Nem a Birkin falsa do Walmart afeta a Hermès: veja por que a marca francesa deve se manter ‘a líder do luxo’ em 2025
Maison francesa, criadora da bolsa mais famosa do mundo, supera LVMH e Kering no ano passado e deve manter a trajetória

A mitologia que corre no mundo da moda é que a bolsa mais famosa do mundo, a Birkin bag, foi criada após um mero tropeço da atriz Jane Birkin. Ao derrubar todos os itens da sua bolsa, no avião, a atriz chamou a atenção do então diretor da Hermès, Jean-Louis Dumas.
Foi assim que Dumas teve a ideia de criar uma versão maior da bolsa Kelly, inspirada em Grace Kelly, a mesma que a atriz tinha derrubado.
Pule para uns anos depois e a bolsa Birkin tornou-se um dos itens de maior desejo do mundo. Isso porque, mesmo que você tenha os R$ 60 mil (ou mais) para adquirir uma, você ainda precisa ser “selecionado” pela Hermès para comprar, após enfrentar uma lista de espera bem considerável.
É por conta de todo esse contexto que a réplica feita pelo Walmart fez tanto sucesso e chega a custar a partir de US$ 78 (R$ 475)
- VEJA MAIS: analista aponta duas características para quem deseja investir em ações em 2025; veja quais
A apelidada “Wirkin” tem exatamente o mesmo design da Birkin bag, embora seja claro que a qualidade do couro varia bastante. O que falta a ela são apenas três coisas: a logo Hermès, o processo de fabricação artesanal na França e o valor milionário.
E acredite: no mundo do luxo, isso faz toda a diferença.
Leia Também
Mas nem a popularidade da “versão by Walmart” está afetando os resultados da gigantesca maison francesa.
Apesar do marasmo que tem vivido o mercado de luxo, com desaceleração ocasionada pela crise chinesa, a Hermès tem sido uma verdadeira “rocha”, com resultados surpreendentes em 2024 e uma resiliência que nem o grupo LVMH nem o Kering conseguiram manter.
As vendas da francesa devem atingir cerca de € 15 bilhões em 2024, mais que o dobro relação aos € 6,8 bilhões de 2019.
Em comparação, as vendas da LVMH devem chegar a € 84 bilhões (em 2019, eram € 53,6 bilhões), enquanto o grupo Kering, pressionado pelas dificuldades da Gucci, está preocupando os investidores. Neste ano, as vendas previstas devem atingir cerca de € 17,2 bilhões em 2024, em comparação com € 15,8 bilhões em 2019.
A ação da Hermès subiu 22,3% em 2024. As concorrentes, no entanto, não tiveram a mesma sorte: a LVMH caiu 12% e o grupo Kering, 39%. Todas são negociadas na bolsa de Paris.
Por isso, não é exagero afirmar que, para 2025, a marca das Birkin’s e Kelly’s pode consolidar sua posição como líder do luxo.
Quem já está fazendo projeções muito otimistas nesse sentido é o banco de investimentos Stifel.
A instituição mudou a recomendação da ação da maison para “compra” e subiu o preço-alvo de 2.150 para 2.560 euros. Na sexta-feira (10), o papel negociava a um valor aproximado de 2.367 euros.
Avaliada em US$ 246,3 bilhões, a companhia teve um crescimento de receita notável: foram 11% nos últimos doze meses. A expectativa é que o valor total de vendas também seja bem “parrudo” – até o terceiro trimestre de 2024, tinham sido 11,2 bilhões de euros.
A francesa divulga os resultados do 4T24 no dia 14 de fevereiro.
O que explica o otimismo com a Hermès?
Mas, afinal, por que, em um cenário tão difícil para o luxo, a Hermès permanece tão robusta?
Pelo mesmo motivo que a “Wirkin” nunca vai conseguir alcançar o prestígio da Birkin original.
A Hermès é uma das marcas mais respeitadas do mundo e construiu uma reputação praticamente só comparável à da Chanel entre os grandes consumidores de luxo.
Segundo o Stifel, o otimismo pode ser justificado por três fatores: o potencial ainda não explorado da companhia para aumentar os preços (sem sofrer perdas nas vendas), a alta demanda pelos bens de couro da marca (notadamente, bolsas), e a sólida base de clientes endinheirados e fiéis à maison.
Para o Luxury Tribune, portal especializado no mercado de luxo, a marca também tem mais duas vantagens: uma estratégia que foca em moda atemporal (não nas trends do momento) e uma base de produção artesanal bem estabelecida, que evita os problemas associados à subcontratação.
O que esperar da marca das Birkin bags em 2025?
Para o banco de investimentos Stifel, tudo isso dá boas perspectivas para que a empresa mantenha boas margens de lucro neste ano.
A instituição espera que a marca continue se destacando entre os pares, com “diferencial de crescimento significativo”.
Para 2025, o Stifel projeta que as vendas vão crescer 11,5%, enquanto o mercado de bens de alto padrão terá uma alta de apenas 7%. Os resultados dos primeiros trimestres devem continuar impactados pela desaceleração na China e pela cautela dos compradores.
* Com informações do Investing e do Luxury Tribune.
