Prio (PRIO3) é eleita a favorita do setor pelo Itaú BBA mesmo com queda no preço do petróleo; entenda as razões para a escolha
O banco reafirmou a recomendação de compra para as ações PRIO3 e estabeleceu um novo preço-alvo para o papel na esteira da aquisição da totalidade do campo de Peregrino

A aquisição dos 60% remanescentes do campo de Peregrino foi suficiente para levar o Itaú BBA a revisar o preço-alvo das ações da Prio (PRIO3) nesta sexta-feira (27). Segundo o banco, esse é um negócio rentável mesmo em um cenário conservador de preço do petróleo, estimado em cerca de US$ 60 o barril.
A aquisição total do campo de Peregrino está estimada em US$ 2,3 bilhões, que serão pagos ao longo de 2026.
A tese dos analistas Monique Martins e Eric de Mello é de que a Prio é extremamente eficiente: o ponto de equilíbrio está no petróleo cotado a US$ 35 por barril, o que garante resiliência mesmo em momentos de queda nos preços da commodity.
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“A Prio segue sendo nossa top pick no setor de óleo e gás. A aquisição de Peregrino pode transformar o perfil de produção e caixa da companhia. Mesmo em um ambiente de petróleo mais fraco, a empresa segue como uma geradora robusta de caixa”, afirmam os analistas no relatório.
O Itaú BBA atualizou o preço-alvo da ação de R$ 56 para R$ 62 até o fim de 2025, mantendo a recomendação de “outperform” (equivalente a compra), com potencial de valorização de quase 42% até o fim de 2025.
Campo de Peregrino: Prio tem caixa com folga
O Itaú BBA projeta que o custo operacional (opex) do campo de Peregrino gira em torno de US$ 550 milhões por ano. Segundo a Prio, o objetivo é reduzir esse custo para US$ 250 milhões anuais a partir de 2027.
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Os planos para a diminuição das despesas do ativo incluem a troca de geradores a diesel por gás natural (redução de US$ 120 milhões), o fim do contrato com flotel (menos US$ 80 milhões) e a redução de despesas administrativas (corte de US$ 100 milhões).
Mesmo com um cenário mais conservador, considerando um opex de US$ 300 milhões, o ativo ainda gera caixa com folga.
Na conta do BBA, mesmo com os pagamentos bilionários em 2026, o retorno de caixa para o acionista (FCFE Yield) em 2025 deve ser de 10%, e atingir 33% em 2027. Já em 2026, o número deve ficar negativo em 11% devido ao impacto da aquisição de Peregrino.
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Os analistas também destacam que, mesmo com o petróleo a US$ 60 o barril, a Prio entrega um retorno de caixa para o acionista de 18% em 2026, o que “demonstra sua resiliência”.
Com a adição do campo de Peregrino ao portfólio, a Prio espera saltos expressivos na produção de barris por dia (bpd) nos próximos anos:
- 2025: 110 mil bpd
- 2026: 188 mil bpd
- 2027: 212 mil bpd
A estimativa de produção leva em consideração a entrada do campo de Peregrino, Wahoo (esperada para abril de 2026) e as atividades em Frade, Polvo e Albacora Leste.
Principais riscos da tese
É claro que há riscos à tese otimista do Itaú BBA. A primeira delas é a execução da integração do Peregrino, especialmente em relação à entrega das reduções de custos prometidas.
O relatório destaca que o sucesso da tese depende da redução agressiva dos custos operacionais no campo de Peregrino. Caso essas reduções não sejam entregues, o retorno projetado sobre o investimento pode ser comprometido.
Outro fator destacado pelo banco é a volatilidade no preço do petróleo, que impacta diretamente as margens e o fluxo de caixa. A Prio é uma empresa 100% exposta ao petróleo Brent, e uma queda acentuada e persistente no preço do barril comprometeria a geração de caixa e a viabilidade econômica dos projetos nos ativos.
Por fim, o BBA alerta que problemas com o licenciamento ambiental — necessários para a perfuração, reinjeção e operação das unidades — podem atrasar a produção em campos como Wahoo e Albacora.
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