Ações da Fras-le disparam após aquisição da Nakata — e levam os papéis da Randon de carona
As ações da fabricante de autopeças Fras-le subiram forte nesta quarta-feira, com o mercado reagindo bem à aquisição da Nakata Automotiva, por R$ 457 milhões
A Fras-le, empresa do grupo Randon especializada na fabricação de autopeças, deu uma cartada ousada: fechou a compra da Nakata Automotiva, um player relevante do setor. E a coragem agradou o mercado: as ações da companhia dispararam no pregão desta quarta-feira (18).
- Leia também: Os segredos de Ivan Sant’Anna que podem fazer de você um grande investidor
Os papéis ON da Fras-le (FRAS3) avançaram 15,10%, a R$ 5,87 — na máxima, os ativos da fabricante de autopeças chegaram a subir 20,20%, a R$ 6,13. Com isso, as ações da empresa agora acumulam ganhos de 35% em 2019.
A Fras-le possui um amplo histórico de crescimento via aquisições, de modo a ampliar seu portfólio e aumentar sua presença internacional. Desde 2017, a companhia comprou a Armetal e a Farloc, na Argentina; a ASK, na Índia; a Fanacif, no Uruguai; e a Fremax, no Brasil. Agora, foi a vez da também brasileira Nakata.
Enquanto a Fras-le possui foco em peças e equipamentos relacionados ao sistema de freios de veículos automotivos, a Nakata é especializada na fabricação de amortecedores, bombas hidráulicas e peças de chassi — portanto, trata-se de um negócio com alto potencial de sinergias.
Ao todo, a Fras-le irá desembolsar R$ 457 milhões na transação — é a maior aquisição feita pela empresa nos últimos anos. Trata-se de uma quantia relevante, levando em conta a receita líquida de pouco menos de R$ 1 bilhão gerada pela companhia nos primeiros nove meses deste ano.
No entanto, uma análise das métricas financeiras de ambas as empresas justifica o entusiasmo do mercado. Em 2018, a Nakata reportou um faturamento líquido de R$ 464 milhões, com um lucro bruto de R$ 129 milhões — o que implica numa margem bruta de 27,8%.
Leia Também
O Ebitda da Nakata chegou a R$ 63 milhões no ano passado, com margem Ebitda em 13,6%; o lucro líquido totalizou R$ 32,3 milhões.
"O investimento de aproximadamente R$ 457 milhões incrementa o faturamento da companhia em R$ 500 milhões/ano, transformando a Fras-le em um dos maiores powerhouses de autopeças do Brasil", disse a companhia, em apresentação ao mercado, destacando também as "boas margens" da Nakata.

Fras-le + Nakata = otimismo
Em relatório, os analistas renato Mimica e Lucas Marquiori, do BTG Pactual, destacam que a aquisição da Nakata expande substancialmente o portfólio da Fras-le — ela passará de fabricante de sistemas de freios a distribuidora de uma grande gama de itens automotivos.
O mercado de autopeças depende de dois grandes fatores: a administração de canais de distribuição e o poder das marcas. "Assim, é muito positivo para a Fras-le adicionar novos produtos a seu canal de distribuição já estabelecido, especialmente itens de uma marca forte, como a Nakata", escrevem os analistas.
Apesar do otimismo, o BTG Pactual também mostra alguma preocupação com as métricas de endividamento da Fras-Le. Considerando os R$ 457 milhões envolvidos na operação, o banco projeta que a alavancagem da companhia poderá chegar perto de três vezes a relação entre dívida líquida e Ebitda — no fim de setembro, a relação era de 1,2 vez.
"Apesar de não esperarmos nenhuma nova aquisição no curto prazo (o foco deve ficar na consolidação da Nakata), a Fras-le poderá precisar de um novo aumento de capital para continuar procurando oportunidades de fusão e aquisição", escrevem Mimica e Marquiori.

E a Randon?
Dona de 51,16% da Fras-le, a Randon também foi beneficiada pela operação: os papéis ON da companhia (RAPT3) subiram 7,22%, enquanto os PNs (RAPT4) tiveram ganho de 3,00%.
A equipe do BTG Pactual afirma que, com a aquisição de sua controlada, a Randon poderá ter ganhos no lado dos custos, uma vez que o grupo como um todo terá melhores condições para adquirir matérias-primas como aço — elevando ainda mais a atratividade da transação.
"Também comemoramos a maior exposição da Randon às autopeças, considerando seu posicionamento interessante setor e a dinâmica mais saudável da indústria".
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
