Apesar da possibilidade de Ilan Goldfajn permanecer no comando do Banco Central no novo governo, outros nomes já vêm sendo estudados pela equipe de transição do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
Ao todo, cinco nomes despontam como possíveis substitutos de Ilan: o ex-diretor de Política Econômica do BC Afonso Bevilaqua; o atual diretor de Política Econômica, Carlos Viana de Carvalho; o também ex-diretor do BC e atual economista-chefe do Itaú Unibanco, Mário Mesquita; o ex-diretor do BC e sócio da gestora SPX Capital, Benny Parnes; e Roberto Campos Neto, diretor do Santander.
'Solução caseira'
Entre esses nomes, Viana seria a “solução caseira”. Além de fazer parte do atual comando do BC, ele foi levado à autarquia por Ilan e boa parte dos aperfeiçoamentos institucionais realizados nos últimos anos tem a sua participação. Bevilaqua, Mesquita e Parnes, por sua vez, estiveram no BC em outros momentos - assim como Ilan, que foi diretor de Política Econômica de 2000 a 2003, antes de voltar como presidente, em 2016.
O BC e a equipe de transição têm articulado o andamento do projeto relatado por Maldaner. Após reuniões nas últimas semanas com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com o presidente Michel Temer e com o próprio Maldaner,
Ilan foi pessoalmente à Câmara na quarta-feira para participar de uma reunião de líderes partidários. No encontro, no gabinete de Maia, ele fez um apelo pelo projeto de autonomia - uma das bandeiras mais antigas do BC. O objetivo é aprovar a proposta ainda este ano, antes mesmo da posse de Bolsonaro.
Com a aprovação da autonomia do BC, especula-se que Ilan poderia ficar no cargo até 1.º de março de 2020, e não durante todo o governo Bolsonaro. Ele seria, portanto, o presidente da transição até o início dos mandatos fixos.
*Com Estadão Conteúdo