Subsidiária da Raízen (RAIZ4) emite US$ 750 milhões em dívida no exterior como parte de estratégia para aliviar Cosan (CSAN3)
A Raízen Fuels Finance, fará a oferta de US$ 750 milhões em notes com vencimento em 2032 e cupom de 6,25%.

Na última quinta-feira (26), a Raízen (RAIZ4) anunciou que sua subsidiária, Raízen Fuels Finance, fará a oferta de US$ 750 milhões em notes, títulos de dívida emitidos no mercado internacional, com vencimento em 2032 e cupom (ou pagamento de juros anual ou semestral) de 6,25%.
Em fevereiro deste ano, a companhia já havia emitido dois bonds, que somaram US$ 1,75 bilhão. As emissões, com vencimentos de longo prazo, têm prazos de 12 e 30 anos.
Essa movimentação está alinhada com o plano de Rubens Ometto, CEO da Cosan (CSAN3) — holding controladora da Raízen —, de alongar a dívida da empresa.
A estratégia envolve a emissão de novos papéis com prazos mais longos para repagar dívidas com vencimentos mais próximos. Como exemplo, a empresa recomprou US$ 342 milhões em títulos com vencimento em 2027, em fevereiro deste ano.
- LEIA TAMBÉM: Onde investir no 2º semestre de 2025? Evento gratuito do Seu Dinheiro reúne as melhores recomendações de ações, FIIs, BDRs, criptomoedas e renda fixa
A situação da Cosan, controladora da Raízen
A Cosan vem enfrentando problemas com o endividamento nos últimos trimestres. A companhia entrou 2025 com a missão de deixar seu balanço e de sua controladora, a Cosan, mais saudáveis. Isso engloba, além de mexer no perfil da dívida, um enxugamento operacional.
Nos primeiros três meses deste ano, a holding reportou um prejuízo líquido de R$ 1,78 bilhão — bem maior do que o registrado no mesmo período do ano anterior, quando as perdas ficaram em R$ 192 milhões. Basicamente, o rombo aumentou em mais de 850% na comparação anual.
Leia Também
A dívida líquida ao final do mês de março foi de R$ 17,5 bilhões, cerca de R$ 6 bilhões menor no comparativo ano a ano — em razão da entrada do recurso da venda das ações da Vale (VALE3). A alavancagem ajustada pró-forma da holding fechou o trimestre em 2,8 vezes.
Diante disso, na visão de analistas do BTG Pactual, se a Cosan não conseguir equilibrar o custo das obrigações financeiras com o caixa das subsidiárias, a dívida continuará a crescer e a corroer ainda mais o valor do patrimônio líquido.
Com uma estimativa de encargos anuais de dívida em torno de R$ 3,5 bilhões a R$ 4 bilhões e uma entrada estimada de dividendos entre R$ 2,5 bilhões a R$ 3 bilhões, a Cosan está correndo contra o relógio. Sem falar nas despesas administrativas da holding, que também consomem cerca de R$ 400 a 500 milhões por ano.
Entenda a emissão de Bonds da subsidiária da Raízen
“As notes serão distribuídas em operações isentas de registro nos Estados Unidos para investidores institucionais qualificados, conforme definidos na “Rule 144A” do Securities Act, e para cidadãos não norte-americanos domiciliados fora dos Estados Unidos, em conformidade com a “Regulation S” do Securities Act (“Oferta”)”, diz a empresa em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Isso significa que os notes não precisam ser registrados na Securities and Exchange Commission (SEC, a CVM norte-americana).
Em geral, quando uma empresa emite títulos, ela precisa fazer esse registro, mas há exceções, como no caso desta emissão.
A "Rule 144A" é uma regulamentação dos Estados Unidos que permite a distribuição de títulos a investidores institucionais qualificados (como fundos de pensão, bancos e outros grandes investidores) sem a necessidade de registro na SEC.
Ou seja, os notes serão vendidos apenas para esses investidores, que são considerados qualificados por sua experiência e capacidade financeira.
Já a “Regulation S” estabelece as regras para a oferta de títulos a investidores fora dos Estados Unidos, permitindo que cidadãos estrangeiros que não moram nos EUA comprem os notes sem que isso precise de registro na SEC. Isso facilita a venda desses títulos para investidores internacionais.
A empresa ainda destacou que: “o rating da oferta seguiu a mesma avaliação da Raízen (BBB pela Fitch e S&P, em escala internacional), com Grau de Investimento”.
Isso significa que os notes da Raízen receberam uma classificação de risco "BBB", a mesma que a companhia, o que é considerado um grau de investimento.
Cabe ressaltar, no entanto, que esse é o grau de investimento mais baixo. Essa é a nota mínima necessária para que os títulos sejam classificados dessa forma e, portanto, fiquem acessíveis para a maioria dos investidores institucionais que geralmente só compram títulos com grau de investimento.
Em outras palavras, a empresa ou título possui um risco relativamente moderado e é considerado mais seguro do que títulos de grau especulativo — que recebem notas de “BB” para baixo.
ESG ainda não convence gestores multimercados, mas um segmento é exceção
Mesmo em alta na mídia, sustentabilidade ainda não convence quem toma decisão de investimento, mas há brechas de oportunidade
Méliuz diz que está na fase final para listar ações nos EUA; entenda como vai funcionar
Objetivo é aumentar a visibilidade das ações e abrir espaço para eventuais operações financeiras nos EUA, segundo a empresa
Governo zera IPI para carros produzidos no Brasil que atendam a quatro requisitos; saiba quais modelos já se enquadram no novo sistema
Medida integra programa nacional de descarbonização da frota automotiva do país
CVM adia de novo assembleia sobre fusão entre BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3); ações caem na B3
Assembleia da BRF que estava marcada para segunda-feira (14) deve ser adiada por mais 21 dias; transação tem sido alvo de críticas por parte de investidores, que contestam o cálculo apresentado pelas empresas
Telefônica Brasil (VIVT3) compra fatia da Fibrasil por R$ 850 milhões; veja os detalhes do acordo que reforça a rede de fibra da dona da Vivo
Com a operação, a empresa de telefonia passará a controlar 75,01% da empresa de infraestrutura, que pertencia ao fundo canadense La Caisse
Dividendos e JCP: Santander (SANB11) vai distribuir R$ 2 bilhões em proventos; confira os detalhes
O banco vai distribuir proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio, com pagamento programado para agosto
Moura Dubeux (MDNE3) surpreende com vendas recordes no 2T25, e mercado vê fôlego para mais crescimento
Com crescimento de 25% nas vendas líquidas, construtora impressiona analistas de Itaú BBA, Bradesco BBI, Santander e Safra; veja os destaques da prévia
Justiça barra recurso da CSN (CSNA3) no caso Usiminas (USIM5) e encerra mais um capítulo da briga, diz jornal; entenda o desfecho
A disputa judicial envolvendo as duas companhias começou há mais de uma década, quando a empresa de Benjamin Steinbruch tentou uma aquisição hostil da concorrente
A Petrobras (PETR4) vai se dar mal por causa de Trump? Entenda o impacto das tarifas para a estatal
A petroleira adotou no momento uma postura mais cautelosa, mas especialistas dizem o que pode acontecer com a companhia caso a taxa de 50% dos EUA entre em vigor em 1 de agosto
Nem toda boa notícia é favorável: entenda por que o UBS mudou sua visão sobre Itaú (ITUB4), mesmo com resultados fortes
Relatório aponta que valorização acelerada da ação e preço atual já incorporam boa parte dos ganhos futuros do banco
Azul (AZUL4) dá mais um passo na recuperação judicial e consegue aprovação de petições nos EUA
A aérea tem mais duas audiências marcadas para os dias 15 e 24 de julho que vão discutir pontos como o empréstimo DIP, que soma US$ 1,6 bilhão
A acusação séria que fez as ações da Suzano (SUZB3) fecharem em queda de quase 2% na bolsa
O Departamento do Comércio dos EUA identificou que a empresa teria exportado mercadorias com preço abaixo do normal por quase um ano
Uma brasileira figura entre as 40 maiores empresas com bitcoin (BTC) no caixa; confira a lista
A empresa brasileira tem investido pesado na criptomoeda mais valiosa do mundo desde março deste ano
Em um bom momento na bolsa, Direcional (DIRR3) propõe desdobramento de ações. Veja como vai funcionar
A proposta será votada em assembleia no dia 30 de julho, e a intenção é que o desdobramento seja na proporção de 1 para 3
Nvidia (NVDA34) é tetra: queridinha da IA alcança a marca inédita de US$ 4 trilhões em valor de mercado
A fabricante de chips já flertava com a cifra trilionária desde a semana passada, quando superou o recorde anteriormente estabelecido pela Apple
Cyrela (CYRE3) quase triplica valor de lançamentos e avança no MCMV; BTG reitera compra — veja destaques da prévia do 2T25
Na visão do banco, as ações são referência no setor, mesmo com um cenário macro adverso para as construtoras menos expostas ao Minha Casa Minha Vida
Ações da Braskem (BRKM5) saltam mais de 10% na bolsa brasileira com PL que pode engordar Ebitda em até US$ 500 milhões por ano
O que impulsiona BRKM5 nesta sessão é a aprovação da tramitação acelerada de um programa de incentivos para a indústria petroquímica; entenda
Tenda (TEND3): prévia operacional do segundo trimestre agrada BTG, que reitera construtora como favorita do setor, mas ação abre em queda
De acordo com os analistas do BTG, os resultados operacionais foram positivos e ação está sendo negociada a um preço atrativo; veja os destaques da prévia o segundo trimestre
Mais um acionista da BRF (BRFS3) pede a suspensão da assembleia de votação da fusão com a Marfrig (MRFG3). O que diz a Previ?
A Previ entrou com um agravo de instrumento na Justiça e com um pedido de arbitragem para contestar a relação de troca proposta, segundo jornal
Jeff Bezos vende mais US$ 666 milhões em ações da Amazon (AMZN34); saiba para onde está indo esse dinheiro
Fundador da Amazon já se desfez de quase 3 milhões de papéis só em julho; bilionário planeja vender cerca de 25 milhões de ações até maio de 2026