Trump pode acabar com o samba da Adidas? CEO adianta impacto de tarifas sobre produtos nos EUA
Alta de 13% nas receitas do primeiro trimestre foi anunciado com pragmatismo por CEO da Adidas, Bjørn Gulden, que apontou “dificuldades” e “incertezas” após tarifaço, que deve impactar etiqueta dos produtos no mercado americano
Satisfeita? Sim. Cautelosa? Também. Essas foram algumas das conclusões apontadas pela Adidas na divulgação de seu balanço do primeiro trimestre de 2025, que registrou alta de 13% nas vendas com relação ao mesmo período do ano passado. Um resultado otimista e "acima do esperado", mas recebido com cuidado pelo CEO Bjørn Gulden. O motivo? Donald Trump.
No texto, Gulden celebra a receita da empresa que atingiu € 6,2 bilhões no primeiro trimestre do ano fiscal de 2025. Os resultados confirmam que já se antecipava desde a última semana.
“Tivemos um primeiro trimestre muito forte. Para ser sincero, foi mais forte do que esperávamos”, disse Gulden na teleconferência em que anunciou os resultados.
Ainda assim, Gulden fez questão de ressaltar os desafios impostos pelas novas tarifas de Trump – o que pode impactar diretamente nos preços de produtos da Adidas para o mercado americano.
“Tarifas mais altas acabarão causando custos mais altos para todos os nossos produtos no mercado dos Estados Unidos”, declarou o empresário em comunicado.
Questionado pela Vogue Business, Gulden afirmou que, "se as tarifas permanecerem, é claro que haverá aumentos de preços no mercado americano".
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Como as tarifas devem impactar os preços da Adidas nos EUA?
Na divulgação dos resultados, a Adidas confirmou que já havia reduzido sua exportação de produtos fabricados na China ao "mínimo" para os EUA. Ainda assim, admitiu estar exposta às tarifas do governo Trump sobre Pequim.
O fator determinante para o aumento, no entanto, teria sido a manutenção das tarifas americanas mínimas de 10% sobre outros países exportadores.
Hoje, é conhecido que a Adidas não possui quase nenhum produto de seu portfólio produzido nos Estados Unidos. E alguns dos lugares onde a empresa concentra suas fábricas, como Vietnã e Camboja, vêm sendo taxados em mais de 40%.
“Dada a incerteza em torno das negociações entre os EUA e os diferentes países exportadores, não sabemos quais serão as tarifas finais”, afirma o comunicado, que admite não ter respostas sobre o valor de um provável aumento para o mercado americano, que hoje corresponde a 20% das vendas totais da Adidas. Na América do Norte, a receita do T1 de 2025 apresentou alta de 3% com relação ao primeiro trimestre de 2024.

Citando um período de "dificuldades", a marca afirmou que deve se voltar para mercados externos aos EUA como alternativa para compensar os impactos das tarifas. De fato, América Latina e os chamados "mercados emergentes" (que incluem o Sudeste Asiático e a região do Pacífico) lideram o resultado positivo da Adidas no T1, com impressionantes 26% e 23% de alta sobre o mesmo período do ano anterior.
As projeções da Adidas para 2025 incluem aumento de vendas entre 5% e 9% e lucro operacional entre 1,7 bilhão de euros e 1,8 bilhão de euros, considerando taxas de câmbio neutras.
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Cautela pós-traumática
A cautela de Gulden não é sem fundamento: mesmo diante de dois trimestres de resultados positivos, puxados também pela boa fase de modelos clássicos da marca como Samba e Gazelle, a empresa ainda se recupera do tombo que levou há poucos anos, causado principalmente pela controvérsia envolvendo o rapper norte-americano Kanye West, ou Ye.
O artista travou uma batalha na justiça com a marca alemã em outubro de 2022, quando ela decidiu encerrar a parceria lucrativa da coleção Yeezy na esteira de comentários antissemitas do artista.
Parte do texto do report para o primeiro trimestre deste ano, aliás, informa que concluiu a venda do estoque da linha Yeezy no final do ano passado, segundo a empresa.
A collab entre marca e rapper, considerada uma das mais bem sucedidas da história, deixou a Adidas com um estoque parado avaliado em 1,2 bilhão de euros em vendas (R$ 7,6 bilhões). O revés se estendeu até o ano passado, que fechou com queda de 1,6% nas vendas.
Com informações da Vogue Business e CNBC.
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