Virada à vista na Oncoclínicas (ONCO3): acionistas querem mudanças no conselho em meio à crise
Após pedido da Latache, Oncoclínicas convoca assembleia que pode destituir todo o conselho. Veja a proposta dos acionistas
Depois de um pedido formal da gestora Latache, a Oncoclínicas (ONCO3) colocou na agenda uma assembleia que pode marcar uma virada na governança. Em janeiro, os acionistas deverão decidir se mantêm o atual conselho de administração ou se aceitam uma troca completa do alto escalão da rede de tratamentos oncológicos.
A convocação é resultado de uma solicitação de três fundos geridos pela Latache — Latache IV, Nova Almeida e Latache MHF I — que, juntos, detêm cerca de 14,6% do capital social da empresa.
O grupo pede a destituição de todos os atuais conselheiros e a eleição de um novo colegiado, com mandato unificado de dois anos.
No pedido enviado à companhia, a gestora afirma que a maximização de valor e o retorno aos acionistas devem ser o foco central da Oncoclínicas neste momento.
Segundo a Latache, há “considerável potencial de criação de valor”, especialmente por meio de uma nova composição do conselho que esteja focada em eficiência operacional, redução de custos e fortalecimento da governança.
A assembleia geral extraordinária (AGE) foi marcada para às 9h do dia 7 de janeiro de 2026, na sede da companhia, em São Paulo.
Leia Também
A proposta da Latache para o conselho da Oncoclínicas
Além da destituição do conselho atual, os acionistas irão deliberar sobre o número de membros do novo colegiado, a eleição dos conselheiros, a verificação de independência e a escolha do presidente e do vice-presidente do conselho.
Hoje, o estatuto social da Oncoclínicas prevê um conselho com mínimo de cinco e máximo de 11 integrantes. Atualmente, o colegiado conta com nove cadeiras.
A proposta da Latache é reduzir esse número para sete membros, sob o argumento de maior racionalidade financeira e eficiência decisória.
A gestora também prevê que Marcelo Gasparino da Silva, que já integra o conselho da companhia, assuma a presidência do colegiado. Já o fundador e atual CEO da Oncoclínicas, Bruno Ferrari, passaria a ocupar a vice-presidência do conselho.
A Latache propôs ainda um redesenho gradual da liderança. A ideia é que, no momento em que Ferrari deixar o cargo de diretor-presidente, as posições se invertam: o executivo assumiria a presidência do conselho, enquanto Gasparino desceria para o posto de VP.
Veja os indicados:
- Andreas Ignacio Keller Sarmiento (independente);
- Bruno Lemos Ferrari;
- Eduardo Soares do Couto Filho (independente);
- Marcel Cecchi Vieira (independente);
- Marcelo Curti (independente);
- Marcelo Gasparino da Silva (independente); e
- Sergio Alexandre Figueiredo Clemente (independente).
Quem são os nomes indicados para o novo conselho da Oncoclínicas
- Andreas Keller Sarmiento
Um dos nomes apontados como conselheiro independente é Andreas Ignacio Keller Sarmiento, investidor baseado em Buenos Aires.
Ele é acionista e gestor executivo de empresas dos setores de telecomunicações, energia renovável, reciclagem de biomassa e fintechs, além de já ter atuado como consultor da Apollo Global Management na América Latina.
Sarmiento também fundou a geradora de energia argentina Genneia e comandou a área de corporate and investment banking do Credit Suisse na Argentina, Uruguai e Chicago, além de passagens por Salomon Brothers em Nova York e Londres.
- Bruno Lemos Ferrari
O fundador da Oncoclínicas, Bruno Lemos Ferrari, também integra a chapa proposta pela Latache.
Médico oncologista, ele é diretor-presidente da companhia e já presidiu o conselho de administração entre 2010 e 2021.
Ferrari é membro de entidades relevantes do setor de oncologia no Brasil e no exterior, como a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica e a American Society of Clinical Oncology (ASCO).
- Eduardo Soares do Couto Filho
Outro nome indicado é Eduardo Soares do Couto Filho, advogado com mais de 20 anos de experiência nas áreas societária, consultiva e contenciosa.
