Nem tudo está perdido para a Petrobras (PETR4): este banco vê uma luz no fim túnel após prejuízo de R$ 17 bilhões no 4T24
O Citi considera a ação como uma boa posição de carry (ganhos) em meio ao cenário do mercado brasileiro — saiba se é um bom momento colocar os papéis na carteira agora
As ações da Petrobras (PETR4) acumulam queda de 6% no ano até aqui e mesmo com a descrença de muitos investidores com relação a uma recuperação dos papéis nesse momento, o Citi tem uma visão positiva para a petroleira.
O banco considera a ação como uma boa posição de carry (ganhos) em meio ao cenário do mercado brasileiro — mas, ainda assim, não acredita que quem não tem o papel deve colocá-lo na carteira agora.
"Adicionalmente, estamos vendo o início de uma discussão de uma possível disputa eleitoral no Brasil, tendo em vista as eleições de outubro de 2026. Dito isso, vemos as ações da Petrobras como uma boa opção de compra para a próxima eleição", dizem os analistas Gabriel Barra, André Cardona e Pedro Gama.
O Citi manteve a recomendação neutra para a ação da estatal e reduziu o preço-alvo para o ADR da empresa de US$ 15 para US$ 14 — o que representa um potencial de valorização de 11% sobre o fechamento desta terça-feira (11).
A decisão do banco reflete os números da Petrobras do quarto trimestre de 2024, que vieram abaixo do esperado. O Seu Dinheiro detalhou a performance da petroleira no período e você pode conferir aqui.
- VEJA MAIS: Onde investir em março? Analistas recomendam as melhores ações, fundos imobiliários, BDRs e criptomoedas para este mês
O pé atrás os investidores com a Petrobras
Segundo o Citi, os investidores estão preocupados após os desembolsos de capex (investimentos) maiores do que o esperado e números operacionais mais baixos no quarto trimestre do ano passado, levando a um anúncio de dividendos ordinários mais baixo.
Leia Também
O capex da Petrobras somou US$ 5,7 bilhões no quarto trimestre, acima dos R$ 4,4 bilhões dos três meses anteriores e das expectativas dos analistas.
O problema — para o mercado — é que o capex da Petrobras no ano como um todo atingiu US$ 16,6 bilhões e estourou a estimativa (guidance) da própria companhia, de cerca de US$ 14,5 bilhões — uma revisão dos US$ 18,5 bilhões originalmente previstos até agosto de 2024.
Segundo os analistas, o ritmo de investimentos da Petrobras acima do previsto foi uma surpresa negativa e levanta preocupações sobre o ritmo de aportes.
"A maioria dos investidores acreditava na tese de que a empresa não conseguiria atingir seu guidance de investimentos devido a desafios externos, como o aperto do setor de serviços de óleo e gás (O&G)", dizem.
Para o trio, a antecipação de certas despesas e capex acima do guidance são alertas à governança da empresa.
Dos DIVIDENDOS ao preço dos COMBUSTÍVEIS: o que o PREJUÍZO da PETROBRAS sinaliza sobre seu FUTURO
Nem tudo está perdido para a Petrobras
Para o Citi, a expectativa de um superávit no balanço global de oferta e demanda de petróleo está se concretizando, implicando em uma tendência de queda dos preços do Brent e potencial redução dos preços dos combustíveis da Petrobras.
"Esperamos que a empresa mantenha o preço abaixo do nível do Índice de Preços do Produtor (IPP). No geral, prevemos cerca de 11% de dividendos ordinários em 2025", diz o trio de analistas.
Os analistas citam ainda pela geração resiliente de fluxo de caixa operacional à frente, pelo aumento da produção de petróleo durante o ano — em linha com a orientação da empresa — e pela estimativa de que a Petrobras buscará uma alta taxa de utilização nas refinarias.
- VEJA MAIS: Em entrevista ao Seu Dinheiro, especialistas do mercado apontaram os investimentos mais promissores para o mês; confira
Produção: a Petrobras distorceu dados
A avaliação do Citi acontece no momento em que a Petrobras nega que tenha distorcido os dados de produção de petróleo no campo de Búzios, no pré-sal da bacia de Santos. A notícia foi publicada nesta terça-feira (11) por uma colunista de O Globo.
"A companhia reforça que trabalha com seriedade, transparência e ética e que mantém aberto o canal de diálogo com os meios de comunicação", disse a estatal.
Segundo a Petrobras, para a aferição do recorde de 800 mil barris de petróleo por dia em Búzios, anunciado em 24 de fevereiro, a empresa se baseou na métrica comumente utilizada pela indústria de petróleo, que considera a referência instantânea da produção, verificada de forma on-line, por meio de sensores que monitoram em tempo real as plataformas de um campo.
Os dados de potencial produtivo são exibidos em displays para dezenas de pessoas no Centro de Operações Integrado, na sede da Petrobras, dando, portanto, toda a governança interna desse patamar.
"O recorde foi divulgado às 14h02 de 24 de fevereiro, após o campo alcançar pico de produção com potencial recorde equivalente a 807 mil barris por dia, ou seja, antes de finalizar o dia e, portanto, não se poderia sequer ter média diária questionada", disse a estatal.
"Quando se rompe a barreira de produção de 800 mil, se demonstra que aquele campo está apto a ofertar aquele nível de produção", acrescentou a estatal, ressaltando que a marca foi atingida por três vezes ontem (10).
O rombo de R$ 4,3 bilhões que quase derrubou o império de Silvio Santos; entenda o caso
Do SBT à Tele Sena, o empresário construiu um dos maiores conglomerados do país, mas quase perdeu tudo no escândalo do Banco Panamericano
Citi corta recomendação para Auren (AURE3) e projeta alta nos preços de energia
Banco projeta maior volatilidade no setor elétrico e destaca dividendos como diferencial competitivo
De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário
A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho
Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão
Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial
Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA
A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista
Opportunity acusa Ambipar (AMBP3) de drenar recursos nos EUA com recuperação judicial — e a gestora não está sozinha
A gestora de recursos a acusa a Ambipar de continuar retirando recursos de uma subsidiária nos EUA mesmo após o início da RJ
Vivara (VIVA3) inicia novo ciclo de expansão com troca de CEO e diretor de operações; veja quem assume o comando
De olho no plano sucessório para acelerar o crescmento, a rede de joalherias anunciou a substituição de sua dupla de comando; confira as mudanças
Neoenergia (NEOE3), Copasa (CSMG3), Bmg (BMGB4) e Hypera (HYPE3) pagam juntas quase R$ 1,7 bilhão em dividendos e JCP
Neoenergia distribui R$ 1,084 bilhões, Copasa soma R$ 338 milhões, Bmg paga R$ 87,7 milhões em proventos e Hypera libera R$ 185 milhões; confira os prazos
A fome pela Petrobras (PETR4) acabou? Pré-sal é o diferencial, mas dividendos menores reduzem apetite, segundo o Itaú BBA
Segundo o banco, a expectativa de que o petróleo possa cair abaixo de US$ 60 por barril no curto prazo, somada à menor flexibilidade da estatal para cortar capex, aumentou preocupações sobre avanço da dívida bruta
Elon Musk trilionário? IPO da SpaceX pode dobrar o patrimônio do dono da Tesla
Com avaliação de US$ 1,5 trilhão, IPO da SpaceX, de Elon Musk, pode marcar a maior estreia da história
Inter mira voo mais alto nos EUA e pede aval do Fed para ampliar operações; entenda a estratégia
O Banco Inter pediu ao Fed autorização para ampliar operações nos EUA. Entenda o que o pedido representa
As 8 ações brasileiras para ficar de olho em 2026, segundo o JP Morgan — e 3 que ficaram para escanteio
O banco entende como positivo o corte na taxa de juros por aqui já no primeiro trimestre de 2026, o que historicamente tende a impulsionar as ações brasileiras
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento
Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027
Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira
Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos
A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas
Cade aprova fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi com exigência de venda de lojas em SP
A união das operações cria a maior rede pet do Brasil. Entenda os impactos, os “remédios” exigidos e a reação da concorrente Petlove
Crise nos Correios: Governo Lula publica decreto que abre espaço para recuperação financeira da estatal
Novo decreto permite que estatais como os Correios apresentem planos de ajuste e recebam apoio pontual do Tesouro