O Ministério de Finanças da China (MoF, na sigla em inglês) confirmou nesta sexta-feira, 14, que vai suspender, temporariamente, o aumento retaliatório das tarifas sobre carros e autopeças importados dos Estados Unidos, reduzindo-as de 40% para 15%. A medida valerá por três meses, de 1º de janeiro a 31 de março de 2019.
Após o encontro entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping às margens da cúpula do G20, em Buenos Aires, o americano já havia afirmado que Pequim concordara com a suspensão das cobranças adicionais punitivas sobre o setor automotivo do seu país.
No comunicado em que anunciou a concessão comercial, o ministério chinês sugere que o valor de importações americanas a que se aplica o alívio tarifário é de "aproximadamente US$ 60 bilhões".
A Linha do Tempo da Crise
- 1º de março: Trump anuncia tarifas em todas as importações de aço, alumínio e metais da China
- 22 de março: Trump anuncia novos planos de impor tarifa de 25% sobre US$ 50 bilhões de bens chineses. A China responde, prometendo retaliar
- 4 de abril: China anuncia uma lista de 100 bens que seriam tarifados equivalentes a US$ 50 bilhões
- 21 de maio: após reunião, ambos os países anunciam um acordo comercial para evitar tarifas
- 29 de maio: Casa Branca anuncia que seguirá em frente com as taxas sobre os bens chineses
- 15 de junho: Trump apresenta nova lista de bens chineses a serem tarifados, equivalentes a US$ 34 bilhões
- 18 de junho: Trump ameaça nova tarifa de 10% sobre mais US$ 200 bilhões de bens chineses
- 6 de julho: as primeiras tarifas, equivalentes a US$ 34 bilhões em bens chineses, entram em vigor
- 10 de julho: os EUA divulgam uma lista adicional de US$ 200 bilhões em bens chineses que receberiam tarifa de 10%
- 1º de agosto: Washington anuncia que irá dobrar tarifas de 10% para 25%
- 3 de agosto: China anuncia que irá impor novas tarifas sobre US$ 16 bilhões em bens, que entrarão em vigor no dia 23 de agosto
- 7 de setembro: Trump ameaça impor novas tarifas sobre US$ 267 milhões em bens chineses
- 17 de setembro: Trump anuncia tarifa de 10% sobre bens chineses ao dizer que a China não vem medindo esforços para “mudar suas práticas”
- 18 de setembro: a China diz que não tem “escolha” a não ser retaliar as tarifas dos EUA
*Com Estadão Conteúdo