Tesla lida com boicotes, queda nas vendas e crise de marca — a culpa é de Donald Trump?
Relação do CEO com a Casa Branca tem causado insatisfação entre alguns clientes

Elon Musk se tornou um grande player no maior governo do mundo. A posição dentro da Casa Branca de Donald Trump deu ao dono da Tesla ainda mais influência política e poder. Mas, como diz o ditado famoso no mercado financeiro: não existe almoço grátis. Nem para o homem mais rico do mundo.
A questão principal é que nem todos os donos de carros Tesla estão satisfeitos com o novo cargo do CEO, que já era suficientemente polêmico e controverso antes mesmo de desembarcar em Washington.
E mesmo aqueles que não necessariamente se posicionam contra Musk estão mais reticentes em adquirir e manter Teslas na garagem, devido ao histórico de ataques a automóveis da montadora.
Nos Estados Unidos, no Canadá e em alguns países europeus, foram reportados diversos ataques às lojas, incluindo incêndios e também protestos em frente aos estabelecimentos.
Isso reflete a profunda crise de imagem pela qual a empresa passa, que já começa a respingar nos resultados financeiros também.
As ações, por exemplo, já viveram dias melhores. No acumulado do ano, os papéis desvalorizaram mais de 40% — uma cifra que, embora não seja o suficiente para tirar Elon Musk do topo do ranking dos bilionários, definitivamente afeta o patrimônio do empresário.
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Recentemente, os analistas do J.P Morgan rebaixaram as estimativas de entregas da montadora e reforçaram o dano que a marca tem sofrido.
“Temos dificuldade em pensar em algo análogo na história da indústria automotiva, em que uma marca perdeu tanto valor tão rapidamente”, comentam.
Antes mesmo de Elon Musk ser um membro oficial do governo americano, a companhia já estava em maus lençóis sob o olhar do público. Em 2024, a Tesla perdeu 26% do valor de marca, segundo dados da consultoria Brand Finance.
A queda pelo segundo ano consecutivo levou a companhia a ser avaliada em aproximadamente US$ 43 bilhões, contra US$ 66,2 bilhões, no começo de 2023. Com isso, a empresa ficou atrás da Toyota e da Mercedes, entre as montadoras.
Quem tem, quer trocar; quem não tem, não quer ter
Dados recentes da Edmunds, plataforma de vendas de carros nos Estados Unidos, mostram que “quem tem, quer trocar”: o mês de março registrou um recorde histórico na troca de veículos Tesla por carros novos ou usados de outras marcas.
A Edmunds também informou que, em fevereiro, a busca por novos modelos Tesla na plataforma caiu para o nível mais baixo desde outubro de 2022.
Isso depois de ter atingido um pico em novembro do ano passado — ou seja, a época das eleições presidenciais nos EUA.
Somado a isso, parece que “quem não tem, não quer ter”.
De acordo com o Bank of America, as vendas da Tesla na Europa caíram cerca de 50% em janeiro, em comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Na China, um mercado importante para a montadora, as remessas caíram 49% em fevereiro em relação ao ano anterior, para apenas 30.688 veículos, de acordo com dados oficiais citados pela Bloomberg News
Esse é o menor número mensal registrado desde julho de 2022, em meio à crise da Covid-19, quando foram enviados apenas 28.217 EVs, disse a Bloomberg.
A queda nas vendas deixou Trump “incomodado”. Em publicação na rede social Truth Social, o republicano declarou que compraria um novo Tesla como “sinal de confiança e apoio a Elon Musk, um americano verdadeiro notável”.
Ironicamente, é justamente a associação com o presidente que pode estar machucando o negócio do empresário.
As concorrentes agradecem
A crise da Tesla abre espaço para que as concorrentes conquistem os consumidores.
Um relatório da S&P Global Mobility mostrou que, em janeiro, as vendas da Tesla caíram cerca de 11% ano a ano nos EUA, enquanto Ford, Chevrolet e Volkswagen aumentaram as vendas de veículos elétricos.
“Uma mudança no sentimento do consumidor da Tesla pode criar uma oportunidade para montadoras tradicionais e startups de veículos elétricos avançarem”, escreveu Jessica Caldwell, chefe de insights da Edmunds, em um e-mail à CNBC.
“À medida que a lealdade e o interesse na marca Tesla diminuem, aqueles que oferecem preços competitivos, novas tecnologias ou menos controvérsia podem conquistar os proprietários da Tesla que estão mudando de marca e os novos compradores de veículos elétricos”, complementa.
* Com informações da CNBC.
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