🔴 SD EXPLICA: COMO GARANTIR 1% AO MÊS NA RENDA FIXA ANTES QUE A SELIC CAIA – VEJA AQUI

Bia Azevedo

Bia Azevedo

Jornalista pela Universidade de São Paulo (USP), já trabalhou como coordenadora e editora de conteúdo das redes sociais do Seu Dinheiro e Money Times. Além disso, é pós-graduada em Comunicação digital e Business intelligence pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

DESTAQUES DA BOLSA

Minerva (BEEF3) chega a cair 6% após Goldman Sachs rebaixar ações e indicar outras duas para colocar no lugar

O banco explica que o aumento de capital da companhia não é o bastante para aliviar o balanço, que sofre com alavancagem elevada

Bia Azevedo
Bia Azevedo
14 de abril de 2025
13:23 - atualizado às 17:45
Celular com a marca Minerva Foods (BEEF3) na tela e também ao fundo
Celular com a marca Minerva Foods (BEEF3) - Imagem: Shutterstock

A Minerva (BEEF) liderou a ponta negativa do Ibovespa nesta segunda-feira (14), com queda que passou de 6% ao longo da sessão. O motivo por trás das perdas é o rebaixamento das ações de compra para neutra pelo Goldman Sachs. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O banco acredita que a relação risco/retorno da companhia está equilibrada — ou seja, o potencial de ganho é limitado no momento. 

Isso mesmo contando com a aprovação do aumento de capital de até R$ 3 bilhões anunciado na última terça-feira (8), que deve ajudar nas contas da Minerva. A proposta será votada em assembleia no dia 29 de abril. 

Você pode entender os detalhes sobre isso nessa reportagem do Seu Dinheiro. 

Na visão dos analistas, a potencial redução no endividamento da companhia pode até diminuir as preocupações de curto prazo, mas a empresa deve seguir operando com um balanço apertado, pressionada pelo alto custo da dívida e pelos desafios de integrar ativos recém-adquiridos. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Tudo isso enquanto o papel negocia a patamares próximos aos picos históricos. 

Leia Também

“Vemos uma relação risco-retorno relativamente mais atrativa em JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3), ambas com recomendação de compra”, destacam os analistas em relatório. 

Os papéis BEEF3 acabaram encerrando o dia com queda de 3,01%, cotados a R$ 6,76, no topo das perdas do Ibovespa. O principal índice de ações da bolsa brasileira subiu 1,39%, aos 129.453,91 pontos.

O que afeta a Minerva

O Goldman Sachs destaca que a companhia encerrou 2024 com um endividamento de 3,7 vezes Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) em reais — resultado visto como uma surpresa positiva.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas ao avaliar os resultados mais a fundo, os analistas do banco observaram que a empresa ganhou fôlego no caixa de curto prazo ao adiar o pagamento dos fornecedores. 

“Ao analisarmos mais a fundo os documentos da empresa e seu balanço, observamos que a linha de financiamento a fornecedores aumentou de R$ 1,4 bilhão em 2023 para R$ 2,2 bilhões em 2024 — liberando R$ 478 milhões em caixa no trimestre”, diz o relatório.

  • Nesse caso, linha de financiamento é quando uma empresa negocia com seus fornecedores para adiar o pagamento das compras. Em vez de pagar imediatamente por matérias-primas ou serviços, ela posterga o desembolso, o que libera mais caixa no curto prazo.

Se isso fosse incluído no cálculo da dívida líquida, a alavancagem ajustada pró-forma — ou seja, uma projeção mais realista do endividamento — subiria para 4,2 vezes, mantendo todas as outras variáveis constantes.

“A Minerva declara em suas demonstrações financeiras que, ao preservar as condições comerciais com fornecedores, essas operações foram avaliadas pela administração e classificadas como de natureza comercial — portanto, registradas como fornecedores”, escrevem os analistas no relatório. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em outras palavras, a companhia justifica que esse movimento não representa um risco adicional de alavancagem, pois seria parte do relacionamento comercial normal com seus fornecedores.

