Quem mexeu no meu queijo? Produtores franceses reagem a ameaças “desastrosas” de Trump
Se aplicadas, ameaças de tarifas a 30% devem ser “desastrosas” para indústria de queijos e vinho dos dois lados do Atlântico, declaram produtores
Anualmente, a França exporta 350 milhões de euros em laticínios para os Estados Unidos. São mais de R$ 2,25 bilhões em produtos como brie, camembert, roquefort, além de outros queijos, manteiga, iogurtes e mais produtos, que em 2025 enfrentam um revés comum a indústrias de todo o mundo: Donald Trump e suas tarifas.
A ameaça de imposição de tarifas de 30% sobre produtos da União Europeia, feita pelo presidente americano no último sábado (12), pode cair como uma bomba sobre o setor alimentício francês. Quem afirma são Jean-François Loiseau e Francois Xavier Huard, dois representantes do segmento, à Reuters.
Presidente do grupo ANIA, de defesa da indústria alimentícia francesa, Loiseau afirmou que as tarifas ameaçadas por Trump seriam "desastrosas" para o país. Huard, por outro lado, admitiu que a notícia chegou como um "choque" para produtores locais.
"Não acho que vá ser temporário", disse Huard. A preocupação tem sentido, uma vez que a França hoje destina cerca de metade de sua produção de laticínios aos Estados Unidos.

Supérfluo em risco
Na percepção de Yannick Fialip, presidente do Centro Nacional para Promoção de Agricultura e Alimentos (CNPA), existe o risco de categorias consideradas supérfluas, como queijos e vinhos, por exemplo, serem amplamente impactadas por preços mais altos:
"Produtos como vinho, especialmente, são consumidos por prazer — se você tem menos dinheiro para gastar, você pode abrir mão da compra", diz.
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A ameaça de Trump à UE chegou a despertar reações, inclusive da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou, em seu perfil na rede social X:
"Uma tarifa de 30% iria prejudicar negócios, consumidores e pacientes dos dois lados do Atlântico. Vamos continuar trabalhando em prol de um acordo em 1º de agosto. Ao mesmo tempo, estamos prontos para proteger os interesses da UE com contrapartidas proporcionais."
Briga de bar
A queda de braço entre Estados Unidos e União Europeia no campo das bebidas alcoólicas não é nova. Aliás, ela se estende desde antes do chamado Liberation Day, o 2 de abril de 2025, em que Trump anunciou suas tarifas para a maior parte dos países.
Ainda em março, país e bloco se viram em uma escalada de tensões quando o presidente americano anunciou suas taxas sobre aço e alumínio. Na época, a UE ameaçou retaliar com tarifas a produtos americanos, como motos Harley-Davidson e o uísque estadunidense. Em resposta, Trump disse que elevaria em 200% as taxas à bebida europeia.
De lá para cá, as negociações oscilaram: a UE, por exemplo, retirou a ameaça de taxar o uísque americano em 50%. Os EUA tampouco deram sequência às ameaças de tarifas em 200%.
Agora, as ameaças ao bloco europeu voltam a tomar o centro das preocupações das indústrias alimentícias — mas dos dois lados do Atlântico.
Quem tomou partido recentemente na polêmica envolvendo tarifas entre EUA e UE foi a cooperativa de vinhos americana Us Wine Trade Alliance. Em carta destinada ao próprio presidente, o grupo se opôs à política tarifária, demonstrando "preocupação extrema" com a escalada de tarifas a parceiros como o Canadá e a UE.
"Para cada dólar pago a um produtor que vende nos Estados Unidos, os setores de distribuição e hospitalidade gera US$ 4,50. A venda de vinho corresponde a até 60% da margem de lucro de serviços de restaurantes", diz a carta.
Com informações de Reuters, NBC News e Wine News.
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