Renda fixa com retorno de bolsa e Ibovespa acima dos 87 mil pontos: em ano de montanha-russa, quem se arriscou se deu bem
Já quem ficou na poupança… Confira o ranking dos melhores e piores investimentos de 2018

Depois de um ano de fortes emoções, quem, afinal, apostou em investimentos de maior risco se deu bem em 2018. Os títulos públicos de longo prazo - prefixados e indexados à inflação - foram os grandes destaques do ano, ao lado do dólar, que disparou 17,12%. O melhor investimento do ano foi um título público de longo prazo indexado ao IPCA, que valorizou nada menos que 18%.
Quem migrou para a bolsa também se deu bem, com uma valorização de 15,03% do Ibovespa no ano. Foi uma alta bem inferior aos 26% do ano passado, mas ainda assim bastante relevante depois da montanha-russa que foi este ano. Ademais, a bolsa brasileira se destacou no mundo, superando as bolsas dos países emergentes e desenvolvidos.
Na outra ponta, quem foi conservador demais viu seus rendimentos minguarem bastante. As aplicações atreladas à Selic e ao CDI tiveram rendimento bem modesto. E a caderneta de poupança foi a lanterninha do ranking dos investimentos mais tradicionais.
Mas quem despencou mesmo em 2018 foi o bitcoin, que caiu quase 70%. O criptoativo passou por uma forte correção de preços depois da forte valorização no ano passado. A queda também foi intensificada por uma disputa de usuários neste ano, conforme a gente já explicou aqui.
Felizmente, com a inflação baixa que devemos ter em 2018, nenhum dos principais investimentos perdeu do IPCA. Isso, é claro, se o investidor não tiver sacrificado sua rentabilidade pagando taxas altíssimas em suas aplicações.
Os melhores e piores investimentos de 2018
Leia Também
Neste contexto, os fundos de investimento que se saíram melhor foram os de ações e os cambiais.
Já as aplicações de renda fixa mais conservadora, como os fundos, CDB, LCI e LCA que seguem de perto o CDI e a Selic, foram as menos rentáveis.
Dois anos em um
Tanta coisa aconteceu em 2018 que nem parece que a Copa do Mundo foi neste ano. A sensação é de que foram dois anos em um.
Tivemos uma greve de caminhoneiros e a própria Copa para dar uma enfraquecida no PIB, uma corrida eleitoral acirradíssima para elevar o risco-país e jogar o dólar e os juros futuros lá para cima, e depois uma bolsa animadíssima com o afastamento do PT da presidência e a vitória de um candidato com plataforma pró-mercado.
Com tudo isso, a volatilidade foi violenta. Os títulos públicos campeões do ranking tiveram momentos de forte desvalorização; o dólar, que começou o ano a R$ 3,30, chegou a R$ 4,20 na máxima, para fechar bem mais comportado, a R$ 3,87; e o Ibovespa teve que cair quase 9% até a mínima do ano antes de terminar em alta na casa dos 87 mil pontos.
Mas enquanto aqui dentro o otimismo prevaleceu no final, mesmo sem rali de fim de ano, no exterior ainda está chovendo canivete. O crescimento americano leva o Fed a subir os juros, o que tende a impactar negativamente os ativos de risco, enquanto Trump critica seu próprio banco central.
Soma-se a isso o temor de desaceleração do crescimento mundial, notadamente da China, em grande parte pelos efeitos que a guerra comercial entre o gigante asiático e os EUA podem gerar.
Juro baixo e otimismo favoreceram os campeões
Mas apesar de todo o tiro, porrada e bomba, nossa inflação permaneceu controlada, e a taxa básica de juros pôde ficar quietinha lá no chão durante a maior parte do ano, tentando reanimar nossa economia deprimida.
Depois de um ciclo de queda ao longo do ano passado, a Selic estacionou, em março, no seu menor nível da história, 6,50%, onde vai terminar 2018.
O juro baixo e o otimismo que se seguiu à eleição de Bolsonaro, face às perspectivas de reformas e retorno do crescimento econômico, abriram espaço para a queda dos juros futuros, um certo recuo do dólar, a valorização dos títulos públicos prefixados e indexados à inflação e a alta das ações e dos fundos imobiliários.
Lembre-se de que a renda variável torna-se mais atrativa quando os juros estão em baixa e com perspectivas de se manterem assim.
Já os títulos pré e atrelados à inflação se valorizam quando suas remunerações caem, o que ocorre quando há redução no risco-país e queda nos juros futuros. Essa valorização, entretanto, só é embolsada por quem vende o título antes do vencimento. Quem fica com o papel até o fim do prazo leva exatamente a rentabilidade contratada.
Mas, no caso do dólar, mesmo com o recuo que se viu após a eleição, a moeda fechou em forte alta. Reflexo do aumento da aversão a risco global e da migração dos investidores para os títulos públicos americanos num contexto de alta de juros nos EUA.
Por aqui, também falta a adesão do estrangeiro ao otimismo com a economia brasileira daqui para frente.
Os mais conservadores sofreram
O investimento conservador nunca pode faltar na carteira, mas quem ficou medroso demais neste ano levou para casa um rendimento chucro. As aplicações que andam coladas à Selic e ao CDI foram as menos rentáveis do ano, refletindo a baixa taxa básica de juros.
E novamente ficou mais que provado que a caderneta de poupança é um péssimo investimento. A chamada poupança nova - depósitos feitos a partir de 4 de maio de 2012 - teve o rendimento pífio de 4,62%. Sorte que a inflação deve fechar o ano abaixo de 4%.
Tem offshore? Veja como declarar recursos e investimentos no exterior como pessoa jurídica no IR 2025
Regras de tributação de empresas constituídas para investir no exterior mudaram no fim de 2023 e novidades entram totalmente em vigor no IR 2025
A coruja do Duolingo na B3: aplicativo de idiomas terá BDRs na bolsa brasileira
O programa permitirá que investidores brasileiros possam investir em ações do grupo sem precisar de conta no exterior
Como declarar recursos e investimentos no exterior como pessoa física no imposto de renda 2025
Tem imóvel na Flórida? Investe por meio de uma corretora gringa? Bens e rendimentos no exterior também precisam ser informados na declaração de imposto de renda; veja como
Dólar fraco, desaceleração global e até recessão: cautela leva gestores de fundos brasileiros a rever estratégias — e Brasil entra nas carteiras
Para Absolute, Genoa e Kapitalo, expectativa é de que a tensão comercial entre China e EUA implique em menos comércio internacional, reforçando a ideia de um novo equilíbrio global ainda incerto
É hora de aproveitar a sangria dos mercados para investir na China? Guerra tarifária contra os EUA é um risco, mas torneira de estímulos de Xi pode ir longe
Parceria entre a B3 e bolsas da China pode estreitar o laço entre os investidores do dois países e permitir uma exposição direta às empresas chinesas que nem os EUA conseguem oferecer; veja quais são as opções para os investidores brasileiros investirem hoje no Gigante Asiático
Tarifaço de Trump pode não resultar em mais inflação, diz CIO da Empiricus Gestão; queda de preços e desaceleração global são mais prováveis
No episódio do podcast Touros e Ursos desta semana, João Piccioni, CIO da Empiricus Gestão, fala sobre política do caos de Trump e de como os mercados globais devem reagir à sua guerra tarifária
Dividendos da Petrobras (PETR4) podem cair junto com o preço do petróleo; é hora de trocar as ações pelos títulos de dívida da estatal?
Dívida da empresa emitida no exterior oferece juros na faixa dos 6%, em dólar, com opções que podem ser adquiridas em contas internacionais locais
Não foi só o Banco Master: entre os CDBs mais rentáveis de março, prefixado do Santander paga 15,72%, e banco chinês oferece 9,4% + IPCA
Levantamento da Quantum Finance traz as emissões com taxas acima da média do mercado; no mês passado, estoque de CDBs no país chegou a R$ 2,57 trilhões, alta de 14,3% na base anual
Renda fixa para abril chega a pagar acima de 9% + IPCA, sem IR; recomendações já incluem prefixados, de olho em juros mais comportados
O Seu Dinheiro compilou as carteiras do BB, Itaú BBA, BTG e XP, que recomendaram os melhores papéis para investir no mês
110% do CDI e liquidez imediata — Nubank lança nova Caixinha Turbo para todos os clientes, mas com algumas condições; veja quais
Nubank lança novo investimento acessível a todos os usuários e notificará clientes gradualmente sobre a novidade
Felipe Miranda: Dedo no gatilho
Não dá pra saber exatamente quando vai se dar o movimento. O que temos de informação neste momento é que há uma enorme demanda reprimida por Brasil. E essa talvez seja uma informação suficiente.
Felipe Miranda: Vale a pena investir em ações no Brasil?
Dado que a renda variável carrega, ao menos a princípio, mais risco do que a renda fixa, para se justificar o investimento em ações, elas precisariam pagar mais nessa comparação
XP rebate acusações de esquema de pirâmide, venda massiva de COEs e rentabilidade dos fundos
Após a repercussão no mercado, a própria XP decidiu tirar a limpo a história e esclarecer todas as dúvidas e temores dos investidores; veja o que disse a corretora
PGBL ou VGBL? Veja quanto dinheiro você ‘deixa na mesa’ ao escolher o tipo de plano de previdência errado
Investir em PGBL não é para todo mundo, mas para quem tem essa oportunidade, o aporte errado em VGBL pode custar caro; confira a simulação
De Minas para Buenos Aires: argentinos são a primeira frente da expansão do Inter (INBR32) na América Latina
O banco digital brasileiro anunciou um novo plano de expansão e, graças a uma parceria com uma instituição financeira argentina, a entrada no mercado do país deve acontecer em breve
XP Malls (XPML11) é desbancado por outro FII do setor de shopping como o favorito entre analistas para investir em março
O FII mais indicado para este mês está sendo negociado com desconto em relação ao preço justo estimado para as cotas e tem potencial de valorização de 15%
Mata-mata ou pontos corridos? Ibovespa busca nova alta em dia de PIB, medidas de Lula, payroll e Powell
Em meio às idas e vindas da guerra comercial de Donald Trump, PIB fechado de 2024 é o destaque entre os indicadores de hoje
Debêntures da Equatorial se destacam entre as recomendações de renda fixa para investir em março; veja a lista completa
BB e XP recomendaram ainda debêntures isentas de IR, CRAs, títulos públicos e CDBs para investir no mês
Vencimento de Tesouro Selic paga R$ 180 bilhões nesta semana; quanto rende essa bolada se for reinvestida?
Simulamos o retorno do reinvestimento em novos títulos Tesouro Selic e em outros papéis de renda fixa
Estrangeiro “afia o lápis”, mas ainda aguarda momento ideal para entrar na bolsa brasileira
Segundo o Santander, hoje, os investidores gringos mantêm posições pequenas na bolsa, mas mais inclinados a aumentar sua exposição, desde que surja um gatilho apropriado