🔴 COPOM À VISTA: RECEBA EM PRIMEIRA MÃO 3 TÍTULOS PARA INVESTIR APÓS A DECISÃO – ACESSE GRATUITAMENTE

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Dólar subiu

Devagar, devagarinho: cautela no exterior faz Ibovespa ter quarta queda consecutiva

Numa terça-feira (16) sem maiores drivers no front local, a agenda de dados econômicos no exterior despontou como principal fator de influência para o Ibovespa — e o noticiário global desestimulou os agentes financeiros

Victor Aguiar
Victor Aguiar
16 de julho de 2019
10:37 - atualizado às 14:34
Foto de Martinho da Vila
Ibovespa até ensaiou uma alta durante a manhã. Só que, com a cautela no exterior, o índice preferiu ir devagar e fechou em leve baixa - Imagem: Shutterstock

Um certo viés de cautela tomou conta dos mercados nesta terça-feira (16). Num dia relativamente tranquilo, os agentes financeiros estiveram focados no estado da economia global — e as notícias não foram exatamente animadoras. E, nesse cenário, nada melhor que seguir o conselho de Martinho da Vila.

O Ibovespa, por exemplo, terminou a sessão praticamente estável, em leve baixa de 0,03%, aos 103.775,41 pontos — e, com isso, engatou o quarto pregão consecutivo no campo negativo. Nos Estados Unidos, o dia também foi de perdas: o Dow Jones caiu 0,09%, o S&P 500 teve queda de 0,34% e o Nasdaq recuou 0,43%.

O mercado de câmbio também refletiu essa cautela: o dólar à vista encerrou a sessão em alta de 0,39%, a R$ 3,7709, num movimento em linha com o fortalecimento global da moeda americana.

E o que aconteceu para que os agentes financeiros adotassem essa postura de precaução? Bom, no front doméstico, as novidades foram escassas: com o Congresso às vésperas do recesso, o cenário político e a reforma da Previdência entraram quase num estado de hibernação.

Assim, operadores e analistas ponderam que as movimentações em Brasília tendem a perder importância para os ativos locais nos próximos dias. Resta, então, o cenário externo — e, lá fora, a agenda econômica dos Estados Unidos e da Europa trouxe dados que não empolgaram os mercados.

Assim, com as bolsas americanas perto das máximas históricas, os agentes financeiros preferiram não correr riscos e foram devagar, devagarinho. E o Ibovespa foi no embalo dos índices dos EUA, dando mais um passo pequeno passo para trás.

Leia Também

De olho nos indicadores

No velho continente, o índice ZEW de expectativas econômicas da Alemanha ficou negativo em 24,5 pontos em julho, piorando em relação ao resultado de junho, quando estava negativo em 21,1 pontos — o resultado ficou abaixo do projetado por analistas, que esperavam uma piora menos intensa no ZEW.

Por outro lado, a zona do euro apresentou superávit comercial de 23 bilhões de euros em maio, superior aos 16,9 bilhões registrados em abril — números que deram alguma sustentação aos principais mercados acionários da região nesta terça-feira.

Dinâmica semelhante foi vista nos Estados Unidos: as vendas no varejo avançaram 0,4% em junho ante maio, ficando acima da estimativa dos mercado. Já a produção industrial ficou estável na passagem de maio para junho — resultado inferior ao projetado por economistas, que previam um crescimento de 0,2% no indicador.

Assim, as vendas no varejo sinalizam que a economia do país segue firme, enquanto a produção industrial indica uma certa perda de tração da atividade. E, com os dados mistos, os mercados ficaram sem uma leitura clara quanto à influência que essa rodada de indicadores teria sobre a decisão do Federal Reserve (Fed) a respeito da possibilidade de cortes de juros no país.

Assim, os mercados aguardaram por um discurso do presidente do banco central americano, Jerome Powell — ele participou de um evento do G-7 em Paris, no início da tarde. Mas a fala do dirigente também não trouxe grandes insights para os agentes financeiros.

Entre outros pontos, Powell afirmou que o Fed deve agir de modo apropriado para sustentar a expansão econômica e que o crescimento dos EUA deve seguir sólido, ao passo que o mercado de trabalho deve se manter forte. Nada capaz de provocar grandes mudanças ao rumo das operações nesta terça-feira.

Assim, os mercados optaram por realizar parte dos lucros recentes nas bolsas americanas — vale lembrar que os três principais índices acionários do país terminaram a sessão de ontem nas máximas históricas. E esse comportamento visto nos EUA acabou contaminando as negociações no Brasil e no Ibovespa.

Para Luis Gustavo Pereira, estrategista da Guide Investimentos, a cautela deu a tônica aos mercados, o que se refletiu no viés negativo visto nas principais praças. "Os dados de confiança na Alemanha foram bem ruins e mostraram que o ambiente não está tão favorável em termos de crescimento na Europa", destacou ele.

Fuga para o dólar

Essa postura de maior cautela foi refletida especialmente pelo mercado de câmbio. O dólar ganhou terreno em escala global, tanto em relação às moedas fortes quanto às divisas de países emergentes e ligados às commodities.