Atualmente, ele é vice-presidente jurídico e institucional do Grupo Cedro, holding que detém indiretamente pouco menos de 5% do capital social da Oncoclínicas.
Couto também atua em conselhos de entidades ligadas ao setor industrial e esportivo, com posições no Sindicato das Indústrias Extrativas de Minas Gerais (Sindiextra), Instituto Galo, Museu do Galo e Clube Atlético Mineiro, além de atuar como membro do conselho fiscal do Clube Atlético Mineiro.
- Marcel Cecchi Vieira
Marcel Cecchi Vieira, sócio da Latache Capital, é outro candidato. Ele já foi diretor financeiro (CFO) do Grupo CB e conselheiro do Grupo Casas Bahia.
Vieira ainda chegou a ser sócio da Laplace Finanças, diretor financeiro da Usinas Itamarati e diretor da Andrade Gutierrez Telecomunicações, responsável pela supervisão dos investimentos do grupo em novos negócios, tendo sido do conselheiro da Oi e da Contax.
O executivo também possui passagens por empresas como Andrade Gutierrez Telecomunicações, Angra Partners e Accenture.
- Marcelo Curti
A chapa inclui ainda Marcelo Curti, sócio fundador da Rio Branco Consultores Associados e da MAIOL Assessoria em Gestão Empresarial.
Curti teve uma longa trajetória no Grupo Safra, onde foi diretor estatutário dos bancos Safra e J. Safra, e presidiu o conselho da antiga BCP Telecomunicações, hoje Claro.
Atualmente, é conselheiro fiscal de companhias como Hypera (HYPE3), Rumo (RAIL3), Comgás, Whirlpool e Raízen (RAIZ4).
- Marcelo Gasparino da Silva
Outro indicado é Marcelo Gasparino, que acumula uma vasta experiência em conselhos de grandes companhias brasileiras.
Ele é vice-presidente do conselho da Vale (VALE3), membro de comitês do Banco do Brasil (BBAS3) e já presidiu conselhos de empresas como Usiminas (USIM5) e Eternit (ETER3), além de ter passado por Petrobras (PETR4) e Eletrobras, hoje Axia (AXIA3).
- Sergio Alexandre Figueiredo Clemente
Quem completa a lista é Sérgio Alexandre Figueiredo Clemente, sócio da Latache Capital.
Ex-vice-presidente executivo do Bradesco (BBDC4), Clemente foi responsável por áreas como atacado, private banking, asset management e private equity do banco.
Ele também integra os conselhos da Helbor Empreendimentos (HBIR3) e do Grupo Mateus (GMAT3), além de ter sido conselheiro de empresas como Vale (VALE3) e Guararapes (GUAR3).
Antes ‘dadas como mortas’, lojas físicas voltam a ser trunfo valioso no varejo — e não é só o Magazine Luiza (MGLU3) que aposta nisso
Com foco em experiência, integração com o digital e retorno sobre capital, o Magalu e outras varejistas vêm evoluindo o conceito e papel das lojas físicas para aumentar produtividade, fidelização e eficiência
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]
Depois de despencarem quase 12% nesta terça, ações da Azul (AZUL4) buscam recuperação com otimismo do CEO
John Rodgerson garante fluxo de caixa positivo em 2026 e 2027, enquanto reestruturação reduz dívidas em US$ 2,6 bilhões
Ozempic genérico vem aí? STJ veta prorrogação de patente e caneta emagrecedora mais em conta deve chegar às farmácias em 2026
Decisão do STJ mantém vencimento da patente da semaglutida em março de 2026 e abre espaço para a chegada de versões genéricas mais baratas do Ozempic no Brasil
Por que tantas empresas estão pagando dividendos agora — e por que isso pode gerar uma conta alta para o investidor no futuro
A antecipação de dividendos tomou a B3 após o avanço da tributação a partir de 2026, mas essa festa de proventos pode esconder riscos para o investidor
Cosan (CSAN3) vende fatia da Rumo (RAIL3) e reforça caixa após prejuízo bilionário; ações caem forte na B3
A holding reduziu participação na Rumo para reforçar liquidez, mas segue acompanhando desempenho da companhia via derivativos
Raízen (RAIZ4) recebe mais uma baixa: S&P reduz nota de crédito para ‘BBB-‘, de olho na alavancagem
Os analistas da agência avaliam que a companhia enfrenta dificuldades para reduzir a alavancagem, em um cenário de dívida nominal considerável e queima de caixa
Fim da era Novonor na Braskem (BRKM5) abre oportunidade estratégica que a Petrobras (PETR4) tanto esperava
A saída da Novonor da Braskem abre espaço para a Petrobras ampliar poder na petroquímica. Confira o que diz a estatal e como ficam os acionistas minoritários no meio disso tudo
Fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi finalmente vai sair do papel: veja cronograma da operação e o que muda para acionistas
As ações da Petz (PETZ3) deixarão de ser negociadas na B3 ao final do pregão de 2 de janeiro de 2026, e novas ações ordinárias da Cobasi serão creditadas aos investidores
Adeus, telefone fixo: Vivo anuncia fim de operação e deixa para trás uma história de memória afetiva para milhões de brasileiros
Ao encerrar o regime de concessão do telefone fixo, a Vivo sela o fim de um modelo que moldou a comunicação no Brasil por décadas
Vamos (VAMO3), LOG CP (LOGG3), Blau Farmacêutica (BLAU3) anunciam mais de R$ 500 milhões em dividendos; Rede D´Or (RDOR3) aprova recompra de ações
A LOG fica com a maior parte da distribuição aos acionistas, ou R$ 278,5 milhões; Rede D´Or já havia anunciado pagamento de proventos e agora renova a recompra de ações
Itaúsa (ITSA4) vai bonificar investidor com novas ações; saiba quem tem direito a participar
Quem é acionista da holding vai ganhar 2 ações bônus a cada 100; operação acontece depois do aumento de capital
Casas Bahia (BHIA3) busca fôlego financeiro com nova emissão, mas Safra vê risco para acionistas
Emissão bilionária de debêntures promete reduzir dívidas e reforçar caixa, mas analistas dizem que pode haver uma diluição pesada para quem tem ações da varejista
Banco do Brasil (BBAS3) ou Bradesco (BBDC4)? Um desses bancos está na mira dos investidores estrangeiros
Em roadshow com estrangeiros nos EUA, analistas do BTG receberam muitas perguntas sobre as condições do Banco do Brasil e do Bradesco para 2026; confira
Um novo controlador será capaz de resolver (todos) os problemas da Braskem (BRKM5)? Analistas dizem o que pode acontecer agora
O acordo para a saída da Novonor do controle da petroquímica reacendeu entre os investidores a expectativa de uma solução para os desafios da empresa. Mas só isso será suficiente para levantar as ações BRKM5 outra vez?
Nubank (ROXO34) pode estar ajudando a ‘drenar’ os clientes de Tim (TIMS3) e Vivo (VIVT3); entenda
Segundo a XP, o avanço da Nucel pode estar acelerando a migração de clientes para a Claro e pressionando rivais como Tim e Vivo, o que sinaliza uma mudança mais rápida na dinâmica competitiva do setor
Bradespar (BRAP4) distribui quase R$ 600 milhões em dividendos e JCP; pagamento será feito em duas etapas
Do total anunciado, R$ 330 milhões correspondem aos dividendos e R$ 257 milhões aos juros sobre capital próprio (JCP); Localiza também detalha distribuição de proventos
Falta de luz em SP: Prejuízo a bares, hotéis e restaurantes pode chegar a R$ 100 milhões
Estimativa da Fhoresp é que 5 mil estabelecimentos foram atingidos pelo apagão
Isa Energia (ISAE4) recebe upgrade duplo do JP Morgan depois de comer poeira na bolsa em 2025
Após ficar atrás dos pares em 2025, a elétrica recebeu um upgrade duplo de recomendação. Por que o banco vê potencial de valorização e quais os catalisadores?
Não colou: por que a Justiça barrou a tentativa do Assaí (ASAI3) de se blindar de dívidas antigas do Pão de Açúcar
O GPA informou, nesta segunda (15), que o pedido do Assaí por blindagem contra passivos tributários anteriores à cisão das duas empresas foi negado pela Justiça
