Burger King e Marfrig se uniram para vender hambúrgueres vegetais. O Seu Dinheiro provou
O Burger King começou a vender hoje um lanche feito com o hambúrguer vegetal da Marfrig. A equipe do Seu Dinheiro provou a novidade e compartilha suas opiniões sobre o novo sanduíche

Uma das coisas que eu mais gosto no jornalismo é a imprevisibilidade. Afinal, a rotina é não ter rotina — e, aqui no Seu Dinheiro, isso é 100% verdade. Num momento, eu estou escrevendo sobre a guerra comercial e o dólar e, no outro, analisando a reforma da Previdência e o comportamento do Ibovespa.
Mas, mesmo dentro desse dia a dia imprevisível, eu diria que essa terça-feira (3) foi bastante... atípica. Afinal, por volta de 15h00, eu estava caminhando pela avenida Juscelino Kubitschek, na zona oeste de São Paulo, em direção a uma unidade do Burger King. A pauta: comprar lanches para a redação.
Não, eu não estava quebrando um galho para os outros colegas que não conseguiram sair para almoçar. O ponto é que a rede de fast food estreou hoje uma novidade em seu cardápio: o Rebel Whopper, um sanduíche que utiliza um ingrediente especial — um hambúrguer vegetal produzido pela Marfrig.
Essa parceria, por si só, já era digna de notícia. As chamadas carnes veganas — produtos de origem totalmente vegetal, mas que tentam simular o gosto e a textura das proteínas animais — viraram uma febre no mundo todo: embaladas numa aura de sustentabilidade, esses itens têm atraído um número cada vez maior de pessoas.
O maior termômetro para esse fenômeno é a Beyond Meat. Uma das pioneiras desse setor, a companhia abriu seu capital em maio deste ano, com ações valendo US$ 25. Em apenas quatro meses, os papéis da empresa são negociados atualmente na faixa de US$ 160 — nas máximas, chegaram a vale mais de US$ 230.
E, no Brasil, a Marfrig largou na frente na corrida pelo hambúrguer vegetal: no mês passado, a empresa anunciou uma parceria com a americana Archer Daniels Midland (ADM) para produzir e comercializar carnes veganas por aqui — antes dela, a startup fazenda Futuro era uma das únicas a se arriscar nesse ramo.
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Pois os planos da Marfrig para conquistar esse mercado deram mais um passo nesta terça-feira, com o Burger King começando a vender os hambúrgueres vegetais da companhia. Mas, no momento, apenas uma unidade da lanchonete no Brasil está vendendo esse novo sanduíche: a da avenida Juscelino Kubitschek, em São Paulo.
A partir de 10 de setembro, todas as 75 lojas na cidade de São Paulo passarão a vender o Rebel Whopper e, em outubro, a novidade chegará às demais unidades do estado e do Rio de Janeiro. A parceria com a Marfrig estará disponível no restante do país apenas em novembro.
"O Brasil é um dos mercados mais importantes para o Burger King no mundo. Em pesquisas conduzidas com consumidores percebemos que o interesse e a disposição por comprar produtos à base de plantas no Brasil chega a ser maior do que países como China, Estados Unidos ou Inglaterra", diz Ariel Grunkraut, diretor de marketing e vendas da lanchonete no Brasil.
Com tudo isso na cabeça, propus para meus colegas de redação uma experiência diferente: eu iria até essa unidade em questão, compraria alguns lanches e traria para a redação, para que todos pudessem provar e dar seu veredito — tirando o Vinicius Pinheiro, o Kaype Abreu, a Jasmine Olga e a Julia Wiltgen, que não estavam por aqui nesta tarde.
Ah, o Eduardo Campos, que fica lá em Brasília, também não provou — mas, ao menos no grupo de WhatsApp do Seu Dinheiro, o Edu não se mostrou muito disposto a testar a novidade...
Assim, nada de guerra comercial ou reforma da Previdência para mim nesta terça-feira: hoje, o dia estava reservado para ir atrás da carne que não é carne.
Acompanham fritas?
Quem passava em frente à unidade em questão do Burger King não conseguiria perceber nada diferente: não há nenhuma faixa ou indicação sinalizando que um novo lanche entrou para o cardápio nesta terça-feira — muito menos, uma opção vegana.
Mas, quem entra na lanchonete, vê um cenário bastante diferente. Por dentro, há faixas e cartazes convidando os clientes a provarem a novidade — e, ao menos hoje, todos os funcionários estavam usando camisetas especiais, também divulgando o novo sanduíche.

Não enfrentei filas para fazer meu pedido — ok, já era meio tarde e grande parte do fluxo do almoço já havia passado. Cada Rebel Whopper custa R$ 24,90, e o combo padrão com batatas fritas e refrigerante sai por R$ 29,90. Além do hambúrguer vegetal, o lanche conta com alface, tomate, queijo, maionese, cebolas picadas e picles.
Enquanto esperava meu pedido ficar pronto, percebi que os próprios funcionários estavam conversando sobre a novidade. Conversando com alguns deles, o tom era uníssono: todos disseram que o lanche era bom e que a demanda por ele estava bastante alta nesta terça-feira.
Peguei os sanduíches e voltei para a redação. Era hora do (segundo) almoço.
Fast food
Ao todo, comprei três lanches para repartir entre os colegas. Por aqui, estavam Marina Gazzoni, Bruna Furlani, Fernando Pivetti, Henrique Oliveira, Nicolas Gunkel, Andrei Morais, Larissa Santos e Aline Teixeira — além de mim, Victor Aguiar.
E o que eu achei do lanche? Bom, antes de tudo, devo dizer que essa não é a primeira vez que eu comi carne vegana — eu já comprei e fiz em casa um hambúrguer da Fazenda Futuro, então sabia mais ou menos o que esperar. Dito isso, achei que o lanche não está muito distante das opções "normais" do Burger King.
Achei o sabor do hambúrguer vegetal da Marfrig menos marcante que o dos discos de carne convencionais usados nos fast foods — especialmente no Burger King, opta por grelhar as carnes, em vez de fritá-las. Também percebi uma diferença na textura: a novidade é menos firme que as opções bovinas.
Mas creio que, se alguém me servisse o Rebel Whopper sem avisar que o lanche usa um hambúrguer vegetal, eu não perceberia a diferença. A carne da Marfrig, misturada aos outros ingredientes e molhos, acaba passando despercebida — e eu considero isso um elogio.
É claro que estamos comparando sanduíches de um mesmo universo — o das redes de fast food. A opção vegetal da Marfrig ainda não consegue chegar perto dos hambúrgueres artesanais ou dos lanches de redes mais sofisticadas.
Com a palavra, o Seu Dinheiro
E o que meus colegas acharam da experiência? Pedi para cada um deles escrever algumas linhas sobre o que acharam do novo lanche do Burger King e do hambúrguer vegetal da Marfrig. Alguns aprovaram a novidade, mas outros... Bom, leia abaixo o que cada um achou.
Bruna Furlani
Eu sou fã de carne de verdade. Mas confesso que eu quase não senti a diferença da carne em relação ao que vejo nos outros hambúrgueres de fast food. No geral, eu achei legal para experimentar e talvez pediria de novo, se não estivesse com tanta vontade de comer uma alcatra, por exemplo.
Marina Gazzoni
A consistência, de fato, lembra muito à do hambúrguer "tradicional". É um pouco sem gosto e dá para sentir o "óleo" que dá liga aos vegetais. Engana bem na hora da fome, mas prefiro carne de verdade (especialmente por R$ 24,90).
Fernando Pivetti
A consistência do hambúrguer é menos firme e ele possui um gosto mais suave. Mas a combinação de sabores do lanche como um todo é bem próxima a de um hambúrguer convencional, padrão Burger King.
Nicolas Gunkel
Para mim, o lanche tem a típica experiência de fast food, em que o sabor do hambúrguer acaba sendo escondido pelo molho. Não me daria conta de que o produto não tem origem animal se não me contassem. Mas o sabor dele está longe de ser memorável...
Aline Teixeira
Eu gostei da textura e dor sabor, inclusive, achei mais saboroso do que a própria carne. Ele é mais leve e menos enjoativo.
E o mercado, o que achou?
É difícil dizer se os mercados financeiros reagiram ou não à novidade. Mas o fato é que, nesta terça-feira, as ações ON da Marfrig (MRFG3) fecharam em alta de 1,92%, a R$ 8,50, enquanto seus principais rivais no setor de proteínas recuaram: JBS ON (JBSS3) caiu 0,72% e BRF ON (BRFS3) recuou 1,80%. Já os papéis ON do Burger King Brasil (BKBR3) recuaram 2,25%.
PS: O Andrei Morais e o Henrique Oliveira comeram o lanche, mas tiveram que sair correndo para uma reunião e não deram um veredito. Já a Larissa Santos não foi comovida pela premissa sustentável da carne vegetal e preferiu não provar — ela não come em fast foods há oito anos. Mas ela tirou a foto abaixo:

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