Ações da Marcopolo sobem forte após balanço mostrar recuperação no mercado doméstico
A evolução na produção e nas vendas de carrocerias no mercado interno deu força ao balanço da Marcopolo no segundo trimestre. Os analistas aprovaram o balanço — e as ações avançam
A Marcopolo faz aniversário nesta terça-feira (6): a tradicional companhia sediada em Caxias do Sul está completando exatos 70 anos de vida. E o mercado preparou um presente caprichado: as ações PN da empresa (POMO4) operam em forte alta desde o início do dia, em resposta ao balanço trimestral da fabricante de carrocerias de ônibus.
Em linhas gerais, a Marcopolo entregou um conjunto de resultados que surpreendeu positivamente os analistas. Tanto a receita quanto o lucro líquido superaram as estimativas do mercado, e tudo isso graças ao desempenho bastante forte da empresa no mercado doméstico, especialmente nos segmentos rodoviário e de micro-ônibus.
A força demonstrada pela companhia entre abril e junho deste ano deu sustentação aos papéis da empresa: as ações PN fecharam em alta de 6,56%, a R$ 3,90, após chegarem a avançar 7,65% na máxima, a R$ 3,94; menos líquidos, os ativos ON (POMO3) subiram 2,25%, a R$ 3,63.
Preparando a festa
O convite para os festejos foi entregue no início da noite de segunda-feira (5). O balanço mostrou uma receita líquida de R$ 1,14 bilhão no segundo trimestre deste ano, um crescimento de 4,6% na base anual. O lucro líquido deu um salto na mesma base de comparação, saindo de R$ 23,3 milhões para R$ 90,9 milhões.
Essa melhoria nos números está diretamente relacionada à recuperação do mercado doméstico. Ao todo, a Marcopolo produziu 4.047 unidades no trimestre, um resultado praticamente estável na comparação anual. Mas, desse total, 2.838 carrocerias foram vendidas no Brasil — um salto de 11,9% em um ano.
A evolução nas atividades locais compensou a queda nas exportações: as vendas ao exterior somaram 607 unidades (-40,9%). Por fim, outras 602 carrocerias foram produzidas e vendidas em outros países, um aumento de 24,9% em um ano.
Leia Também
Considerando tudo isso, o mercado doméstico foi responsável por gerar R$ 625,4 milhões de receita líquida à Marcopolo, um crescimento de 80,5% em relação ao segundo trimestre do ano passado. O mercado externo, por sua vez, respondeu por R$ 516,4 milhões, uma baixa de 30,7% em um ano.
Quanto ao salto visto no lucro líquido, é importante ressaltar que boa parte dos R$ 90,9 milhões contabilizados se deve à evolução no resultado financeiro da empresa: entre abril e junho deste ano, essa linha ficou positiva em R$ 8,9 milhões, enquanto no mesmo intervalo de 2018 foi contabilizada uma baixa de R$ 70,3 milhões.
Essa diferença se explica pelas oscilações do câmbio entre os dois períodos: em relação ao nível visto no segundo trimestre de 2018, o real se valorizou frente o dólar, o que ajudou o resultado da empresa.
Produzindo os enfeites
A produção da Marcopolo também ganhou força no mercado doméstico: foram fabricadas 3.748 carrocerias em território brasileiro no segundo trimestre deste ano, um crescimento de 5,8% na base anual. Lá fora, contudo, a produção caiu 1,6%, totalizando 554 carrocerias.
Ainda dentro da produção de carrocerias, dois segmentos se destacaram: a divisão de ônibus rodoviários totalizou 1.224 unidades (+29,9%), enquanto a de micro-ônibus respondeu por 726 carrocerias: (+33,7%). Por outro lado, o segmento de ônibus urbanos registrou queda de 20,2% na mesma base de comparação, somando 1.583 unidades.
Com isso, a participação de mercado da Marcopolo na produção de carrocerias para ônibus no Brasil chegou a 52,2% no segundo trimestre deste ano, acima dos 46,3% vistos nos três primeiros meses de 2019, mas abaixo dos 57,5% registrados entre abril e junho de 2018.
O market share no segmento rodoviário saiu de 62,6% nos três primeiros meses do ano para 71,8% no segundo trimestre de 2019; na divisão de micro-ônibus, o salto foi de 57,8% para 67,6%. Já no segmento de ônibus urbano, a participação da Marcopolo caiu de 37% para 36,3%.
Recebendo os convidados
Os analistas que acompanham a Marcopolo reagiram bem ao balanço. Em relatório, o Bradesco BBI destaca que a receita líquida de R$ 1,14 bilhão superou as projeções. A instituição destaca que os preços das carrocerias de ônibus rodoviários e micro-ônibus subiram 25% e 29%, respectivamente — o que, combinado com o aumento na produção, ajudou a impulsionar o resultado da empresa.
"Por outro lado, os preços de ônibus urbanos caíram em 2%, com o market share da Marcopolo recuando no período", escreve o analista Victor Mizuaki, ressaltando que a empresa pode enfrentar competição mais firme da Caio e da Induscar nos segmentos urbano e rodoviário nos próximos trimestres.
O BTG Pactual foi outra casa a elogiar os números da Marcopolo. Os analistas Reato Mimica e Lucas Marquiori também destacaram a retomada das vendas ao mercado doméstico, mas ressaltaram as boas perspectivas com o programa governamental "Caminhos da Escola", que tem como objetivo modernizar e padronizar a frota de veículos escolares no país.
Em mensagem aos acionistas, a Marcopolo afirmou que 826 unidades foram entregues no trimestre no âmbito do "Caminhos da Escola", sendo 31 micro-ônibus. "Uma nova licitação para aquisição de 6.200 unidades
do programa foi confirmada para o próximo dia 12 de agosto", diz a empresa.
Assim, com a expectativa de que o programa continue impulsionando os resultados da empresa, o BTG mostra-se otimista. "Apesar de o terceiro trimestre também sofrer com comparações duras, permanecemos confiantes em nossa tese de recuperação", escrevem Mimica e Marquiori.
Por fim, o Itaú BBA assumiu uma postura menos animada em relação ao balanço. A instituição mostrou-se preocupada com a contração na margem Ebitda, de 9,9% no segundo trimestre do ano passado para 9,2% entre abril e junho deste ano, "principalmente por causa da menor contribuição das exportações".
Apesar disso, as analistas renata Faber, Thais Cascello e Julia Hupperich ainda têm uma visão construtiva para as ações da empresa: elas mantiveram recomendação 'outperform' (acima da média do mercado) para os papéis da Marcopolo e reiteraram o preço-alvo de R$ 5,00 para os papéis.
O BTG e o Bradesco também permaneceram inalterados em suas posturas: o primeiro segue com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 5,50, enquanto o segundo tem classificação neutra para os ativos da Marcopolo, com preço-alvo de R$ 5,00.
SPX reduz fatia na Hapvida (HAPV3) em meio a tombo de quase 50% das ações no ano
Gestora informa venda parcial da posição nas ações e mantém derivativos e operações de aluguel
Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) antecipa pagamento de R$ 261,6 milhões em JCP; descubra quem entra no bolo
Apesar de o BB ter terminado o terceiro trimestre com queda de 60% no lucro líquido ajustado, o banco não está deixando os acionistas passarem fome de proventos
Liquidação do Banco Master respinga no BGR B32 (BGRB11); entenda os impactos da crise no FII dono do “prédio da baleia” na Av. Faria Lima
O Banco Master, inquilino do único ativo presente no portfólio do FII, foi liquidado pelo Banco Central por conta de uma grave crise de liquidez
Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas
Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários
Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual
Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro
Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa
As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro
Hapvida (HAPV3) lidera altas do Ibovespa após tombo da semana passada, mesmo após Safra rebaixar recomendação
Papéis mostram recuperação após desabarem mais de 40% com balanço desastroso no terceiro trimestre, mas onda de revisões de recomendações por analistas continua
Maiores quedas do Ibovespa: Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) sofrem na bolsa. O que acontece às empresas de Rubens Ometto?
Trio do grupo Cosan despenca no Ibovespa após balanços fracos e maior pressão sobre a estrutura financeira da Raízen
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX
Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