Cogna (COGN3) inicia processo de saída da Vasta da Nasdaq — e BTG enxerga pontos positivos na jogada
Caso a oferta seja bem-sucedida, a Vasta deixará de ser registrada na SEC e passará por deslistagem na Nasdaq
Nova bolsa de derivativos A5X capta R$ 200 milhões em terceira rodada de investimentos. O que isso significa para a B3 (B3SA3)?
Valor arrecadado pela plataforma será usado para financiar operações e ficar em dia com exigência do BC
Itaú BBA inicia cobertura das construtoras brasileiras de baixa renda e já tem sua favorita
Para o banco, as construtoras estão em seus melhores dias devido à acessibilidade no nível mais alto já registrado
99 Food acelera investimentos no Brasil e intensifica batalha com iFood pelo delivery de comida brasileiro
A companhia agora prevê investir R$ 2 bilhões no primeiro ano de operação. O que está por trás da estratégia?
Prio (PRIO3) recebe aval final do Ibama e obtém licença para instalação dos poços de Wahoo, no Espírito Santo
Com a autorização, a petroleira iniciará a interligação submarina (tieback) de até onze poços à unidade flutuante de Frade
BTG eleva preço-alvo da Vale (VALE3) e prevê dividendos extraordinários, mas não muda recomendação; é hora de comprar?
Estratégia comercial e redução de investimentos contribuem para elevação do preço-alvo do ADR para US$ 11, enquanto valuation e fluxo de caixa fazem o banco “pensar duas vezes”
Itaú BBA sobre Eletrobras (ELET3): “empresa pode se tornar uma das melhores pagadoras de dividendos do setor elétrico”
Se o cenário de preços de energia traçado pelos analistas do banco se confirmar, as ações da companhia elétrica passarão por uma reprecificação, combinando fundamentos sólidos com dividend yields atrativos
O plano do Google Cloud para transformar o Brasil em hub para treinamento de modelos de IA
Com energia limpa, infraestrutura moderna e TPUs de última geração, o Brasil pode se tornar um centro estratégico para treinamento e operação de inteligência artificial
Banco Master: quais as opções disponíveis após o BC barrar a venda para o BRB?
Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, há quatro cenários possíveis para o Master
Pague Menos (PGMN3) avalia emissão de R$ 250 milhões e suspende projeções financeiras: o que está em jogo?
Com um nível de endividamento alarmante para acionistas, a empresa pretende reforçar o caixa. Entenda o que pode estar por trás da decisão
Ânima Educação (ANIM3) abocanha fatia restante da UniFG e aumenta aposta em medicina; ações sobem na bolsa hoje
A aquisição inclui o pagamento de eventual valor adicional de preço por novas vagas de medicina
Natura (NATU3) vai vender negócios da Avon na América Central por 1 dólar… ou quase isso
A transação envolve as operações da Avon na Guatemala, Nicarágua, Panamá, Honduras, El Salvador e República Dominicana; entenda a estratégia da Natura
Nas turbulências da Azul (AZUL4) e da Gol (GOLL54): investir nas ações das aéreas é um péssimo negócio ou a ‘pechincha’ é tanta que vale a pena?
No mercado financeiro, é consenso que o setor aéreo não é fácil de navegar. Mas, por mais que tantas variáveis joguem contra as empresas, uma recuperação da Azul e da Gol estaria no horizonte?
Como a Braskem (BRKM5) foi do céu ao inferno astral em apenas alguns anos — e ainda há salvação para a petroquímica?
Com prejuízo, queima de caixa ininterrupta e alavancagem elevada, a Braskem vivencia uma turbulência sem precedentes. Mas o que levou a petroquímica para uma situação tão extrema?
Construtoras sobem até 116% em 2025 — e o BTG ainda enxerga espaço para mais valorização
O banco destaca o impacto das mudanças recentes no programa Minha Casa, Minha Vida, que ampliou o público atendido e aumentou o teto financiados para até R$ 500 mil
Mesmo com acordo bilionário, ações da Embraer (EMBR3) caem na bolsa; entenda o que está por trás do movimento
Segundo a fabricante brasileira de aeronaves, o valor de tabela do pedido firme é de R$ 4,4 bilhões, excluindo os direitos de compra adicionais
Boeing é alvo de multa de US$ 3,1 milhões nos EUA por porta ejetada de 737-Max durante voo
Administração Federal de Aviação dos EUA também apontou que a fabricante apresentou duas aeronaves que não estavam em condições de voo e de qualidade exigido pela agência
Petrobras (PETR4) passa a integrar o consórcio formado pela Shell, Galp e ANP-STP após aquisição do bloco 4 em São Tomé e Príncipe
Desde fevereiro de 2024, a estatal atua no país, quando adquiriu a participação nos blocos 10 e 13 e no bloco 11
Azul (AZUL4) e Gol (GOLL54) lideram as altas da B3 nesta sexta-feira (12), em meio à queda do dólar e curva de juros
As companhias aéreas chegaram a saltar mais de 60% nesta semana, impulsionadas pela forte queda do dólar e da curva de juros
Simplificação do negócio da Raízen é a chave para a valorização das ações RAIZ4, segundo o BB Investimentos
A companhia tem concentrado esforços para reduzir o endividamento, mas a estrutura de capital ficará desequilibrada por um tempo, mesmo com o avanço de outros desinvestimentos, segundo o banco