Ibovespa fecha no vermelho após Fed subir juro
Bastou o banco central americano anunciar alta na taxa que o ritmo de alta, que durou o dia todo, foi para as cucuias
Com o petróleo em alta, o clima na Bolsa de Valores de São Paulo era de festa. Era. O Ibovespa, que abriu o pregão desta quarta-feira no positivo, ficou de bom humor até as 17h, quando curtia uma valorização de 1,76%. Mas bastou o Federal Reserve (banco central americano) anunciar alta nos juros, que o ritmo foi para as cucuias. Foi enfraquecendo, enfraquecendo, até que - a dez minutos da reta final - entrou no vermelho. Fechou o dia com sinal de menos, em queda de 1,08% e 85.673 pontos. O dólar escapou. Terminou o dia ates da reunião do Fed e fechou com baixa de 0,39%, a R$ 3,88.
Com o resultado de hoje, o Ibovespa passa a contabilizar queda de 2,03% no acumulado da semana e de 4,28% em dezembro
NY negativa
As bolsas de Nova York também inverteram o sinal após o Federal Reserve anunciar que vai elevar os juros pela quarta vez no ano. A parte boa é que o Fed prometeu, em vez de três (como projetado anteriormente), fazer apenas duas elevações no ano que vem.
Durante coletiva de imprensa concedida pelo presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que a economia dos Estados Unidos tem se mostrado saudável e que esse cenário aponta para a continuidade das elevações das taxas de juros. Às 17h59 (de Brasília), o índice Dow Jones caía para 0,95%, o S&P 500 recuava 1,07% e o Nasdaq cedia 1,60%.
"O mercado esperava um Fed mais dovish do que ele veio. Esperava que se retirasse do comunicado a menção a 'alta gradual', o que não aconteceu. Apesar da redução da projeção de elevações dos juros ao longo de 2019 de três para duas, pouca coisa mudou na redação do comunicado", disse Felipe Silveira, analista da Coinvalores.
Montanha russa
Tudo ia bem com Vale e Usiminas. As ações da siderúrgica, por exemplo, subiam mais de 3%. Mas fecharam com avanço de 1,04%. Vale também inverteu a posição e fechou encolhendo 3%.
Leia Também
Petróleo em alta (fechou o dia com avanço de mais de 3%) e uma série de boas notícias corporativas impulsionaram as ações preferenciais da Petrobras, que perderam força mas fecharam com ganho de 1,63%. As ON caíram 1,63% (muita gente vendeu ON para comprar PN).
Entre as boas notícias envolvendo a estatal nesta quarta-feira estão a aprovação do pagamento de R$ 4,293 bilhões em juros sobre capital; o anúncio da sexta emissão de R$ 3 bilhões em debêntures e a aprovação de um novo plano previdenciário, o Petros 3. Com as ações ON menos beneficiadas com o pagamento de JCP, os "investidores estão se desfazendo de ON e comprando PN", pontua Ariovaldo Ferreira, gerente de mesa da Henrcorp Commcor.
À tarde, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um pedido do PT e suspendeu a eficácia do decreto 9.355/2018. O decreto traz regras de governança, transparência e boas práticas de mercado para a cessão de direitos de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos pela Petrobras
Cemig
Segunda maior alta do Ibovespa, as ações preferenciais da Cemig avançaram 2,92%. O destaque da empresa é a notícia de pagamento, anunciado ontem, de Juros sobre o Capital Próprio no valor de R$ 210 milhões, o que corresponde a R$ 0,144 por ação. Tatiane Cruz, gestora de investimentos da Coinvalores, disse que também impacta o preço do papel a expectativa de venda de alguns ativos no que vem, como a Light, além do plano de reestruturação da empresa proposto pelo governador eleito Romeu Zema (Novo) para tornar a companhia mais eficiente e rentável.
Shoppings
A expectativa de crescimento de 2,5% a 3% do PIB no ano que vem, com inflação controlável e juro de, no máximo, 6,5%, está puxou os papéis das empresas de consumo. A maior alta do Ibovespa foi a da B2W ON, com elevação de 4,06%. Multiplan ON teve alta de 1,91%, enquanto BRMalls ON avançou 0,47%.
CCR
A CCR se destacou entre as maiores altas, com avanço de 0,51%. Ferreira, da Henrcorp Commcor, destaca que o "papel da empresa está muito atrasado, acumulando queda de 7% em dezembro e baixa de 21% em 2018, e a perspectiva de melhora na infraestrutura para 2019 com o novo governo impulsiona a ação na reta final do ano". Ferreira aponta ainda que outras ações do setor aproveitaram o bom humor e subiram, como a Rumo, que teve alta de 2,15%.
"Tá explicado"
A Cielo se tornou um dos piores investimentos da Bolsa ete ano, com queda acumulada de 55%. Mas a empresa pretende dar a volta por cima. Sabendo disso, as ações subiram hoje 2,03%, a terceira maior alta do dia.
Controlada por Bradesco e Banco do Brasil, a Cielo e o banco Original, do grupo J&F, firmaram um memorando de entendimento para explorar os microempreendedores individuais, os chamados MEIs, segundo apurou o Broadcast com fontes. Por ora, se trata apenas de uma parceria comercial e ainda não estaria acertado o modelo exato, por exemplo, se poderia evoluir para uma joint venture, conforme citou uma fonte. A solução contempla em uma mesma ferramenta, conforme fontes, a conta de pessoa física e jurídica numa ofensiva para atender os microempreendedores que, tradicionalmente, misturam as contas de trabalho com a vida pessoal.
Eletrobras
As ações da Eletrobras registraram forte queda de 3,90% (PNB) e 4,11% (ON), com os investidores atentos ao maior endividamento assumido pela estatal na renegociação da dívida da Santo Antonio Energia com seus credores.
Segundo o Coluna do Broadcast, na renegociação da dívida de R$ 8 bilhões da Santo Antonio Energia com o BNDES e outros bancos credores, a elétrica passou a garantir 42,5% da dívida. Anteriormente, a Eletrobras era responsável por 39% do passivo.
*Com Estadão Conteúdo
Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual
Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro
Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa
As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro
Hapvida (HAPV3) lidera altas do Ibovespa após tombo da semana passada, mesmo após Safra rebaixar recomendação
Papéis mostram recuperação após desabarem mais de 40% com balanço desastroso no terceiro trimestre, mas onda de revisões de recomendações por analistas continua
Maiores quedas do Ibovespa: Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) sofrem na bolsa. O que acontece às empresas de Rubens Ometto?
Trio do grupo Cosan despenca no Ibovespa após balanços fracos e maior pressão sobre a estrutura financeira da Raízen
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX
Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores