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Eduardo Campos

Eduardo Campos

Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.

Gestoras

SPX avalia que estamos em bear market político com impacto relevante sobre os mercados

Ativos brasileiros devem seguir o caminho trilhado no resto do mundo. Gestora também acredita que dinâmica do câmbio impõe limite à queda da Selic

Eduardo Campos
Eduardo Campos
9 de setembro de 2019
11:33
Rogério Xavier, sócio-fundador da SPX Capital
Rogério Xavier da SPX - Imagem: Leo Martins

Na sua carta de agosto, a gestora SPX, de Rogério Xavier, afirma que estamos atravessando um período de “bear market político”, com o aumento dos focos de populismo em suas diversas modalidades e a consequente reversão do processo de globalização, com reflexos relevantes nos mercados e no Brasil.

O termo “bear market” ou “mercado urso” é utilizado para definir o mercado de baixa nas bolsas globais. A baixa ou pessimismo, no caso, é na política, já que a SPX avalia que o processo de aumento da desigualdade econômica no mundo tem produzido cada vez mais personagens populistas, o que contribui para um ambiente político internacional de maior confronto e incerteza.

“A ausência de grandes líderes globais e a piora corrente do nível de crescimento econômico devem acentuar esse movimento, ao mesmo tempo em que terminam por aumentar tanto a repulsão social pelo status-quo político, quanto a busca por soluções extremistas para os problemas presentes”, diz a gestora.

Segundo a SPX, os bancos centrais têm reagido a esse cenário com cortes de juros e novas medidas não convencionais. Mas o afrouxamento monetário não parece, até agora, grande o suficiente para reverter o quadro de fragilidade da economia global.

Exemplos do bear market político

A gestora lista alguns eventos para ilustrar sua tese, como as eleições primárias na Argentina. Para a SPX, as primárias praticamente decretaram a volta da esquerda populista por lá, jogando um balde de água fria na corrente daqueles que eram otimistas com a possibilidade de um ciclo de liberalismo econômico mais longo e generalizado na América Latina.

A escalada de violência em Hong Kong é outro exemplo da piora na articulação política internacional e da mudança no diálogo entre população e governantes, mesmo em lugares onde há prosperidade econômica.

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Para a gestora, o Brexit, em 2016, talvez tenha sido o primeiro sintoma da reversão no processo de globalização pelo qual passamos nas últimas décadas.

Brasil e posições

Em agosto, o SPX Nimitz rendeu 1,51%, ante um CDI de 0,50%. Para a SPX, o mês foi marcado por uma deterioração natural dos mercados, em linha com a piora do ambiente externo.

A casa chama atenção para o comportamento do câmbio, e diz não ver a alta do dólar com grande surpresa em função da piora nas perspectivas para a Argentina.

Para a gestora, as recentes revisões baixistas de crescimento adicionaram pressão sobre o componente fiscal, ao mesmo tempo em que estamos em um ciclo de queda de juros, reduzindo a atratividade da moeda brasileira.

Na política daqui, a SPX avalia que a falta de consenso nas pautas da reforma tributária e de protagonismo do poder executivo “nos deixa com a impressão de que essa será uma discussão longa, ainda que muito promissora”

Por hora, a casa acredita que os ativos brasileiros devem seguir o caminho trilhado no resto do mundo.

Para a SPX, as perspectivas de uma atividade econômica fraca e inflação controlada justificariam uma posição aplicada nos juros. Contudo, a gestora avalia que a dinâmica recente do câmbio mostra que há limites de até onde a taxa Selic poderá cair. “Por este motivo e devido à atual precificação dos juros nos mercados, resolvemos encerrar a nossa posição aplicada.”

A casa segue comprada em dólar, montando posições globais onde possam ocorrer cortes de juros, e mantém alocação comprada em bolsa brasileira, com destaque para empresas de utilities e consumo. Em metais, há posição comprada em ouro e vendida em zinco e cobre (metais industriais).

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