O Banco Central (BC) comunicou mais um leilão de linha com compromisso de recompra, o segundo da semana, dentro da estratégia de prover liquidez ao mercado à vista de câmbio neste período de fim de ano.
A oferta será de até US$ 1 bilhão e ocorre entre 12h15 e 12h35, com vencimentos em fevereiro e março de 2019. O anúncio ocorreu um pouco depois do horário normal e também pode ser visto como uma preparação para um dia negativo nos mercados depois da reação à decisão do Federal Reserve (Fed), banco central americano, que subiu os juros e disse que novas altas poderão ocorrer em 2019 a depender da evolução do cenário econômico.
Por aqui, o dólar comercial terminou o dia em baixa 0,39%, a R$ 3,882, mas não reagiu ao Fed, pois as negociações já tinham se encerrado. O Ibovespa que operou em alta durante boa parte do pregão, fechou com queda de 1,08%, aos 85.673 pontos. Em Wall Street, as baixas foram mais acentuadas. Dow Jones caiu 1,49%, Nasdaq cedeu 2,17% e o S&P 500 recuou 1,54%.
Os leilões de linha têm sido usuais desde o fim de novembro e são comuns nos períodos de fim de ano em função do aumento na demanda por moeda à vista pelas empresas que fecham balanços e remetem os recursos para fora do país.
Os dados sobre o fluxo cambial nas duas primeiras semanas de dezembro mostram uma saída de US$ 3,5 bilhões, depois de uma retirada de mais de US$ 6,6 bilhões ao longo do mês de novembro.
O estoque de linhas ofertado ao mercado está em US$ 4 bilhões vincendos em 4 de fevereiro de 2019 e US$ 3,25 bilhões vincendos em 6 de março de 2019. Do total de US$ 7,25 bilhões, US$ 6 bilhões são “linhas novas” colocadas no mercado e US$ 1,25 bilhão é referente à rolagem de operação feita em agosto e que venceria no começo de dezembro.
Além das atuações pontuais no mercado à vista, o BC continua realizando diariamente a rolagem dos contratos de swaps cambiais que vencerão em janeiro de 2019. O swap equivale à venda de dólares no mercado futuro. O lote a vencer soma US$ 10,4 bilhões.