Vale (VALE3) e Samarco enfrentam mais uma ação judicial pelo rompimento da barragem de Mariana, desta vez na Holanda
Ação na justiça holandesa foi impetrada contra as subsidiárias das mineradoras no país europeu; primeira audiência será em 14 de julho

A Fundação Stichting Ações do Rio Doce, que representa vários municípios mineiros e 75 mil atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão, ocorrido em Mariana (MG) em 2015, abriu um processo na justiça da Holanda contra as subsidiárias holandesas da Vale (VALE3) e a Samarco.
A ação judicial foi movida na Holanda com o objetivo de responsabilizar diretamente a Samarco Iron Ore Europe BV e a Vale Holdings BV pelo rompimento da barragem de Fundão em 2015.
Segundo o escritório de advocacia da Fundação Stichting, a escolha da Holanda como local para a ação se deve ao papel da Samarco Iron Ore Europe BV na gestão, comercialização e distribuição do minério de ferro originário do Brasil.
- LEIA MAIS: Hora de ajustar a rota – evento “Onde investir no 2º semestre” vai reunir gigantes do mercado financeiro para revelar oportunidades de investimento
Em comunicado, a Samarco defendeu que o acordo de reparação aprovado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em novembro de 2024 é a ferramenta apropriada para garantir a reparação completa dos prejuízos resultantes do rompimento da barragem de Fundão.
O acordo de reparação na justiça brasileira prevê que a Samarco pague mais de R$ 100 bilhões pelos danos causados com o desastre.
Esse valor deve ser repassado à União (R$ 29,75 bilhões), aos governos de Minas Gerais (R$ 25,12 bilhões) e do Espírito Santo (R$ 14,61 bilhões), às instituições de justiça como Ministérios Públicos e Defensorias Públicas (R$ 1,26 bilhão), entre outras compensações e indenizações.
Leia Também
PRIO (PRIO3): Santander eleva o preço-alvo e vê potencial de valorização de quase 30%, mas recomendação não é tão otimista assim
Estreia na Nyse pode transformar a JBS (JBSS32) de peso-pesado brasileiro a líder mundial
A primeira audiência do caso na Holanda será realizada no dia 14 de julho no Tribunal Distrital de Amsterdã. Trata-se, segundo a Vale, de uma etapa inicial comum a qualquer ação judicial e que não haverá, neste momento, qualquer julgamento de mérito do processo.
A Samarco informou ainda que sua subsidiária na Holanda atua exclusivamente como representante comercial na Europa, Oriente Médio e África, e que não tem qualquer envolvimento nas atividades de mineração da Samarco no Brasil ou no rompimento da barragem de Fundão.
O rompimento da barragem de Fundão
A barragem de Fundão era operada pela mineradora Samarco, uma joint venture entre a Vale e a mineradora anglo-australiana BHP.
Em 5 de novembro de 2015, o colapso da barragem resultou no vazamento de aproximadamente 39 milhões de metros cúbicos de rejeitos. Esses rejeitos percorreram 663 quilômetros pela Bacia do Rio Doce, até atingirem o mar no Espírito Santo.
A tragédia resultou em 19 mortes, além da destruição dos distritos mineiros de Bento Rodrigues e Paracatu. Adicionalmente, impactos ambientais significativos foram observados na Bacia do Rio Doce, com repercussões para as populações de diversas cidades em Minas Gerais e no Espírito Santo.
Em busca de responsabilização internacional, alguns dos afetados pelo desastre, representados por escritórios de advocacia estrangeiros, iniciaram dois processos judiciais fora do país contra as duas empresas controladoras.
O processo contra a BHP, impetrado em um tribunal de Londres pelo escritório de advocacia Pogust-Goodhead (PG), se estendeu de novembro do ano passado a março deste ano, mas ainda não houve decisão.
Embora a Vale tenha sido inicialmente incluída como ré perante a justiça britânica, a mineradora brasileira posteriormente firmou um acordo com a BHP para se retirar do processo. Este acordo implica que a Vale se compromete a cobrir 50% de qualquer indenização que venha a ser estipulada pela corte.
Radar ligado: Embraer (EMBR3) prevê demanda global de 10,5 mil aviões em 20 anos; saiba qual região é a líder
A fabricante brasileira de aviões projeta o valor de mercado de todas as novas aeronaves em US$ 680 bilhões, avanço de 6,25% em relação ao ano anterior
Até o Nubank (ROXO34) vai pagar a conta: as empresas financeiras mais afetadas pelas mudanças tributárias do governo
Segundo analistas, os players não bancários, como Nubank, XP e B3, devem ser os principais afetados pelos novos impostos; entenda os efeitos para os balanços dos gigantes do setor
Dividendo de R$ 1,5 bilhão da Rumo (RAIL3) é motivo para ficar com o pé atrás? Os bancos respondem
O provento representa 70% do lucro líquido do último ano e é bem maior do que os R$ 350 milhões distribuídos na última década. Mas como fica a alavancagem?
O sinal de Brasília que faz as ações da Petrobras (PETR4) operarem na contramão do petróleo e subirem mais de 1%
A Prio e a PetroReconcavo operam em queda nesta quinta-feira (12), acompanhando os preços mais baixos do Brent no mercado internacional
Dia dos Namorados: por que nem a solteirice salva apps de relacionamento como Tinder e Bumble da crise de engajamento
Após a pandemia, dating apps tiveram uma queda grande no número de “pretendentes”, que voltaram antigo método de conhecer pessoas no mundo real
Bradesco (BBDC4) surpreende, mas o pior ficou para trás na Cidade de Deus? Mercado aumenta apostas nas ações e diretor revela o que esperar
Ações disparam após balanço e, dentro da recuperação “step by step”, banco mira retomar níveis de rentabilidade (ROE) acima do custo de capital
Despedida da Wilson Sons (PORT3) da bolsa: controladora registra OPA; veja valor por ação
Os acionistas que detém pelo menos 10% das ações em circulação têm 15 dias para requerer a realização de nova avaliação sobre o preço da OPA
A Vamos (VAMO3) está barata demais? Por que Itaú BBA ignora o pessimismo do mercado e prevê 50% de valorização nas ações
Após um evento com os executivos, os analistas do banco reviram suas premissas e projetam crescimento de lucro para 2025 e 2026
A notícia que derruba a Braskem (BRKM5) hoje e coloca as ações da petroquímica entre as maiores baixas do Ibovespa
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e o empresário Nelson Tanure falaram sobre o futuro da companhia e preocuparam os investidores
T4F (SHOW3) propõe pagar R$ 1,5 milhão para encerrar processo sobre trabalho análogo à escravidão no Lollapalooza, mas CVM rejeita
Em 2023, uma fiscalização identificou que cinco funcionários da Yellow Stripe, contratada da T4F para o festival, estavam dormindo no local em colchonetes de papelão
Em meio ao ânimo com o Minha Casa Minha Vida, CEO da Direcional (DIRR3) fala o que falta para apostar mais pesado na Faixa 4
O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo sobre a Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida, expectativas para a empresa, a Riva, os principais desafios para a companhia e o cenário macro
Petrobras (PETR4) respira: ações resistem à queda do petróleo e seguem entre as maiores altas do Ibovespa hoje
No dia anterior, a estatal foi rebaixada por grandes bancos, que estão de olho das perspectivas para os preços das commodity
AgroGalaxy (AGXY3) reduz prejuízo no 1T25, mas receita despenca 80% em meio à recuperação judicial
Tombo no faturamento decorre do cancelamento da carteira de pedidos da safrinha de milho, tradicionalmente o principal negócio do período para distribuidoras de insumos agrícolas
CEO do BTG Pactual critica aumento de impostos no pacote fiscal de Haddad: ‘Mais areia na engrenagem do Brasil’
Em painel durante evento do mercado financeiro, Roberto Sallouti alerta para os riscos da decisão do governo de aumentar impostos em vez de cortar gastos
ChatGPT apresenta instabilidade generalizada desde a madrugada desta terça-feira (10); entenda
Os produtos da OpenAI estão apresentando falhas tanto pelo site quanto pelo aplicativo móvel do chatbot
GOL (GOLL4): por que nem o fim da recuperação judicial convence o BTG Pactual? Banco ainda recomenda a venda das ações
Empresa enfrentará um aumento de capital que diluirá significativamente os atuais acionistas, e a Abra passará a deter 80% da Gol
Com ações dobrando de valor, Tenda (TEND3) levanta R$ 43 milhões com liquidação derivativos e aprova recompra
A empresa afirma que o movimento de liquidação dos derivativos reduz chance de diluição dos acionistas e surfa bom momento para os papéis na bolsa
A Eletrobras não deu sorte: quem são os culpados pelo desempenho “xoxo” de ELET3 passados três anos da privatização?
Três anos depois da privatização, as ações ordinárias da Eletrobras (ELET3) estão praticamente no zero a zero. O que explica o desempenho e o que esperar agora?
No Banco do Brasil (BBAS3), inteligência artificial dará dica da melhor linha de crédito para os clientes; saiba como vai funcionar
Essa é a primeira aplicação de IA generativa na interação com pessoas físicas do BB, que vê chance de provisões diminuírem com o uso da tecnologia
iOS 26: o que está por trás do novo sistema da Apple que promete surpreender usuários
O sistema aposta em design repaginado, ferramentas para chamadas e mensagens, e melhorias de acessibilidade.