Relação com China em governo Bolsonaro pode colocar em xeque fusões e aquisições em mineração
Rumos incertos com Pequim pode colocar em espera algumas transações chinesas no país

Os rumos incertos das relações do Brasil com a China no futuro governo de Jair Bolsonaro pode colocar em espera algumas transações de fusões e aquisições, em especial no setor de mineração. A informação é da coluna Broadcast, do Estadão, desta terça-feira, 6.
Uma delas é a da Bahia Mineração (Banim), que há dois anos vem buscando no exterior, em especial na China, um comprador para uma fatia da companhia, movimento colocado como necessário para a empresa seguir com seus planos de expansão.
A empresa manteve reuniões marcadas com potenciais interessados na semana que vem, em Pequim, mas a leitura de envolvidos já é a de que o negócio ficará mais difícil diante desse novo cenário de incertezas. Procurada, a Banim não respondeu até o momento.
Novas aquisições
Nos anos de crise no Brasil, os investimentos da China no país cresceram. Entre as aquisições de grande porte recentes estão, por exemplo, as feitas pelas gigantes chinesas State Grid e China Three Gorges, que levaram, respectivamente, CPFL e Duke Energy
Recado
Na semana passada, em editorial publicado no jornal estatal "China Daily", o governo chinês disse que, se Bolsonaro adotar a linha de Donald Trump, a economia brasileira sofrerá as consequências.
Segundo o editorial, as exportações brasileiras "não apenas ajudaram a alimentar o rápido crescimento da China" mas também "apoiaram o forte crescimento do Brasil". Para os chineses, portanto, criticar Pequim pode servir para algum objetivo político específico. "Mas o custo econômico pode ser duro para a economia brasileira, que acaba de sair de sua pior recessão da história", diz o editorial.
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Nenhum problema
Em entrevista à “TV Bandeirantes” ontem, Bolsonaro disse que não teremos nenhum problema nas relações comerciais com a China. “Pelo contrário, nossa conversa será ampliada”, disse.
*Com Estadão Conteúdo
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