No entanto, os analistas preferem adotar uma visão mais conservadora, incluindo esse valor na conta da dívida líquida — e, por isso, calculam uma alavancagem ajustada pró-forma mais alta (4,2x). 

Na visão do Goldman Sachs, o aumento de capital poderia adicionar R$ 2 bilhões de liquidez e reduzir a alavancagem para 3,2 vezes (ou 3,8 vezes, incluindo o financiamento a fornecedores). 

Esse nível daria maior flexibilidade ao balanço, embora ainda esteja distante da zona de conforto da gestão, que é de 2,5 vezes Ebitda. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O endividamento da Minerva

Segundo o CFO, Edison Ticle, a Minerva quer usar o dinheiro da  oferta de ações principalmente para pagar dívidas caras e com vencimento próximo. Tais como: 

  • Debêntures (8ª, 9ª e 11ª emissões) que vencem no curto prazo;
  • E parte dos bônus (títulos de dívida emitidos no exterior) que vencem em 2031.

Assim, os analistas do Goldman Sachs acreditam que a empresa possa economizar até R$ 175 milhões por ano em juros, já descontando os impostos — ou seja, é o ganho líquido para o caixa da companhia.

“Isso nos leva a revisar modestamente para cima nossa projeção de lucro líquido, atualmente negativa em R$ 148 milhões (sem considerar a capitalização)”, escrevem os analistas. 

Apesar disso, o fluxo de caixa da Minerva ainda deve seguir pressionado em 2025. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Sem considerar os efeitos da oferta de ações, a projeção é de uma queima de caixa de R$ 580 milhões no ano, impactada pelos altos custos da dívida e pela necessidade de capital de giro para acelerar as operações recém-adquiridas da Marfrig, com efeito estimado em R$ 571 milhões. 

A estratégia de gestão passiva das dívidas pode aliviar parte dessa pressão, mas analistas apontam que será necessário também um desempenho operacional acima do esperado para que a companhia volte a gerar fluxo de caixa livre. 

Para equilibrar as contas, estimativas indicam que a Minerva precisaria reduzir a dívida bruta em cerca de R$ 2,5 bilhões — sendo que até R$ 1 bilhão poderia ser levantado ao longo dos próximos três anos com o exercício dos bônus de subscrição vinculados à nova oferta.

Isso porque, no anúncio do aumento de capital, a Marfrig ofereceu os chamados warrants aos investidores. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Isso significa que para cada duas ações que o investidor subscrever, ele receberá um warrant, ou seja, o direito de comprar mais ações da Minerva no futuro a esse mesmo preço de emissão (R$ 5,17 por ação), dentro de um prazo de três anos.

Por que a Minerva está tão endividada? 

A Minerva chegou a esse ponto principalmente por causa de uma estratégia de aquisições agressiva, com a compra de parte das operações da Minerva sendo o movimento mais recente. 

A operação foi concluída em 2024. Nela, a Minerva adquiriu 11 plantas frigoríficas da concorrente na Argentina, no Uruguai, no Chile e no Brasil. O valor da transação foi de R$ 7,5 bilhões. A Minerva financiou esse crescimento por meio de dívidas e agora tenta equilibrar o balanço. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
MAIS AÇÕES NA CONTA

O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados

19 de dezembro de 2025 - 10:15

Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda

SINERGIAS

Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões

19 de dezembro de 2025 - 9:36

Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio

DIVIDENDOS E BONIFICAÇÕES

Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações

18 de dezembro de 2025 - 20:21

A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber

DE VOLTA AO RADAR

CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA

18 de dezembro de 2025 - 16:08

O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda

CORRIDA TECNOLÓGICA

Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA

18 de dezembro de 2025 - 14:55

Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips

DEVO NÃO NEGO, PAGO QUANDO PUDER...

Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%

18 de dezembro de 2025 - 13:08

Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho

DESTAQUE DO IBOVESPA

Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026

18 de dezembro de 2025 - 12:31

Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio

FIM DE UMA ERA?

Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’

18 de dezembro de 2025 - 11:45

Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp

GERANDO VALOR

Presente de Natal da Prio (PRIO3)? Empresa anuncia novo programa de recompra de até 86,9 milhões de ações; confira os detalhes

18 de dezembro de 2025 - 10:33

O conselho da Prio também aprovou o cancelamento de 26.890.385 ações ordinárias mantidas em tesouraria, sem redução do capital social

SUCESSÃO A CAMINHO

Exclusivo: Oncoclínicas (ONCO3) busca novo CEO e quer reestruturar todo o alto escalão após a crise financeira, diz fonte

18 de dezembro de 2025 - 10:03

Após erros estratégicos e trimestres de sufoco financeiro, a rede de oncologia estuda sucessão de Bruno Ferrari no comando e busca novos executivos para a diretoria

APESAR DOS PROTESTOS

Copasa (CSMG3): lei para a privatização da companhia de saneamento é aprovada pelo legislativo de Minas Gerais

18 de dezembro de 2025 - 8:56

O texto permite que o estado deixe de ser o controlador da companhia, mas mantenha uma golden share, com poder de veto em decisões estratégicas

UMA BOLADA!

B de bilhão: BB Seguridade (BBSE3) anuncia quase R$ 9 bi em dividendos; Cemig (CMIG4) também libera proventos

17 de dezembro de 2025 - 19:57

Empresas anunciam distribuição farta aos acionistas e garantem um fim de ano mais animado

RENDA AO ACIONISTA

Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) estão entre as rainhas dos dividendos no 4T25; Itaú BBA diz quais setores vão reinar em 2026

17 de dezembro de 2025 - 19:37

Levantamento do banco aponta que ao menos 20 empresas ainda podem anunciar proventos acima de 5% até o final do ano que vem

DEGRAU POR DEGRAU

MRV (MRVE3) entra no grupo de construtoras que vale a pena comprar, mas a preferida do JP Morgan é outra

17 de dezembro de 2025 - 19:05

Banco norte-americano vê espaço para uma valorização de até 60% nas ações do setor com juros menores e cenário político mais favorável em 2026

TREMORES NO MERCADO

Ação acusa XP de falhas na venda de COEs como o da Ambipar (AMBP3) e pede R$ 100 milhões na Justiça

17 de dezembro de 2025 - 18:28

Após perdas bilionárias com COEs da Ambipar, associações acusam a corretora de erros recorrentes na venda de produtos ligados à dívida de grandes empresas no exterior

MAIS INCERTEZA

Ações da Oncoclínicas (ONCO3) na mão de Vorcaro vão parar no Banco de Brasília. O acordo para trocar os CDBs do Master subiu no telhado?

17 de dezembro de 2025 - 16:50

Com a transferência das cotas de fundos do Master para o BRB, investidores questionam o que acontece com o acordo da Oncoclínicas para recuperar o investimento em papéis do Master

AQUISIÇÃO

Orizon (ORVR3) compra Vital e cria negócio de R$ 3 bilhões em receita: o que está por trás da operação e como fica o acionista

17 de dezembro de 2025 - 16:30

Negócio amplia a escala da companhia, muda a composição acionária e não garante direito de recesso a acionistas dissidentes

Conteúdo Empiricus

Maior rede de hospitais privados pagará R$ 8,12 bilhões em proventos; hora de investir na Rede D’Or (RDOR3)?

17 de dezembro de 2025 - 16:00

Para analista, a Rede D’Or é um dos grandes destaques da “mini temporada de dividendos extraordinários”

DO BOATO AO FATO

Fim da especulação: Brava Energia (BRAV3) e Eneva (ENEV3) negam rumores sobre negociação de ativos

17 de dezembro de 2025 - 14:00

Após rumores de venda de ativos de E&P avaliados em US$ 450 milhões, companhias desmentem qualquer transação em curso

NA BERLINDA?

Virada à vista na Oncoclínicas (ONCO3): acionistas querem mudanças no conselho em meio à crise

17 de dezembro de 2025 - 11:29

Após pedido da Latache, Oncoclínicas convoca assembleia que pode destituir todo o conselho. Veja a proposta dos acionistas

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar