Por que o Mercado Livre (MELI34) vai investir R$ 34 bilhões no Brasil em 2025? Aporte só não é maior que o de Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3)
Com o valor anunciado pela varejista online, seria possível comprar quatro vezes Magalu, Americanas e Casas Bahia juntos; conversamos com o vice-presidente e líder do Meli no Brasil para entender o que a empresa quer fazer com essa bolada

O número anunciado pelo Mercado Livre (MELI34) impressiona: R$ 34 bilhões em investimentos no Brasil somente neste ano. Para se ter uma ideia, com este valor seria possível comprar todas as ações da Raia Drogasil (RADL3), com market cap de R$ 33,18 bilhões na última semana.
Se preferir focar no setor de comércio eletrônico, mercado em que o Meli nada de braçada, seria possível comprar quatro vezes Magazine Luiza (MGLU3, R$ 6,46 bilhões), Americanas (AMER3, R$ 1,12 bilhão) e Casas Bahia (BHIA3, R$ 618 milhões), conforme dados da plataforma Elos Ayta de 8 de abril.
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Para focar apenas em investimentos mesmo, o montante anunciado pelo Mercado Livre só não é maior do que os prometidos por duas gigantes: Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3).
A petroleira deve investir US$ 18,5 bilhões neste ano, ou cerca de R$ 109 bilhões na cotação atual. A mineradora, por sua vez, planeja investimentos da ordem de US$ 5,9 bilhões (R$ 34,8 bilhões).
Considerando apenas as dez maiores empresas da B3, tirando os bancos, os aportes também ficam comendo poeira. Weg (WEGE3) estima investir R$ 2,6 bilhões em 2025. Ambev (ABEV3) afirma que não divulga o número deste ano, mas diz ter investido mais de R$ 3 bilhões no Brasil nos últimos cinco anos. JBS (JBSS3) diz que “não divulga informações detalhadas sobre os investimentos realizados em cada país onde opera”.
Outras empresas de grande porte que anunciaram investimentos recentemente, para efeito de comparação, foram Suzano (SUZB3, R$ 12,4 bilhões), Klabin (KLBN11, R$ 3,3 bilhões) e Embraer (EMBR3, R$ 2 bilhões).
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Entre gigantes internacionais, podemos citar algumas com aporte para múltiplos anos. É o caso da Claro, que anunciou investimento de R$ 40 bilhões no país em cinco anos; Stellantis, com R$ 30 bilhões até 2030; Enel, com R$ 25,3 bilhões em três anos; e Microsoft, com R$ 14,7 bilhões também em três anos.
Os R$ 34 bi do Mercado Livre representam um crescimento de 47,8% em relação aos investimentos de 2024, quando foram destinados cerca de R$ 23 bilhões. É o oitavo ano seguido em que a empresa anuncia o aumento de recursos destinados ao país, tendo totalizado R$ 113 bilhões investidos no Brasil desde 2018.
E o que o Mercado Livre espera fazer com tanto dinheiro?
Em seu comunicado à imprensa, o Mercado Livre deixa um certo suspense no ar ao falar do destino de tão vultoso investimento: “(...) a companhia irá destinar R$ 34 bilhões para investimentos em logística, tecnologia para e-commerce e serviços financeiros, programas de loyalty e entretenimento, além de ações de marketing e contratação de novos funcionários.”
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Questionado pelo Seu Dinheiro, Fernando Yunes, Vice-Presidente Sênior e Líder do Mercado Livre no Brasil, também evita uma resposta direta: “Este número divulgado representa o valor que o Mercado Livre considera necessário para entregar seu plano de negócios para o ano, somado a uma parcela das despesas operacionais que estão associadas ao desenvolvimento das prioridades de negócios da companhia.”
Sim, o montante anunciado corresponde ao investimento da empresa em bens de capital, além de uma parcela das despesas operacionais — que a empresa também não detalha de quanto seria.
Em meio a tanto mistério, o que sabemos:
- No caso da ampliação do quadro de funcionários, a perspectiva da empresa é criar cerca de 14 mil empregos até o final de 2025, chegando ao final do ano com mais de 50 mil funcionários no país.
- Atualmente, a empresa conta com 16 Centros de Distribuição Fulfillment. Até o final de 2025, o Mercado Livre prevê expandir para 21 CDs, com os cinco novos posicionados em Bahia, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.
- A empresa deve continuar trabalhando em categorias consideradas estratégicas, como Supermercado e Moda.
Yunes diz que não prevê impacto das tarifas de Donald Trump nos negócios, e que também não teme a chegada de novos players, como o TikTok Shop, previsto para entrar no Brasil nos próximos meses.
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“A dinâmica competitiva do e-commerce no Brasil é intensa, mas há um enorme potencial de crescimento, já que as compras online representam apenas 15% do varejo total”, afirma o executivo.
Segundo ele, os R$ 34 bilhões anunciados para o país são “um excelente indicativo do crescimento exponencial da nossa empresa”, mas detalhes mesmo só na divulgação de resultados trimestrais. Então, resta esperar pelo dia 8 de maio.
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