Apesar do sucesso dos Vingadores, a Disney viu seu lucro cair no trimestre
A divisão cinematográfica da Disney teve um resultado forte, mas os demais setores não foram tão bem — o que, somado ao aumento nos custos, impactou os números da companhia
Em 2019, a Disney tem reinado soberana nas bilheterias de cinema. Da conclusão da saga dos Vingadores à refilmagem de O Rei Leão, de Toy Story 4 ao mais novo episódio da franquia do Homem-Aranha — a casa do Mickey está passando como um rolo compressor sobre os outros estúdios.
E toda essa dominância gerava uma enorme expectativa em relação ao balanço trimestral da companhia. O mercado, afinal, estava curioso para saber se esse sucesso estrondoso ira se traduzir em resultados fortes — Vingadores: Ultimato, afinal, quebrou o recorde de Avatar e já arrecadou quase US$ 2,8 bilhões em bilheteria no mundo.
E, de fato, a divisao cinematográfica da Disney teve um bom desempenho no trimestre. No entanto, a linha de despesas da empresa teve uma alta ainda mais expressiva — nesse pacote, estão inclusos os custos com a incorporação da 21st Century Fox. E, nesse cenário, nem mesmo os super-heróis mais populares do mundo foram capazes de ajudar a Disney.
Indo direto ao clímax: a receita líquida da Disney somou US$ 20,2 bilhões no trimestre encerrado em junho, uma alta de 33% na base anual. No entanto, os custos e despesas totais da companhia no período cresceram num ritmo superior na mesma base de comparação, de 54,6%, para US$ 17,5 bilhões.
Com isso, o conglomerado encerrou o trimestre com lucro líquido de US$ 1,76 bilhão, uma queda de 39,6% em relação ao mesmo intervalo de 2018. O lucro por ação (EPS) ficou em US$ 0,97 — bem abaixo do US$ 1,95 registrado há um ano.
Por mais que o mercado já esperasse uma retração no lucro líquido em relação ao mesmo trimestre do ano passado, o recuo reportado pela Disney foi mais intenso do que o previsto — os números ficaram abaixo da média das estimativas compiladas pela Bloomberg. Até mesmo a receita decepcionou: os analistas apontavam para uma cifra de US$ 21,4 bilhões.
Leia Também
Em meio a esses resultados, as ações da Disney (DIS) operavam em queda no after market de Nova York — uma espécie de prorrogação do pregão regular. Por volta de 20h00 (horário de Brasília), os papéis da companhia recuavam 3,26%, a US$ 137,25.
Muito além dos filmes
A aposta no bom desempenho da divisão cinematográfica se mostrou certeira: esse braço da Disney gerou US$ 3,84 bilhões em receita, um crescimento de 33% em um ano. Quatro filmes impulsionaram os resultados no trimestre: Capitã Marvel, Toy Story 4, Aladdin e Vingadores: Ultimato.
Vale lembrar que os estúdios Disney são um conglomerado que engloba diversas outras empresas, com destaque para a Marvel, a Pixar, a LucasFilm e, agora, a 21st Century Fox — quatro colossos que possuem franquias e marcas expressivas sob seus chapéus.
Mas se o desempenho cinematográfico da Disney foi, de fato, tão bom, porque os resultados trimestrais não corresponderam às expectativas? Parte da resposta está nos demais setores da empresa, que não foram tão bem quanto o imaginado.
A maior parte da receita da Disney foi gerada pela divisão de mídia, que inclui os canais e redes de TV a cabo — como a ESPN — e os serviços de transmissão de conteúdo — como as séries produzidas pela ABC. Ao todo, essa divisão respondeu por US$ 6,7 bilhões de receita, uma alta de 21% em um ano.
Apesar da expansão, o desempenho ainda ficou aquém do esperado, especialmente na área de transmissão de conteúdo. Entre outros pontos, a Disney cita a queda na popularidade das séries How to Get Away With Murder e Designated Survivor, além de registrar uma menor receita com propaganda.
A maior decepção, contudo, ficou com a divisão de parques e produtos, que gerou US$ 6,6 bilhões em receita — um crescimento de apenas 7% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Por um lado, a Disneyland Paris teve um bom resultado no período, mas, por outro, os parques nos EUA foram menos visitados que o esperado.
Arrasa quarteirão
Além do desempenho mais fraco que o esperado no lado da receita, também houve o crescimento na linha de custos. A Disney fez uma série de aquisições nos últimos meses e possui um plano audacioso para o futuro — e essas duas frentes implicam em maiores volumes de investimento.
Do ponto de vista das aquisições, a compra da 21st Century Fox foi concluída no fim de março, pelo valor de US$ 71,3 bilhões — os acionistas da Fox puderam escolher entre receber US$ 51,57 em dinheiro por ação ou trocar cada papel pelo equivalente a 0,45 ativo da Disney.
Sob o aspecto dos investimentos futuros, a Disney gastou volumosas quantias no segmento de parques ao construir uma nova área temática dedicada à franquia Star Wars. Além disso, há a expectativa em relação ao lançamento do Disney+, o tão falado serviço de streaming próprio da empresa que será lançado em novembro — a meta é desbancar a Netflix do topo desse mercado.
Assim, esses dois vetores atuaram em conjunto para elevar fortemente os custos no trimestre — e numa magnitude superior à prevista pelos analistas. E, enquanto os ganhos de sinergia com a Fox, o aumento no número de visitantes aos parques com a área de Star Wars e a receita da Disney+ não chegam, cabe à empresa arcar com esses resultados.
Afinal, os sucessos de bilheteria são importantes, mas um conglomerado do tamanho da Disney tem muitos outros braços para administrar.
LCIs e LCAs com juros mensais, 11 ações para dividendos em 2026 e mais: as mais lidas do Seu Dinheiro
Renda pingando na conta, dividendos no radar e até metas para correr mais: veja os assuntos que dominaram a atenção dos leitores do Seu Dinheiro nesta semana
R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista
Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias
Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana
O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
