A Caixa Econômica Federal divulgou seus resultados para o 3º trimestre nesta terça-feira, 14.
O banco teve um lucro líquido de R$ 4,8 bilhões, alta de 122% em relação ao mesmo período do ano passado.
Nos nove primeiros meses do ano, foi registrado lucro recorde, de R$ 11,5 bilhões, o que representa alta de 83,7% frente ao mesmo intervalo de 2017. O desempenho supera o resultado esperado para o ano, de R$ 9 bilhões.
Para o presidente da instituição, Nelson de Souza, o resultado reflete melhoria na eficiência operacional, com redução nas despesas administrativas, corte nas despesas administrativas e aumento das receitas com a prestação de serviços.
Já a carteira de crédito ampla da Caixa chegou a R$ 693,8 bilhões no fim do terceiro trimestre, com recuo de 2,6% no acumulado de 12 meses.
O índice de inadimplência ficou em 2,44% ante os 2,72% registrados no mesmo período do ano passado.
O índice de Basileia, que mede a solvência da instituição, subiu 19,8%, sendo que o capital nível 1 ficou em 13,3%, cerca de 3,8% acima do requerido para janeiro do próximo ano.
Captações em queda
O balanço do banco estatal também mostrou uma redução das captações de R$ 1 trilhão no terceiro trimestre do ano passado para R$ 959 bilhões em setembro do ano passado. A retração da carteira de crédito foi o principal motivo para a queda do indicador.
Em coletiva realizada nesta quarta, o vice-presidente de Finanças e Controladoria da instituição, Arno Meyer, informou que, dado o excesso de recursos, o banco reduziu a captação de letras financeiras que têm taxas de juro mais altas. Por outro lado, as captações com poupança subiram 9,1%, assim como resultantes de operações junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Sobre Basileia, Meyer destacou o fato de o banco ter conseguido melhorar o nível do capital nível 1, de 9,5% para 13,3%, em apenas 12 meses e de um nível que era considerado preocupante. "Podemos, então, declarar oficialmente, como já disse o presidente, que resolvemos esse problema. Bancos públicos têm de viver com suas próprias pernas", acrescentou.
*Com Estadão Conteúdo