Nesse segundo grupo, estão inclusos o peso mexicano, o rublo russo, o peso chileno, o rand sul-africano, o peso colombiano e o dólar neozelandês. E essa tendência externa acaba influenciando as operações no Brasil, com o dólar à vista operando em alta ante o real.

"Há uma fuga dos ativos de risco e uma corrida para a segurança, tendo em vista essa desaceleração econômica e as incertezas nas relações comerciais entre os países", pondera Pereira.

Correção nos juros

Os DIs acompanharam o dólar à vista e fecharam em alta, especialmente na ponta longa, num movimento de correção pontual após as quedas recentes. As curvas com vencimento em janeiro de 2021 avançaram de 5,56% para 5,57%, as para janeiro de 2023 subiram de 6,32% para 6,38% e as para janeiro de 2025 foram de 6,87% para 6,96%.

Minério segue firme

O minério de ferro continua em trajetória de alta: a commodity avançou 0,61% no porto chinês de Qingdao — cotação que serve de referência para o mercado —, chegando a US$ 122,15 a tonelada.

Essa nova sessão de ganhos ocorre em paralelo com a divulgação dos dados operacionais da Rio Tinto, uma das principais companhias globais do setor de mineração. E os números confirmaram a percepção de que a oferta da commodity pela Austrália está se enfraquecendo.

No segundo trimestre de 2019, a produção de minério de ferro da rio Tinto em Pilbara, na Austrália, recuou 7% na base anual — os embarques da commodity, por sua vez, caíram 3% na mesma base de comparação.

Nesse contexto, as ações ON da Vale (VALE3) e ON da CSN (CSNA3) terminaram no campo positivo do Ibovespa, uma vez que há a perspectiva de que as companhias poderão se beneficiar do momento de dificuldade enfrentado pela Rio Tinto — e pelos preços mais altos do minério.

Vale ON, por exemplo, fechou em alta de 0,68%, enquanto CSN ON subiu 1,73%.

Já o petróleo...

...fechou a sessão em queda firme: o Brent teve baixa de 3,20%, enquanto o WTI recuou 3,29%, em meio aos relatos da imprensa internacional quanto a um possível alívio nas tensões entre Estados Unidos e Irã.

As perdas da commodity se traduziram em fraqueza às ações da Petrobras: os papéis ON (PETR3) recuaram 1,19%, enquanto os PNs (PETR4) caíram 1,24%, trazendo pressão ao Ibovespa.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
Estreia na bolsa

Quer ter um Porsche novinho? Pois então aperte os cintos: a Volkswagen quer fazer o IPO da montadora de carros esportivos

6 de setembro de 2022 - 11:38

Abertura de capital da Porsche deve acontecer entre o fim de setembro e início de outubro; alguns investidores já demonstraram interesse no ativo

Bateu o mercado

BTG Pactual tem a melhor carteira recomendada de ações em agosto e foi a única entre as grandes corretoras a bater o Ibovespa no mês

5 de setembro de 2022 - 15:00

Indicações da corretora do banco tiveram alta de 7,20%, superando o avanço de 6,16% do Ibovespa; todas as demais carteiras do ranking tiveram retorno positivo, porém abaixo do índice

PEQUENAS NOTÁVEIS

Small caps: 3R (RRRP), Locaweb (LWSA3), Vamos (VAMO3) e Burger King (BKBR3) — as opções de investimento do BTG para setembro

1 de setembro de 2022 - 13:50

Banco fez três alterações em sua carteira de small caps em relação ao portfólio de agosto; veja quais são as 10 escolhidas para o mês

PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Passando o chapéu: IRB (IRBR3) acerta a venda da própria sede em meio a medidas para se reenquadrar

30 de agosto de 2022 - 11:14

Às vésperas de conhecer o resultado de uma oferta primária por meio da qual pretende levantar R$ 1,2 bilhão, IRB se desfaz de prédio histórico

Exclusivo Seu Dinheiro

Chega de ‘só Petrobras’ (PETR4): fim do monopólio do gás natural beneficia ação que pode subir mais de 50% com a compra de ativos da estatal

30 de agosto de 2022 - 9:00

Conheça a ação que, segundo analista e colunista do Seu Dinheiro, representa uma empresa com histórico de eficiência e futuro promissor; foram 1200% de alta na bolsa em quase 20 anos – e tudo indica que esse é só o começo de um futuro triunfal

MAQUININHAS ESTÃO COM TUDO

Mais um banco se rende à Cielo (CIEL3) e passa a recomendar a compra da ação, mesmo após alta de quase 200% neste ano

26 de agosto de 2022 - 13:43

Com potencial de alta de quase 30% estimado para os papéis, os analistas do Credit Suisse acreditam que você deveria incluir as ações da empresa de maquininhas no seu portfólio

REENQUADRAMENTO

IRB lança oferta primária restrita, mas limita operação a R$ 1,2 bilhão e antecipa possibilidade de um descontão; IRBR3 é a maior alta do Ibovespa hoje

