Moody’s dá três golpes na Azul (AZUL4) após pedido de recuperação judicial: no rating, na perspectiva e na cobertura da empresa
A agência de classificação de risco rebaixou o rating da companhia aérea dias após a Fitch e a S&P fazerem o mesmo
A turbulência pela qual a Azul (AZUL4) passa está longe do fim e se complicou mais um pouco.
A agência de classificação de risco Moody’s rebaixou o rating da Azul de “Caa2” para “Ca”, com perspectiva negativa.
Em comunicado divulgado na noite de segunda-feira (2), a Moody’s avalia que há alguma perspectiva de recuperação para os credores, no entanto, com grandes perdas.
- E MAIS: Onde investir para buscar ‘combo’ de dividendos + valorização? Estes 11 ativos (ações, FIIs e FI-Infras) podem gerar renda passiva atrativa
Além disso, a perspectiva negativa reflete a visão pela agência de risco de um período de recuperação judicial prolongado para a Azul, como parte de sua reorganização e flexibilidade financeira limitada.
Por fim, a Moody’s anunciou o cancelamento das avaliações sobre a Azul, conforme política interna após o pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos.
Fitch e S&P colocaram Azul na classificação de calote (default)
A Moody’s foi a última agência de risco a rebaixar a Azul — e a mais benevolente, pois ainda não rebaixou a empresa para seu último nível de risco, que é C.
Leia Também
BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira
A Fitch e a S&P são mais negativas.
Na última semana, as duas agências de classificação de risco rebaixaram o rating da Azul para D, último degrau na escala de risco de ambas as agências, que já caracteriza um estado de calote ou inadimplência (default).
Anteriormente, as agências já haviam rebaixado os ratings da aérea para CCC-, diante da possibilidade de a empresa entrar com um pedido de recuperação judicial.
Ao solicitar de fato a RJ, ambas as agências reviram o rebaixamento para default, que é padrão diante da situação.
- Uma empresa em recuperação judicial recebe proteção contra a execução das dívidas por parte de credores, o que, na prática, se traduz em um calote (suspensão do pagamento das dívidas, que, assim, não serão mais pagas na data inicialmente acordada).
Embora a Moody’s não tenha rebaixado a companhia aérea para a sua última classificação, que é C, o nível Ca também é altamente especulativo e já indica um grande risco de perda financeira para o credor.
Recuperação judicial
A Azul anunciou na última semana que deu entrada no pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, chamado Chapter 11, com acordos já firmados entre parceiros.
A aérea iniciou um processo de reestruturação pré-acordada para viabilizar renegociações de aproximadamente US$ 1,6 bilhão em financiamento DIP (debtor in possession).
- O DIP é uma modalidade de crédito específica para empresas em processo de recuperação judicial, que visa fornecer os recursos financeiros necessários para que a empresa opere e atinja seu objetivo.
No caso da Azul, a busca é pela redução da dívida e melhoria da estrutura financeira.
A Azul acredita que esse compromisso de financiamento pagará parte da dívida existente e irá fornecer aproximadamente US$ 670 milhões de capital novo para reforçar a liquidez durante e após o processo.
Na última quinta-feira (29), a companhia passou pela audiência inicial do Chapter 11 nos EUA e conseguiu uma aprovação para ter acesso imediato a US$ 250 milhões de seu financiamento DIP.
A expectativa é que a Azul deixe o processo até o início de 2026.
*Com informações do Money Times.
De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário
A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho
Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão
Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial
Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA
A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista
Opportunity acusa Ambipar (AMBP3) de drenar recursos nos EUA com recuperação judicial — e a gestora não está sozinha
A gestora de recursos a acusa a Ambipar de continuar retirando recursos de uma subsidiária nos EUA mesmo após o início da RJ
Vivara (VIVA3) inicia novo ciclo de expansão com troca de CEO e diretor de operações; veja quem assume o comando
De olho no plano sucessório para acelerar o crescmento, a rede de joalherias anunciou a substituição de sua dupla de comando; confira as mudanças
Neoenergia (NEOE3), Copasa (CSMG3), Bmg (BMGB4) e Hypera (HYPE3) pagam juntas quase R$ 1,7 bilhão em dividendos e JCP
Neoenergia distribui R$ 1,084 bilhões, Copasa soma R$ 338 milhões, Bmg paga R$ 87,7 milhões em proventos e Hypera libera R$ 185 milhões; confira os prazos
A fome pela Petrobras (PETR4) acabou? Pré-sal é o diferencial, mas dividendos menores reduzem apetite, segundo o Itaú BBA
Segundo o banco, a expectativa de que o petróleo possa cair abaixo de US$ 60 por barril no curto prazo, somada à menor flexibilidade da estatal para cortar capex, aumentou preocupações sobre avanço da dívida bruta
Elon Musk trilionário? IPO da SpaceX pode dobrar o patrimônio do dono da Tesla
Com avaliação de US$ 1,5 trilhão, IPO da SpaceX, de Elon Musk, pode marcar a maior estreia da história
Inter mira voo mais alto nos EUA e pede aval do Fed para ampliar operações; entenda a estratégia
O Banco Inter pediu ao Fed autorização para ampliar operações nos EUA. Entenda o que o pedido representa
As 8 ações brasileiras para ficar de olho em 2026, segundo o JP Morgan — e 3 que ficaram para escanteio
O banco entende como positivo o corte na taxa de juros por aqui já no primeiro trimestre de 2026, o que historicamente tende a impulsionar as ações brasileiras
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento
Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027
Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira
Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos
A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas
Cade aprova fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi com exigência de venda de lojas em SP
A união das operações cria a maior rede pet do Brasil. Entenda os impactos, os “remédios” exigidos e a reação da concorrente Petlove
Crise nos Correios: Governo Lula publica decreto que abre espaço para recuperação financeira da estatal
Novo decreto permite que estatais como os Correios apresentem planos de ajuste e recebam apoio pontual do Tesouro
Cyrela (CYRE3) propõe aumento e capital e distribuição bilionária de dividendos, mas ações caem na bolsa: o que aconteceu?
A ideia é distribuir esses dividendos sem comprometer o caixa da empresa, assim como fizeram a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, e a Localiza, locadora de carros (RENT3)
Telefônica Brasil (VIVT3) aprova devolução de R$ 4 bilhões aos acionistas e anuncia compra estratégica em cibersegurança
A Telefônica, dona da Vivo, vai devolver R$ 4 bilhões aos acionistas e ainda reforça sua presença em cibersegurança com a compra da CyberCo Brasil
