🔴 ONDE INVESTIR 2º SEMESTRE: CONFIRA AS RECOMENDAÇÕES PARA AÇÕES, FIIs, DIVIDENDOS, BDRs, RENDA FIXA – INSCREVA-SE PARA PARTICIPAR

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Sem descanso

Dólar fecha acima de R$ 4,20 pela primeira vez na história; Ibovespa tem leve baixa

O alívio pós-feriado teve vida curta. Com um cenário ainda turbulento para os mercados emergentes, o dólar à vista subiu e renovou as máximas, e o Ibovespa tem ligeira queda

Victor Aguiar
Victor Aguiar
18 de novembro de 2019
10:32 - atualizado às 18:34
Dólar
Imagem: Shutterstock

Apesar de ser feriado no Brasil, eu acompanhei de perto o comportamento dos mercados globais na última sexta-feira (15). E, enquanto os agentes financeiros domésticos estavam descansando, as bolsas americanas tiveram altas firmes e chegaram às máximas; no câmbio, o dia foi de alívio generalizado no dólar.

Vendo o otimismo que tomou conta das negociações no exterior, eu cheguei à redação do Seu Dinheiro nesta segunda-feira (18) com uma certeza em mente: o dia seria tranquilo para os mercados brasileiros, que teriam que se ajustar aos movimentos vistos na sexta.

E, durante a manhã, eu estive certo: o Ibovespa chegou a subir quase 1% logo após a abertura, e o dólar à vista operava em queda. Tudo ia conforme o script — o problema é que o roteiro trazia uma reviravolta que eu não estava prevendo.

Ao longo da segunda-feira, as tendências foram perdendo força: o Ibovespa foi se afastando das máximas, enquanto o dólar passou a se aproximar da estabilidade. E, já na reta final, os comportamentos já eram os opostos dos vistos no início do dia.

Veja o dólar à vista: durante a manhã, a moeda americana chegou a cair 0,55%, a R$ 4,1702, mas, no fechamento, estava cotado a R$ 4,2055, em alta de 0,29%. É uma nova máxima histórica em termos nominais e a primeira vez que a divisa termina uma sessão acima de R$ 4,20.

O Ibovespa fez uma trajetória semelhante: nos primeiros minutos do pregão, tocou os 107.519,18 pontos, mas, no encerramento, marcava 106.269,25 pontos, em queda de 0,27%.

Leia Também

O que aconteceu?

Ajustes fracos

Toda a onda de otimismo vista na sexta-feira se deve a um conjunto de sinalizações animadoras das autoridades americanas quanto aos rumos da guerra comercial com a China. Indicações de que um acerto entre as partes estava bem encaminhado fizeram o mercado se encher de esperança e levaram as bolsas de NY às máximas.

Assim, logo no início desta segunda-feira, o Ibovespa e o dólar à vista realmente passaram por um movimento de ajuste ao tom visto no exterior durante a sexta. Só que, conforme o dia foi passando, os agentes financeiros voltaram a levar em conta que o panorama regional da América Latina continua o mesmo.

Por aqui, as tensões sociais no Chile e na Bolívia continuam fazendo com que os investidores estrangeiros optem por uma abordagem cautelosa em relação aos ativos da região — contexto que pressionou especialmente as moedas dos países do continente.

Nesse cenário, o dólar subiu 0,6% na comparação com o peso mexicano e avançou 0,4% em relação ao peso colombiano; ante o peso chileno, a moeda americana ficou estável. Contudo, vale ressaltar que, durante a manhã desta segunda-feira, o dólar chegou a cair 1,5% em relação à moeda do Chile.

"Há um clima bem ruim para emergentes no mundo", diz Ricardo Gomes Filho, operador de câmbio da corretora Correparti. "Além disso, já começamos a detectar um fluxo de saída, em função do fim de ano, com remessas de empresas estrangeiras para o exterior".

Segundo Filho, é preciso ficar atento a eventuais manifestações do Banco Central (BC) daqui para frente, uma vez que o nível de R$ 4,20 é considerado uma barreira psicológica importante para o mercado. "Vamos ver como o BC se comporta", diz ele, lembrando que a autoridade monetária atuou nas últimas vezes que a divisa chegou perto desse patamar.

Ibovespa hesitante

Na bolsa, o Ibovespa também não conseguiu sustentar o ritmo de alta visto no início do dia. O índice brasileiro, inclusive, destoou do exterior: nos EUA, o Dow Jones (+0,11%), o S&P 500 (+0,03%) e o Nasdaq (+0,11%) fecharam em leve alta, renovando novamente os recordes de encerramento.