25 de agosto de 2022 - 7:20

Resseguradora busca reenquadramento da cobertura de provisões técnicas e de liquidez regulatória para continuar operando

Distribuição de lucros

Dividendos: Porto Seguro (PSSA3) anuncia quase R$ 400 milhões em JCP; Kepler Weber (KEPL3) também distribuirá proventos

24 de agosto de 2022 - 19:06

Data de corte é a mesma em ambos os casos; veja quem tem direito a receber os proventos das empresas

MAIS UM PASSO

Oi (OIBR3) confirma venda de operação fixa para subsidiária da Highline; transação pode alcançar R$ 1,7 bilhão

23 de agosto de 2022 - 6:02

Proposta da NK 108, afiliada da Highline, foi a única válida no leilão realizado ontem; negócio envolve cerca de 8 mil torres da Oi

Exclusivo Seu Dinheiro

Depois de bons resultados nos setores de gás e energia, gigante de infraestrutura está conquistando espaço, também, na mineração – e promete assustar a Vale (VALE3)

22 de agosto de 2022 - 11:00

Um crescimento mínimo de 50%: é isso que time de analistas espera para uma ação que custa, hoje, 20% a menos do que sua média histórica; saiba como aproveitar

SOBE E DESCE DA SEMANA

Ibovespa interrompe sequência de 4 semanas em alta; veja as ações que mais caíram – e um setor que subiu em bloco

20 de agosto de 2022 - 11:06

Ibovespa foi prejudicado por agenda fraca na semana, mas houve um setor que subiu em bloco; confira as maiores altas e baixas do período

NAS NUVENS

Dá pra personalizar mais? Americanas (AMER3) fecha parceria com o Google em busca de mais eficiência e melhor experiência para clientes

19 de agosto de 2022 - 14:32

Acordo entre a Americanas e o Google prevê hiperpersonalização da experiência do cliente e otimização de custos operacionais

NOVO CONTO DO VIGÁRIO?

Bed Bath & Beyond desaba mais de 40% em Wall Street — e o ‘culpado’ é um dos bilionários da GameStop; entenda

19 de agosto de 2022 - 14:08

Ryan Cohen, presidente do conselho da GameStop, vendeu todas as suas ações na varejista de itens domésticos e embolsou US$ 60 milhões com o negócio

MAIS UM PASSO

Unindo os jalecos: acionistas do Fleury (FLRY3) e Hermes Pardini (PARD3) aprovam a fusão entre as companhias

18 de agosto de 2022 - 19:12

Os acionistas de Fleury (FLRY3) e Hermes Pardini (PARD3) deram aval para a junção dos negócios das companhias; veja os detalhes

FRIGORÍFICOS

JBS (JBSS3) é a ação de alimentos favorita do BofA, mas banco vê menor potencial de alta para o papel; ainda vale a pena comprar?

18 de agosto de 2022 - 14:54

Analistas revisaram para baixo o preço-alvo do papel, para R$ 55, devido à expectativa de queda nas margens da carne bovina dos EUA, correspondente a 40% das vendas da empresa

PAPELEIRA ESTÁ BARATA?

Irani anuncia recompra de até 9,8 milhões de ações na B3; o que isso significa para o acionista de RANI3?

18 de agosto de 2022 - 11:15

A empresa disse que quer maximizar a geração de valor para os seus investidores por meio da melhor administração da estrutura de capital

Não brilha mais?

Vale (VALE3) perdeu o encanto? Itaú BBA corta recomendação de compra para neutro e reduz preço-alvo do papel

17 de agosto de 2022 - 12:34

Queridinha dos analistas, Vale deve ser impactada por menor demanda da China, e retorno aos acionistas deve ficar mais limitado, acredita o banco

Exclusivo Seu Dinheiro

Soberania da (VALE3) ‘ameaçada’? Melhor ação de infraestrutura da Bolsa pode subir 50%, está entrando na mineração e sai ganhando com o fim do monopólio da Petrobras (PETR4) no setor de gás; entenda

17 de agosto de 2022 - 10:18

Líder na América Latina, papel está barato, está com fortes investimentos na mineração e é um dos principais nomes do mercado de gás e do agronegócio no Brasil

Investidores gostaram

Nubank (NU; NUBR33) chega a subir 20% após balanço, mas visão dos analistas é mista e inadimplência preocupa

16 de agosto de 2022 - 12:03

Investidores gostaram de resultados operacionais, mas analistas seguem atentos ao crescimento da inadimplência; Itaú BBA acha que banco digital pode ter subestimado o risco do crédito pessoal

AS FAVORITAS

Briga do varejo: Qual é a melhor ação de atacadista para ter na carteira? A XP escolheu a dedo os papéis; confira

15 de agosto de 2022 - 11:49

O forte resultado do Grupo Mateus (GMAT3) no 2T22 garantiu ao atacadista um convite para juntar-se ao Assaí (ASAI3) na lista de varejistas de alimentos favoritas dos analistas

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar