Ibovespa tem dia de ‘tigrão’ e fecha em alta de quase 2%
As reuniões de Bolsonaro com líderes partidários serviram para tirar o tumulto de ontem da memória do mercado

O mercado é imediatista. Tão imediatista quanto as paradas de sucesso das rádios.
E assim como uma música antiga não consegue permanecer entre as mais tocadas, uma notícia velha não é capaz de influenciar o Ibovespa e o dólar por muito tempo.
As "tchutchucas" e os "tigrões" foram um hit na noite de ontem, é verdade — basta ver a repercussão nas redes sociais. Mas, hoje, o mercado trocou o disco.
Essa mudança de ritmo deu ânimo às negociações: o Ibovespa fechou o dia em alta de 1,93%, aos 96.313,06 pontos, e o dólar à vista caiu 0,54%, a R$ 3,8571.
O show tem que continuar
Depois do desfecho tragicômico da audiência do ministro da Economia, Paulo Guedes, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, notícias sinalizando uma aproximação entre governo e Congresso soaram como música para os ouvidos do mercado.
O presidente Jair Bolsonaro passou boa parte da quinta-feira recebendo parlamentares e lideranças partidárias. E, em encontro com presidentes dos principais partidos do chamado Centrão, anunciou a intenção de criar uma espécie de conselho político.
Leia Também
A ideia é aproximar o governo dos parlamentares, aumentando a base de sustentação no Congresso — e, consequentemente, dando maior apoio à tramitação do projeto de reforma da Previdência.
"Tivemos sinalizações positivas de atores importantes do mundo político, manifestando uma postura mais favorável em relação à reforma. Isso alivia o humor do mercado", diz Nicolas Takeo, analista da Socopa.
Uma das manifestações mais citadas por analistas e operadores foi a dada por ACM Neto, presidente do DEM. Após almoço com Bolsonaro, ele admitiu que o partido pode fechar questão em torno da reforma, mas quer esperar o término da tramitação nas comissões para verificar o teor da proposta que irá ao plenário da Câmara.
ACM Neto também não descartou integrar formalmente a base do governo em algum momento, mas sem especificar quando isso ocorreria.
"Os olhos estiveram mais voltados para o Bolsonaro e os encontros com as lideranças, tentando tirar a tensão que ficou no ar após as brigas de ontem", diz Pedro Nieman, economista da Toro Investimentos, lembrando que o clima pesado em Brasília fez com que o Ibovespa fechasse a sessão passada em queda firme.
Ontem, Guedes enfrentou chumbo grosso da oposição na CCJ, e o tom pouco amistoso do debate trouxe uma nova onda de cautela ao mercado. Tanto os atritos vistos na sabatina quanto a falta de um apoio mais concreto da base aliada ao ministro levantaram novas dúvidas a respeito do estado da articulação política.
Exagerado
"O Bolsonaro entrou no jogo e falou com os principais partidos, atuando em prol da reforma. Isso fez preço no dólar", diz Jefferson Luiz Rugik, diretor da Correparti.
No início da sessão, o dólar chegou a operar em leve alta, ainda mostrando certa cautela em relação ao cenário político. Mas, conforme o dia avançou — e as notícias a respeito da articulação foram chegando —, o clima foi ficando mais tranquilo.
Para Rugik, a reação de ontem aos atritos na CCJ foi algo exagerada. "Tanto que, hoje, o mercado chegou à conclusão que, depois de tudo, o saldo da CCJ não foi negativo. Mas você sabe como é, o mercado foge do risco, e aí tivemos o comportamento de ontem".
Nesse contexto de maior otimismo em relação à articulação política, as curvas de juros seguiram o dólar e fecharam em leve queda: os DIs com vencimento em janeiro de 2020 recuaram de 6,516% para 6,5%; entre as curvas longas, as para janeiro de 2023 caíram de 8,21% para 8,18%.
Living in America
O dia foi de ligeiro otimismo nas bolsas americanas, apesar da falta de novidades a respeito das negociações comerciais entre os governos norte-americano e chinês. O Dow Jones fechou em alta de 0,64% e o S&P 500 subiu 0,2%, mas o Nasdaq terminou a sessão em queda de 0,05%.
Dados fortes do mercado de trabalho dos EUA, divulgados mais cedo, deram ânimo às negociações lá fora. Amanhã, serão conhecidos os números de criação de novos postos de trabalho no país em março.
Azul da cor do mar
As ações de maior liquidez e importância para a composição do Ibovespa — as chamadas "blue chips" — subiram em bloco e terminaram o dia no campo positivo, recuperando-se das perdas de ontem.
É o caso das ações Petrobras, tanto as PN (+3,38%) quanto as ON (+3,2%). Entre os bancos, o tom foi semelhante: Itaú Unibanco PN subiu 1,5%, Bradesco PN teve alta de 2,59% e Banco do Brasil ON avançou 1,2%. Com o desempenho de hoje, as ações da Petrobras, do Bradesco e do Banco do Brasil zeraram as perdas acumuladas na semana e agora têm leve alta; já os papéis do Itaú seguem com desempenho negativo desde segunda-feira.
Por fim, Vale ON (+0,73%) também fechou em alta — mas, ao contrário das demais blue chips, as ações da mineradora terminaram a sessão de ontem no campo positivo e acumulam ganho de mais de 2% na semana.
"Foi uma sessão de recuperação. Ontem, o tom foi de muita cautela, muita gente optou por diminuir o risco por não saber o que poderia acontecer na CCJ", diz Rafael Passos, analista da Guide.
Bad day
O Credit Suisse rebaixou suas recomendações para Suzano e Klabin, de compra para neutro. Em relatório, a instituição mostra-se preocupada em relação à demanda por celulose nos próximos anos, revisando para baixo suas projeções para o preço da commodity.
Nesse pano de fundo, o Credit também cortou os preços-alvo para os ativos de ambas as empresas: no caso da Suzano, de R$ 62 para R$ 53, e, no das units da Klabin, de R$ 24 para R$ 18.
Com isso, as units da Klabin fecharam em queda de 3,39%, a R$ 16,81, pior desempenho do Ibovespa nesta quinta-feira. Os papéis ON da Suzano vieram em seguida: caíram 3,11%, a R$ 45,44.
I'm a believer
O Itaú BBA iniciou hoje a cobertura da Log com recomendação "outperform" — classificação equivalente a compra. E, com isso, as ações ON da empresa despontaram entre as principais altas do Ibvovespa, avançando 3,1%.
Em relatório, a instituição diz acreditar que a Log está preparada para crescer de maneira sólida, dada sua estratégia de explorar mercados ainda não acessados pela concorrência.
"A falta de oferta de galpões logísticos de qualidade, aliada à presença em escala nacional da empresa e à maior flexibilidade em termos de contrato de locação, permite que a Log capture demanda de mercados não-centrais sem grande competição", diz o Itaú BBA.
Bitcoin deixa de ser ‘ilha’ e passa a se comportar como mercado tradicional — mas você não deve tratar criptomoedas como ações de tecnologia
Os convidados do Market Makers desta semana são Axel Blikstad, CFA e fundador da BLP Crypto, e Guilherme Giserman, manager de global equities no Itaú Asset
Entenda o que são as ‘pontes’ que ligam as blockchains das criptomoedas; elas já perderam US$ 2 bilhões em ataques hackers
A fragilidade desses sistemas se deve principalmente por serem projetos muito novos e somarem as fraquezas de duas redes diferentes
Mesmo em dia de hack milionário, bitcoin (BTC) e criptomoedas sobem hoje; depois de ponte do ethereum (ETH), foi a vez da solana (SOL)
Estima-se que cerca de US$ 8 milhões (R$ 41,6 milhões) tenham sido drenados de carteiras Phantom e Slope, além da plataforma Magic Eden
Em 6 meses de guerra, doações em criptomoedas para Rússia somam US$ 2,2 milhões — mas dinheiro vai para grupos paramilitares; entenda
Esse montante está sendo gasto em equipamentos militares, como drones, armas, coletes a prova de balas, suprimentos de guerra, entre outros
Bitcoin (BTC) na origem: Conheça o primeiro fundo que investe em mineração da principal criptomoeda do mercado
Com sede em Miami, a Bit5ive é uma dos pioneiras a apostar no retorno com a mineração de bitcoin; plano é trazer fundo para o Brasil
Mais um roubo em criptomoedas: ponte do ethereum (ETH) perde US$ 190 milhões em ataque; porque hacks estão ficando mais frequentes?
Os hacks estão ficando cada vez mais comuns ou os métodos para rastreá-los estão cada vez mais sofisticados? Entenda
Esquenta dos mercados: Bolsas preparam-se para brilhar no último pregão de julho; Ibovespa repercute hoje dados da Vale e Petrobras
Mercados repercutem balanços de gigantes das bolsas e PIB da Zona do Euro. Investidores ainda mantém no radar inflação nos EUA e taxa de desemprego no Brasil
Somente uma catástrofe desvia o Ibovespa de acumular alta na semana; veja o que pode atrapalhar essa perspectiva
Ibovespa acumula alta de pouco mais de 2,5% na semana; repercussão de relatório da Petrobras e desempenho de ações de tecnologia em Wall Street estão no radar
Bolsas amanhecem sob pressão do BCE e da renúncia de Draghi na Itália; no Ibovespa, investidores monitoram Petrobras e Vale
Aperto monetário pelo Banco Central Europeu, fornecimento de gás e crise política na Itália pesam sobre as bolsas internacionais hoje
Esquenta dos mercados: Dirigente do Fed traz alívio aos mercados e bolsas sobem com expectativa por balanços de bancos
Hoje, investidores mostram-se animados com os balanços do Wells Fargo e do Citigroup; por aqui, repercussões da PEC Kamikaze devem ficar no radar
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais tentam recuperação após corte de juros na China; Ibovespa acompanha reunião de Bolsonaro e Elon Musk
Por aqui, investidores ainda assistem à divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas pelo Ministério da Economia
Hapvida (HAPV3) decepciona e tomba 17% hoje, mas analistas creem que o pior já passou — e que as ações podem subir mais de 100%
Os números do primeiro trimestre foram pressionados pela onda da variante ômicron, alta sinistralidade e baixo crescimento orgânico, mas analistas seguem confiantes na Hapvida
Oscilando nos US$ 30 mil, bitcoin (BTC) mira novos patamares de preço após criar suporte; momento é positivo para comprar criptomoedas
Entenda porque a perda de paridade com o dólar é importante para a manutenção do preço das demais criptomoedas do mundo
Bitcoin (BTC) permanece abaixo dos US$ 30 mil e mercado de criptomoedas está em estado de pânico com stablecoins; entenda
Entenda porque a perda de paridade com o dólar é importante para a manutenção do preço das demais criptomoedas do mundo
Terra (LUNA) não acompanha recuperação do bitcoin (BTC) neste domingo; criptomoedas tentam começar semana com pé direito
Mesmo com a retomada de hoje, as criptomoedas acumulam perdas de mais de dois dígitos nos últimos sete dias
Bolsas no exterior operam em alta com balanços melhores que o esperado; feriado no Brasil mantém mercados fechados
Investidores também digerem inflação na zona do euro e número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA
Em recuperação, bitcoin (BTC) sobe mais de 4% hoje, mas Solana (SOL) é destaque entre criptomoedas e dispara 17% após anúncio do Solana Pay; entenda
Os dados internos da blockchain do bitcoin mostram que a maior criptomoeda do mundo permanece no meio de um “cabo de guerra” entre compradores e vendedores
Bitcoin (BTC) cai após um final de semana de recuperação e criptomoedas esperam ‘lei Biden’ esta semana, mas ethereum (ETH) se aproxima de ponto crítico
A segunda maior criptomoeda do mundo está em xeque com o aprofundamento do ‘bear market’, de acordo com a análise gráfica
Bitcoin (BTC) cai mais de 6% em sete dias, de olho no Fed e na próxima lei de Joe Biden; confira o que movimentou o mercado de criptomoedas nesta semana
Putin a favor da mineração de criptomoedas, Fed e Joe Biden no radar do bitcoin, Elon Musk e Dogecoin e mais destaques
Bitcoin (BTC) recua com aumento de juros do Fed no horizonte e investidores de criptomoedas esperam por lei de Joe Biden; entenda
O plano do presidente americano pesava a mão na taxação de criptomoedas e ativos digitais, no valor de US$ 550 bilhões