Analistas e operadores ponderaram que os ajustes positivos em relação ao pregão de sexta-feira não foram capazes de se sobrepor ao contexto mais negativo para os mercados emergentes. Mesmo a questão da guerra comercial segue em aberto, uma vez que ainda não há sinais concretos de que EUA e China vão assinar algum acordo no curto prazo.

Juros pressionados

A virada no comportamento do dólar à vista fez desencadeou um movimento de ajuste positivo nas curvas de juros, tanto na ponta curta quanto na longa.

Os DIs com vencimento em janeiro de 2021 fecharam em alta de 4,63% para 4,68%, enquanto os para janeiro de 2023 avançaram de 5,75% para 5,82%. No vértice mais extenso, as curvas para janeiro de 2025 foram de 6,33% para 6,36%, e as com vencimento em janeiro de 2027 subiram de 6,66% para 6,68%.

Destaques da bolsa

As ações ON da Marfrig (MRFG3) tiveram o melhor desempenho do Ibovespa nesta segunda-feira, terminando a sessão em alta de 5,56% após a empresa anunciar a compra de mais 31% da National Beef, por US$ 860 milhões — agora, o frigorífico brasileiro possui 81,73% da companhia americana.

Também fecharam em alta os papéis de companhias exportadoras, pegando carona na alta do dólar. Foi o caso de Suzano ON (SUZB3), com ganho de 3,19%; JBS ON (JBSS3), em alta de 1,94%; e Vale ON (VALE3), com valorização de 1,30%.

Na ponta negativa do Ibovespa, Yduqs ON (YDUQ3 caiu 3,81%, CVC ON (CVCB3) recuou 3,64% e Natura ON (NATU3) teve baixa de 3,22%. Fora do índice, destaque para Restoque ON (LLIS3), com desvalorização de 9,71% após mais um conjunto decepcionante de dados trimestrais.

 

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
FORTE TURBULÊNCIA

Após entrar com pedido de recuperação judicial, Azul (AZUL4) será excluída do Ibovespa e demais índices da B3; entenda

28 de maio de 2025 - 16:44

A companhia aérea formalizou nesta quarta-feira (28) um pedido de proteção contra seus credores nos Estados Unidos — o temido Chapter 11

CRIPTO HOJE

O ciclo de alta acabou? Bitcoin (BTC) recua para US$ 107 mil, e mercado de criptomoedas entra em modo de correção

28 de maio de 2025 - 16:20

Bitcoin recua após alta de quase 50% em menos de dois meses, altcoins desabam e mercado entra em correção — mas analistas ainda veem espaço para valorização

SD ENTREVISTA

Se não houver tag along na oferta de Tanure pela Braskem (BRKM5), “Lei das S.A. deixou de nos servir”, diz presidente da Amec

28 de maio de 2025 - 16:17

Em entrevista ao Seu Dinheiro, Fábio Coelho explica os motivos pelos quais a proposta do empresário Nelson Tanure pelo controle da Braskem deveria acionar o tag along — e as consequências se o mecanismo for “driblado”

CONTEÚDO EMPIRICUS

Dividendos da semana: Taesa (TAEE11), Equatorial (EQTL3) e Engie (EGIE3) distribuem lucros — mas só uma é recomendada pela Empiricus

28 de maio de 2025 - 12:00

Apenas uma das elétricas que irá distribuir dividendos esta semana figura entre as recomendações da Empiricus para investir neste momento.

SEU MENTOR DE INVESTIMENTOS

A vida de um investidor no terreno minado da inflação

28 de maio de 2025 - 9:58

De Juscelino até Itamar Franco e o Plano Real, o dragão da inflação cuspiu fogo pelas ventas, criando armadilhas na bolsa e na renda fixa

DUAS VEZES REBAIXADA

Braskem (BRKM5) na panela de pressão: petroquímica cai no conceito de duas das maiores agências de classificação de risco do mundo

28 de maio de 2025 - 9:41

A Fitch e a S&P Global rebaixaram a nota de crédito da Braskem de ‘BB+’ para ‘BB’ na última terça-feira. O que está por trás das revisões?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Época de provas na bolsa: Ibovespa tenta renovar máximas em dia de Caged, ata do Fed e recuperação judicial da Azul

28 de maio de 2025 - 8:09

No noticiário corporativo, o BTG Pactual anunciou a compra de R$ 1,5 bilhão em ativos de Daniel Vorcaro; dinheiro será usado para capitalizar o Banco Master

CHAPTER 11

Azul (AZUL4) entra com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos e completa a lista de empresas em apuros no setor aéreo

28 de maio de 2025 - 7:18

Reestruturação da Azul contempla US$ 1,6 bilhão em financiamento, eliminação de US$ 2 bilhões em dívidas e até US$ 950 milhões em novos aportes de capital quando o processo se encerrar

SIMULAMOS!

Após alta do IOF, contas em dólar ainda valem mais a pena que cartões pré-pagos e cartões de crédito? Fizemos as contas

28 de maio de 2025 - 7:03

Comparamos cotações de contas como Wise, Nomad, Avenue e as contas globais de bancos com a compra de papel-moeda, cartões pré-pagos e cartões de crédito internacionais

NEGOCIAÇÃO BILIONÁRIA

BTG Pactual (BPAC11) compra R$ 1,5 bilhão em ativos de Daniel Vorcaro, e recursos serão usados para capitalizar o Banco Master

27 de maio de 2025 - 19:48

Operação faz parte do processo da venda do Master para o BRB e inclui a compra de participações na Light (LIGT3) e no Méliuz (CASH3)

SINAL DE ALERTA

CSN Mineração (CMIN3) lidera perdas do Ibovespa após Morgan Stanley rebaixar ação para venda; veja os motivos da revisão

27 de maio de 2025 - 16:01

Ações da CSN Mineração caem mais de 5% com alerta do Morgan Stanley sobre alto risco em plano de expansão e queda do minério de ferro

DISCUSSÃO SOCIETÁRIA

Sem OPA na Braskem (BRKM5)? Por que a compra do controle por Nelson Tanure não acionaria o mecanismo de tag along

27 de maio de 2025 - 15:05

Especialistas consultados pelo Seu Dinheiro avaliam que não necessariamente há uma obrigatoriedade de oferta pública de Tanure pelas ações dos minoritários da Braskem; entenda

TOUROS E URSOS #224

Ibovespa vai sustentar tendência mesmo com juros altos e risco fiscal? Sócio fundador da Polo Capital vê bom momento para a bolsa — mas há outros perigos no radar

27 de maio de 2025 - 14:53

No podcast Touros e Ursos desta semana, Cláudio Andrade, sócio fundador da gestora Polo Capital, fala sobre as perspectivas para a bolsa brasileira

ATÉ PARECE REPLAY

Xô, penny stock: PDG Realty (PDGR3) recebe novo enquadro da B3 e terá que fazer mais um grupamento de ações

27 de maio de 2025 - 10:10

Após meses negociando as ações PDGR3 na casa dos centavos na bolsa brasileira, a incorporadora tentará outra vez aumentar as cotações dos papéis

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Não dá mais para adiar: Ibovespa repercute IPCA-15 enquanto mudanças no IOF seguem causando tensão

27 de maio de 2025 - 8:17

Bolsas de Nova York voltam de feriado ainda reagindo ao mais recente recuo de Trump na guerra comercial

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Subimos apesar do governo: quando a pior decisão é sempre a próxima

27 de maio de 2025 - 6:28

O Brasil parece ter desenvolvido uma habilidade peculiar — quase artística — de desperdiçar momentos estratégicos. Quando o mercado estende a mão em sinal de trégua, Brasília responde com um tropeço

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: O último trem do sertão (ou do bull market)

26 de maio de 2025 - 20:00

Seja lá qual for a razão, os mercados atropelaram a notícia ruim do IOF, mostrando que há forças maiores em curso em favor do kit Brasil. Talvez essa seja a última parada do trem antes do verdadeiro bull market.

PAGANDO AS DÍVIDAS

Sequoia (SEQL3) inicia execução de plano de recuperação extrajudicial com aumento de capital de R$ 104 milhões para quitar dívidas

26 de maio de 2025 - 19:31

Operação já vinha sendo discutida desde abril deste ano, após a Justiça ter dado sinal verde para a reestruturação de dívidas não financeiras da empresa

NOVO NOME, NOVO CÓDIGO

Grupo Toky, antiga Mobly (MBLY3), adia estreia do novo ticker TOKY3 para suas ações na B3; veja nova data

26 de maio de 2025 - 18:55

Estreia do código TOKY3 era para ter ocorrido nesta segunda (26); empresa alega questões técnicas da B3

DESAPEGANDO

Raízen (RAIZ4) dá mais um passo no processo de reestruturação, mas ações tombam mais de 7% na B3

26 de maio de 2025 - 13:53

A superintendência do Cade aprovou a venda de um grupo de projetos de usinas solares distribuídas (GD) para o Patria Investimentos

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar