Prejuízo da Natura diminui, mas bancos ainda não ‘colocam a mão no fogo’ pelas ações NTCO3
Os papéis da companhia estiveram entre as maiores altas do Ibovespa nesta terça-feira, mas desempenho não é suficiente para convencer os grandes bancos

Depois de todo o vaivém em busca dos tempos áureos, a Natura (NTCO3) ainda não voltou ao lucro, mas conseguiu reduzir as perdas no primeiro trimestre do ano: o prejuízo líquido chegou a R$ 150,7 milhões, o que representa uma queda de 83,9% ante prejuízo líquido do mesmo período de 2024.
E parece que o desempenho foi o suficiente para agradar os investidores — mas não os grandes bancos. As ações NTCO3 apareceram entre as maiores altas do Ibovespa nesta terça-feira (13). Por volta de 16h35, as ações subiam 6,07%, cotadas a R$ 9,97.
O resultado vem depois que a Natura&Co aprovou o processo de incorporação da Natura&Co e da Natura Cosméticos. Vale lembrar que a companhia ainda precisa dar um destino para a Avon, hoje uma pedra no sapato do grupo.
- VEJA MAIS: Calendário de resultados desta semana inclui Banco do Brasil, BRF, Cosan e outras empresas; acompanhe a cobertura completa de balanços
Silvia Villas Bôas, diretora financeira da Natura, comentou sobre as mudanças recentes da empresa. Segundo ela, a expansão de margem em todos os países da América Latina nos primeiros três meses do ano reforça o potencial da “onda 2”, um plano de simplificação da empresa.
“Mesmo com a volatilidade da margem bruta, queremos reduzir a oscilação da margem Ebitda ao longo dos trimestres”, afirmou.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente da Natura chegou a R$ 789,5 milhões entre janeiro e março deste ano, um aumento de 30,1% em relação ao mesmo período do ano passado e acima dos R$ 623 milhões esperados por analistas ouvidos pela LSEG.
Leia Também
A empresa apurou uma receita líquida de R$ 6,68 bilhões nos três meses iniciais de 2025, montante alinhado à expectativa do mercado, de R$ 6,56 bilhões, a LSEG.
A operação na América Latina respondeu por uma alta de 12,3% na receita na comparação anual, enquanto a Avon International manteve estabilidade frente ao mesmo período de 2024.
O desempenho da Natura América Hispânica foi o principal destaque, com avanço de 38,4%, puxado pelo forte crescimento no México e na Argentina. Excluindo a Argentina, o crescimento da região seria de cerca de 15%. No Brasil, a marca Natura teve alta de 8,2%, refletindo ganhos de produtividade.
- VEJA TAMBÉM Com Selic a 14,75% ao ano, ‘é provável que tenhamos alcançado o fim do ciclo de alta dos juros’, defende analista – a era das vacas gordas na renda fixa vai acabar?
Mas, mesmo com esse cenário, Silvia Villas Bôas acredita que o Brasil deve continuar operando com aperto nas margens em relação à média latina.
A margem bruta consolidada da companhia chegou a 66,3% no primeiro trimestre, um avanço de 1,1 ponto percentual (p.p.) na base anual.
Bancos ainda não colocam a mão no fogo pelas ações da Natura
Mesmo com a redução das perdas no trimestre, a Natura anunciou um corte significativo no quadro de funcionários, uma mudança que afetará 1.100 colaboradores — ou 25% do total —, além de ações agressivas de corte de custos.
Ainda assim, o BTG Pactual e o Goldman Sachs mantêm recomendação neutra para as ações da companhia.
Para o Goldman Sachs, a tendência tanto da receita como a da lucratividade na América Latina vieram acima das projeções do Goldman Sachs, mas não é o suficiente para colocar os papéis na carteira agora. O banco estabeleceu R$ 12 como o preço-alvo para as ações da companhia.
- E MAIS: Temporada de balanços do 1T25 - confira em quais ações vale a pena investir
“Na nossa visão, uma recuperação mais sustentável das ações só será possível quando os investidores tiverem maior clareza quanto à sustentabilidade dos níveis de margem bruta na América Latina, assim como sobre a tendência de geração de caixa”, ressaltam os analistas do Goldman Sachs.
Já o BTG Pactual considera que o trimestre foi um descanso após a tempestade, com destaque positivo para as vendas da marca na América Latina, que compensaram a continuidade da fraqueza na Avon e o aumento das despesas com vendas.
Os analistas do BTG, no entanto, pontuam que, desde que rebaixaram a recomendação da Natura três anos atrás, ainda acreditam que a alta alavancagem em um ambiente de juros elevados e as dificuldades na reestruturação da Avon afetam os papéis da empresa de perfumes.
Com isso, o banco também manteve a recomendação neutra, sem alterações no preço-alvo de R$ 18 para dezembro deste ano.
*Com informações do Money Times
Banco do Brasil (BBAS3) cai mais de 5% e Ibovespa recua 2,1% em dia de perdas generalizadas; dólar sobe a R$ 5,509
Apenas cinco ações terminaram o pregão desta terça-feira (19) no azul no Ibovespa; lá fora, o Dow Jones renovou recorde intradia com a ajuda de balanços, enquanto o Nasdaq foi pressionado pelas fabricantes de chip
Banco do Brasil (BBAS3) numa ponta e Itaú (ITUB4) na outra: após resultados do 2T25, o investidor de um destes bancos pode se decepcionar
Depois dos resultados dos grandes bancos no último trimestre, chegou a hora de saber o que o mercado prevê para as instituições nos próximos meses
Do fiasco do etanol de segunda geração à esperança de novo aporte: o que explica a turbulenta trajetória da Raízen (RAIZ4)
Como a gigante de energia foi da promessa do IPO e da aposta do combustível ESG para a disparada da dívida e busca por até R$ 30 bilhões em capital
Cade aceita participação da Petrobras (PETR4) em negociações de ações da Braskem (BRKM5), diz jornal
De acordo com jornal Valor Econômico, a estatal justificou sua intervenção ao alegar que não foi notificada da intenção de venda
Petrobras (PETR4) joga balde de água fria em parceria com a Raízen (RAIZ4)
Em documento enviado à CVM, a estatal nega interesse em acordo com a controlada da Cosan, como indicou o jornal O Globo no último sábado (16)
David Vélez, CEO do Nubank (ROXO34), vende US$ 435,6 milhões em ações após resultados do 2T25; entenda o que está por trás do movimento
A liquidação das 33 milhões de ações aconteceu na última sexta-feira (15), segundo documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA
Lucro da XP (XPBR31) sobe a R$ 1,3 bilhão no 2T25, mas captação líquida despenca 70% em um ano
A XP teve um lucro líquido de R$ 1,32 bilhão no segundo trimestre de 2025, um crescimento de 18% na base anual; veja os destaques do resultado
Copel (CPLE6) marca assembleia sobre migração para o Novo Mercado; confira a data
Além da deliberação sobre o processo de mudança para o novo segmento da bolsa brasileira, a companhia também debaterá a unificação das ações
Banco Central aciona alerta de segurança contra possível ataque envolvendo criptoativos
Movimentações suspeitas com USDT no domingo gerou preocupações no BC, que orientou empresas de pagamento a reforçarem a segurança
Credores da Zamp (ZAMP3) dão luz verde para a OPA que vai tirar a dona do Burger King da bolsa
A oferta pública de aquisição de ações ainda precisa da adesão de dois terços dos acionistas minoritários
Raízen (RAIZ4) dispara 10% após notícias de possível retorno da Petrobras (PETR4) ao mercado de etanol
Segundo O Globo, entre as possibilidade estão a separação de ativos, acordos específicos de gestão ou a compra de ativos isolados
Com salto de 46% no lucro do segundo trimestre, JHSF (JHSF3) quer expandir aeroporto executivo; ações sobem na B3
A construtora confirmou que o novo projeto foi motivado pelos bons resultados obtidos entre abril e junho deste ano
Prio (PRIO3) anuncia paralisação de plataforma no campo de Peregrino pela ANP; entenda os impactos para a petroleira
A petroleira informou que os trabalhos para os ajustes solicitados levarão de três a seis semanas para serem cumpridos
Hora de dar tchau: GPA (PCAR3) anuncia saída de membros do conselho fiscal em meio a incertezas na liderança
Saídas de membros do conselho e de diretor de negócios levantam questões sobre a direção estratégica do grupo de varejo
Entre flashes e dívidas, Kodak reaparece na moda analógica mas corre o risco de ser cortada do mercado
Empresa que imortalizou o “momento Kodak” enfrenta nova crise de sobrevivência
Presidente do Banco do Brasil (BBAS3) corre risco de demissão após queda de 60% do lucro no 2T25? Lula tem outro culpado em mente
Queda de 60% no resultado do BB gera debate, mas presidente Tarciana Medeiros tem respaldo de Lula e minimiza pressão por seu cargo
Compra do Banco Master pelo BRB vai sair? Site diz que Banco Central deve liberar a operação nos próximos dias
Acordo de R$ 2 bilhões entre bancos avança no BC, mas denúncias de calote e entraves judiciais ameaçam a negociação
Petrobras (PETR4) avalia investimento na Raízen (RAIZ4) e estuda retorno ao mercado de etanol, diz jornal
Estatal avalia compra de ativos ou parceria com a joint venture da Cosan e Shell; decisão final deve sair ainda este ano
Dividendos e JCP: Vulcabras (VULC3) vai distribuir R$ 400 milhões em proventos; confira os prazos
A empresa de calçados vai distribuir proventos aos acionistas na forma de dividendos, com pagamento programado somente para este ano
Gol (GOLL54) segue de olho em fusão com a Azul (AZUL4), mas há condições para conversa entre as aéreas
A sinalização veio após a Gol divulgar resultados do segundo trimestre — o primeiro após o Chapter 11 — em que registrou um prejuízo líquido de R$ 1,532 bilhão