Sem OPA na Oncoclínicas (ONCO3): Empresa descarta necessidade de oferta pelas ações dos minoritários após reestruturação societária
Minoritários pediram esclarecimentos sobre a falta de convocação de uma OPA após o Fundo Centaurus passar a deter uma fatia de 16,05% na empresa em novembro de 2024
Após questionamentos levantados por acionistas minoritários, a Oncoclínicas (ONCO3) foi à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informar ao mercado que não vê necessidade de uma oferta pública de aquisição de ações (OPA).
Na semana passada, minoritários representados pela Associação Brasileira de Investimento, Crédito e Consumo (Abraicc) pediram esclarecimentos sobre a falta de convocação de uma OPA após o Fundo Centaurus passar a deter uma fatia de 16,05% no grupo de oncologia em novembro de 2024.
A participação majoritária da gestora de private equity Centaurus Capital foi revelada após uma reorganização societária conduzida pelo banco Goldman Sachs.
- VEJA MAIS: Saiba como entrar para o clube de investidores do Seu Dinheiro de forma gratuita e fique por dentro de tudo que acontece no mercado financeiro
A reorganização acionária do Goldman Sachs
Antes da reestruturação, a composição acionária da Oncoclínicas (ONCO3) mostrava que o Goldman Sachs detinha pouco mais de 36% do capital da empresa.
Com a reorganização anunciada em novembro, dois fundos de investimento do banco norte-americano, que investem em ações da ONCO3, passaram a deter cerca de 20% do capital social da rede de tratamento oncológico.
Por outro lado, a Centaurus, que já era acionista da empresa há quase uma década por meio de uma participação indireta e representada dentro da fatia do Goldman, assumiu diretamente 16% do negócio.
Leia Também
BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira
Vem OPA?
No entendimento da Abraicc, a reorganização societária poderia ter ativado o mecanismo de poison pill (pílula de veneno, em tradução literal), conforme previsto no estatuto da Oncoclínicas (ONCO3).
De acordo com uma das seções do estatuto, é obrigatória a realização de uma OPA sempre que um investidor adquira uma participação acionária igual ou superior a 15% das ações emitidas pela ONCO3. O investidor teria um prazo máximo de 60 dias a partir da data do evento para cumprir esta obrigatoriedade.
Leia também:
- Por trás da disparada das ações da Oncoclínicas (ONCO3), gestora de “situações especiais” abocanha nova fatia na empresa
- Reportagem especial: Sócio polêmico, alto endividamento, possível risco no caixa: por que a Oncoclínicas (ONCO3) cai 90% desde o IPO e o que esperar da ação
Acontece que o estatuto da Oncoclínicas também determina que essa situação não se aplica na hipótese de a participação de 15% ser adquirida como resultado de uma reorganização societária dentro do mesmo grupo econômico.
Dado que a reorganização resultou em uma participação de 16% pela Centaurus, que não faz parte do grupo econômico do Goldman Sachs, surgiram dúvidas sobre a obrigatoriedade da gestora de lançar uma oferta para os acionistas minoritários.
“Até onde se sabe, cuida-se de uma instituição independente e autônoma, que não integra o grupo econômico do Goldman Sachs, do Master e de qualquer outro acionista relevante da companhia. Igualmente, não se trata de entidade controladora, controlada ou sob controle comum de qualquer acionista relevante da Oncoclínicas”, destacou a Abraicc na notificação enviada à Oncoclínicas, a qual o Seu Dinheiro teve acesso.
A Oncoclínicas chegou a solicitar esclarecimentos ao Goldman Sachs e à Centaurus na reorganização societária em questão, incluindo questionamento específico sobre o eventual atingimento do gatilho da OPA, mas concluiu que nada indicava que a gestora estivesse obrigada a lançar a oferta.
“Para evitar dúvidas, a Oncoclínicas esclarece que, ainda que a Centaurus — ou qualquer outro acionista —- estivesse obrigada a lançar a OPA, não caberia à administração da companhia “convocar a OPA”. Isso porque as providências para o lançamento da OPA cabem ao seu ofertante, e não à companhia”, escreveu a empresa, em comunicado enviado à CVM.
De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário
A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho
Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão
Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial
Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA
A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista
Opportunity acusa Ambipar (AMBP3) de drenar recursos nos EUA com recuperação judicial — e a gestora não está sozinha
A gestora de recursos a acusa a Ambipar de continuar retirando recursos de uma subsidiária nos EUA mesmo após o início da RJ
Vivara (VIVA3) inicia novo ciclo de expansão com troca de CEO e diretor de operações; veja quem assume o comando
De olho no plano sucessório para acelerar o crescmento, a rede de joalherias anunciou a substituição de sua dupla de comando; confira as mudanças
Neoenergia (NEOE3), Copasa (CSMG3), Bmg (BMGB4) e Hypera (HYPE3) pagam juntas quase R$ 1,7 bilhão em dividendos e JCP
Neoenergia distribui R$ 1,084 bilhões, Copasa soma R$ 338 milhões, Bmg paga R$ 87,7 milhões em proventos e Hypera libera R$ 185 milhões; confira os prazos
A fome pela Petrobras (PETR4) acabou? Pré-sal é o diferencial, mas dividendos menores reduzem apetite, segundo o Itaú BBA
Segundo o banco, a expectativa de que o petróleo possa cair abaixo de US$ 60 por barril no curto prazo, somada à menor flexibilidade da estatal para cortar capex, aumentou preocupações sobre avanço da dívida bruta
Elon Musk trilionário? IPO da SpaceX pode dobrar o patrimônio do dono da Tesla
Com avaliação de US$ 1,5 trilhão, IPO da SpaceX, de Elon Musk, pode marcar a maior estreia da história
Inter mira voo mais alto nos EUA e pede aval do Fed para ampliar operações; entenda a estratégia
O Banco Inter pediu ao Fed autorização para ampliar operações nos EUA. Entenda o que o pedido representa
As 8 ações brasileiras para ficar de olho em 2026, segundo o JP Morgan — e 3 que ficaram para escanteio
O banco entende como positivo o corte na taxa de juros por aqui já no primeiro trimestre de 2026, o que historicamente tende a impulsionar as ações brasileiras
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento
Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027
Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira
Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos
A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas
Cade aprova fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi com exigência de venda de lojas em SP
A união das operações cria a maior rede pet do Brasil. Entenda os impactos, os “remédios” exigidos e a reação da concorrente Petlove
Crise nos Correios: Governo Lula publica decreto que abre espaço para recuperação financeira da estatal
Novo decreto permite que estatais como os Correios apresentem planos de ajuste e recebam apoio pontual do Tesouro
Cyrela (CYRE3) propõe aumento e capital e distribuição bilionária de dividendos, mas ações caem na bolsa: o que aconteceu?
A ideia é distribuir esses dividendos sem comprometer o caixa da empresa, assim como fizeram a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, e a Localiza, locadora de carros (RENT3)
Telefônica Brasil (VIVT3) aprova devolução de R$ 4 bilhões aos acionistas e anuncia compra estratégica em cibersegurança
A Telefônica, dona da Vivo, vai devolver R$ 4 bilhões aos acionistas e ainda reforça sua presença em cibersegurança com a compra da CyberCo Brasil
