é a morte da empresa.
Romantismo à parte, o site Business Insider lembra que relatórios sobre as condições de trabalho da Amazon chegaram a descrever pressão intensa sobre os funcionários, que eram cobrados intensamente pela velocidade de trabalho.
De concreto, segundo o site, há relatos de trabalhadores de armazéns e motoristas de entregas pulando refeições e intervalos apenas para cumprir a meta. A empresa, por outro lado, hoje diz estar orgulhosa de suas "excelentes condições” de trabalho, salários, benefícios e oportunidades.

Nem o céu é o limite
Mesmo com as polêmicas, a Amazon segue firme oferecendo diversos serviços que primam, entre outras coisas, pela velocidade - isso para não falar de outras iniciativas do seu fundador, como colonizar a Lua.
A empresa está estruturando o serviço de entregas por drones, para se tornar ainda mais ágil. Recentemente, a companhia também anunciou um investimento de US$ 1,5 bilhão num aeroporto nos Estados Unidos para agilizar as entregas no serviço Amazon Prime. O plano é construir um hub para os cargueiros da empresa no Aeroporto Internacional de Cincinnati, em Ohio, Estados Unidos.
Nos últimos anos, a Amazon começou a montar uma frota aérea própria em busca de uma maior autonomia no processo de entrega do produtos. Em 2016, a gigante varejista apresentou o avião Amazon One, posteriormente outras aeronaves vieram, num acordo inicialmente com duas companhias parceiras (Atlas e Air Transport Services).
O Brasil mesmo já viu movimento semelhante da empresa, ainda que muito mais tímido. No início deste ano a Amazon anunciou que passaria a vender e entregar os produtos — antes o formato era de market place, em que a companhia vendia e, em grande parte, os produtos eram entregues por parceiros.
*Com informações do site Business Insider