A festa do estica e puxa de Donald Trump
Primeiro foram as tarifas recíprocas e agora a polêmica envolvendo uma possível demissão do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell

Donald Trump colocou o mundo para dançar, mas diferente de uma valsa, rock ou pop, o presidente norte-americano encheu a pista ao som da festa do estica e puxa.
Se você não faz parte da geração que curtiu o Show da Xuxa, o refrão da referida música dizia mais ou menos assim: “E todos dançam o pega, estica e puxa e viva a festa da Xuxa…”
Trump se tornou um mestre em esticar cordas que têm feito o mercado financeiro bambear. As tarifas recíprocas, por exemplo, fizeram um barulho tremendo e derrubaram bolsas mundo afora.
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Desde então, uma dezena de parceiros comerciais correram para a mesa de negociações. Trump então puxou a corda de volta.
Ele acabou anunciando uma trégua de 90 dias na qual os países que não retaliaram os EUA receberão uma taxa de 10% sobre os bens importados.
Para a China, a corda continuou esticada até que as tarifas norte-americanas chegassem a 245% no somatório total. E, mais uma vez, Trump puxou a corda.
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"Ninguém acha que o status quo atual seja sustentável", disse ele durante uma reunião com investidores promovida pelo JPMorgan Chase, segundo uma pessoa presente.
A festa do estica e puxa do Trump chegou ao Federal Reserve (Fed).
Nos últimos dias, o republicano e sua equipe andaram sinalizando que Jerome Powell, o chefe do banco central norte-americano, poderia ser convidado a se retirar do cargo — uma demissão sem precedentes na história recente dos EUA.
Mais uma vez, o mercado levou um susto e as bolsas globais voltaram a despencar com toda a força.
Trump puxou a corda — de novo. No início da noite desta terça-feira (22), ele afirmou que não tem intenção de demitir Powell, cujo mandato expira em maio de 2026.
"Nenhuma", disse Trump no Salão Oval, quando questionado sobre a necessidade de esclarecer que não buscava a demissão de Powell. "Nunca busquei."
E todos dançam, o pega, estica e puxa e viva da festa da Xuxa... agora basta saber quem será o próximo a ser tirado para dançar por Trump.
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