Nem todos podem ter uma Ferrari – e não estamos falando de dinheiro
O valor de uma marca que vai muito além dos volumes e lucro: confira o que é preciso para ter ou não acesso à marca
Você já ouviu falar de festas que só entram pessoas com nome na lista? É mais ou menos assim que funciona para ter uma Ferrari. Não basta ter dinheiro nem fama. É preciso passar pelo crivo da casa de Maranello.
Na essência do processo de compra de uma Ferrari está a priorização da exclusividade. A marca não se baseia apenas no saldo bancário do potencial comprador. Em vez disso, ela avalia o histórico do cliente, priorizando aqueles que já são proprietários de várias Ferraris e que mantêm esses veículos em boas condições.
Esse critério assegura que os novos compradores entendam e valorizem o significado de possuir uma Ferrari, aprofundando a relação entre o cliente e a marca.
Outra dimensão importante do processo é o relacionamento do cliente com a Ferrari. A marca valoriza proprietários que tenham um compromisso de longo prazo e que demonstrem lealdade. Aqueles que participam ativamente de eventos, competições e encontros promovidos pela italiana são vistos de forma mais favorável.
Esse envolvimento não só fortalece a imagem da Ferrari, mas também ajuda a construir uma comunidade entre os proprietários, que compartilham a mesma paixão pela casa.
As edições limitadas de Ferrari são um caso especial. Estes modelos, que têm seu valor negociado antes da produção, atraem ainda mais atenção e, consequentemente, demandam uma análise mais detalhada de quem vai comprá-las.
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Assim, o processo de pré-venda é cuidadosamente conduzido para evitar que esses veículos acabem em mãos inadequadas ou pessoas listadas como banidas pela companhia.
A exclusividade faz parte de sua estratégia: a marca não tem interesse em saturar o mercado, preferindo criar uma demanda difícil de atender. Assim, cada veículo permanece um objeto de desejo e uma declaração de status.
Ao limitar a propriedade a um número reduzido de indivíduos, a Ferrari aumenta o prestígio de seus automóveis e a satisfação dos clientes atuais, que se tornam parte de uma comunidade exclusiva.

Cuidado com a revenda
Além da análise do histórico e do relacionamento com a marca, a Ferrari impõe algumas restrições adicionais.
Entre as regras mais rigorosas está a proibição de revenda dos veículos a terceiros sem a intermediação de uma concessionária ou importadora oficial. No Brasil, a única autorizada é a Ferrari São Paulo, localizada no Jardim América. Desta forma, a Ferrari busca manter a exclusividade e o valor de seus carros no mercado.

Outro ponto crucial: a companhia não permite qualquer tipo de modificação nos veículos, assegurando que cada carro preserve sua originalidade e a performance pela qual foi projetado.
O processo de compra de uma Ferrari é um reflexo da exclusividade e da dedicação que a marca representa. Esta abordagem não apenas garante a continuidade da imagem da Ferrari, mas também preserva o prestígio que acompanha cada veículo.
Ao final, o processo é um compromisso mútuo entre a marca e seus compradores, assegurando que a exclusividade e o legado da Ferrari sejam mantidos de forma íntegra e valorosa.
Preocupada com a reputação
A Ferrari se preocupa com a imagem pública de seus compradores e monitora quem adquire seus veículos para evitar ligações com pessoas envolvidas em controvérsias.
Por isso, ela mantém uma comunicação clara com seus potenciais compradores e pode recusar quem não se encaixa em suas diretrizes. Essa estratégia pode ser interpretada como uma forma elegante de reforçar a exclusividade sem necessidade de explicações prolongadas.
Embora não confirme que exista uma lista de clientes banidos, alguns casos de personalizações polêmicas e venda abaixo do valor de mercado geraram pedidos de “afaste-se desta marca”. Conheça alguns mais famosos.
1- Joel Zimmerman: o DJ canadense conhecido como Deadmau5 personalizou a sua Ferrari 458 Italia com o meme Nyan Cat. Além de envelopar sua 458 Italia com o meme, o músico trocou o logotipo do cavalo por um gato, mudou o nome da marca por “Purrari” (onomatopeia em inglês para o ronronar dos gatos) e pintou as pinças de freio de cor-de-rosa.
A modificação foi tão radical que a Ferrari lhe enviou um documento por meio de seus advogados de “cease and desist” ou o caso seria levado à justiça. O DJ, de fato, desistiu e comprou um McLaren 650S (marca rival da Ferrari).

2- Nicholas Cage: um dos casos mais emblemáticos. O ator foi proprietário de uma Ferrari Enzo 2003, comprada por US$ 1 milhão, e precisou vendê-la em 2009 a um preço abaixo do mercado para sanar problemas financeiros. Por causa disso, a Ferrari não permite mais que o ator adquira uma nova Ferrari.
3- Justin Biebier: após adquirir uma Ferrari 458 Italia na cor branca, o cantor cometeu faltas e tomou alguns cartões amarelos: primeiramente ele envelopou seu superesportivo de azul e instalou um sistema de som potente. Depois, em menos de um ano com sua Ferrari, ele a colocou à venda em um leilão, algo que a marca também combate com tão pouco tempo de uso. Com essa segunda infração, Biebier foi banido pela italiana.
4- As Kardashians: não se sabe ao certo o que as representantes desta família – socialites, atrizes, modelos e empresárias – fizeram, mas elas não são bem-vindas pela marca italiana e já foram banidas de adquirir séries limitadas da Ferrari. Talvez sejam as polêmicas com que se envolvem? Nunca saberemos.
O que se sabe é que elas fazem questão de desfilar com seus superesportivos. Kris Jenner, a matriarca, já foi vista dirigindo um modelo California. A filha Kylie Jenner teria não uma, mas duas Ferrari: uma 458 Italia e uma LaFerrari. E outra irmã, a empresária Kim Kardashian, também teria uma 458 Italia.
5- 50 Cent: o rapper já foi proprietário de uma Ferrari 488 e celebrou um Réveillon limpando seu superesportivo com espumante. Se não bastasse, reclamou publicamente nas redes sociais de falhas no veículo.
Levada à assistência, a Ferrari informou que foi o rapper quem danificou sua 488 por desconhecer como ela funcionava. À época, 50 Cent publicou fotos do carro sendo guinchado: “Eu não quero mais essa 488, eu acho que vou pegar um carro mais inteligente”.


6- Chrys Dias: até os brasileiros são alvo da marca italiana. O influenciador adquiriu uma Ferrari Purosangue e, após desfilar pelo Capão Redondo, bairro populoso com áreas de favelas, a importadora pediu que a devolvesse. alegando que o estilo de vida de Chrys não combinava com os valores da Ferrari, e que o veículo, avaliado em R$ 3,5 milhões, havia sido adquirido zero-km de uma loja não-oficial.
Em resposta, o influenciador comprou outra Ferrari, uma 488 Spider branca usada, avaliada em R$ 3,5 milhões. “Um favelado não pode ter Ferrari? Comprei outra só pra mostrar que pode. Favelado no topo incomoda!”, escreveu em seu perfil.


7- Ruyter Poubel: influenciador carioca engrossou a lista de “banidos” depois de pintar sua Ferrari F8 Spider Tributo 2023 com o personagem Relâmpago McQueen, do filme Carros. Ruyter publicou que teria recebido uma carta em inglês da Ferrari o proibindo de adquirir outro modelo da marca zero-km, mas depois ficou claro de que se tratava de uma falsa correspondência.
Talvez a “brincadeira” apenas antecipe o que parece ser inevitável: tornar-se mais um da lista de persona non grata e impedido de comprar uma Ferrari nova.


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